MMA LANÇA MANUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2012

26/03/2012 - Rafaela Ribeiro - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lança, nesta terça-feira (27/03), em parceria com o ICLEI Brasil (Governos Locais pela Sustentabilidade) e Embaixada Britânica, a publicação Planos de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação. O lançamento acontecerá na abertura oficial do I Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável: pequenos negócios, qualidade urbana e erradicação da miséria, evento organizado pela Frente Nacional dos Prefeitos.

Além da publicação, será oferecido curso de ensino a distância. Baseado no manual, de forma simples e didática, tem como finalidade colaborar com cidades e estados no processo de elaboração dos planos de gestão de resíduos sólidos e, portanto, na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010. O evento acontecerá às 19h, no Centro de Convenções Brasil 21 e contará com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do embaixador britânico no Brasil, Alan Charlton, e da secretária executiva regional do ICLEI para a América do Sul, Florence Laloë.

A publicação sugere passos metodológicos que garantem participação e controle social e que busquem o cumprimento das metas estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Ela faz parte da coleção Apoiando a Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos: do Nacional ao Local. O curso de ensino a distância, que terá as inscrições para a primeira turma abertas durante o evento, abordará o conteúdo do manual.

FORTALECIMENTO

Essas ferramentas fazem parte do programa de capacitação do Projeto GeRes - Gestão de Resíduos Sólidos, iniciativa do MMA que vem contribuindo com estados e municípios, na implementação da PNRS, promovendo o fortalecimento institucional através da capacitação técnica dos tomadores de decisão e gestores públicos envolvidos na elaboração dos planos. O GeRes soma-se ao movimento nacional de transformação do cenário e padrões de produção, tratamento e destinação dos resíduos sólidos no Brasil, a fim de encontrar soluções sustentáveis e permanentes, otimizando a gestão e contribuindo para uma economia verde, de baixo carbono e inclusiva.

Os prazos estão definidos por lei. Após agosto de 2012, estados e municípios que não tiverem seus planos não poderão mais acessar os recursos da União. Após agosto de 2014, os lixões deverão estar encerrados e os aterros sanitários só poderão receber os rejeitos (resíduos sem capacidade de aproveitamento). As coletas seletivas dos diversos resíduos são agora obrigatórias e devem ser responsabilidade compartilhada entre o poder público e o setor privado envolvido em todo o ciclo de vida dos materiais.

Após esse lançamento, o projeto iniciará algumas fases de treinamento aos gestores públicos. A meta é ter, até julho de 2012, dois Estados e dois consórcios municipais com seus planos de resíduos sólidos desenvolvidos, de acordo com a Política Nacional de Resíduos sólidos; capacitar, pelo menos, 2 mil servidores públicos de todo o Brasil, disseminando conhecimento sobre a gestão de resíduos sólidos e tecnologias disponíveis por meio de publicações, cursos à distância e encontros presenciais, entre outros. Ao término do evento, o manual de orientação estará disponível no site do Ministério do Meio Ambiente: www.mma.gov.br.

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Sacolas plásticas em discussão na Câmara

28/03/2012 - Letícia Verdi - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) participou de audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28/03), para discutir uso de sacolas plásticas em supermercados e lojas do gênero. A audiência foi convocada pelo deputado Adrian (PMDB-RJ) da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Frente Parlamentar de Incentivo à Cadeia Produtiva da reciclagem. A finalidade foi debater o assunto entre todas as partes: governo, empresários e consumidor.

Segundo o chefe de Gabinete da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Aldenir Paraguassu, representante do MMA, o assunto é d e altíssimo interesse da sociedade brasileira. No momento, há 19 projetos de lei tramitando na Câmara, quase todos contemplados no PL 612/2007, em fase mais adiantada de tramitação no Congresso Nacional. Todos visam a estabelecer parâmetros adequados e legais para uso desse tipo de embalagem.

DEMÔNIOS E CAMPANHA
"O ministério não demoniza as sacolas plásticas, mas estamos fazendo campanhas, dentro das políticas públicas brasileiras, para convencer a população da importância de uma drástica redução do seu uso", disse Paraguassu. "Informar as pessoas sobre o mal que as sacolas fazem ao meio ambiente, na medida em que são mal utilizadas, é fundamental."

A campanha "Saco é um saco", lançada pelo MMA, tinha a pretensão de diminuir, em um ano, o uso desse material em 10%. Passado o prazo, a redução foi de 33%, o que significa 5 bilhões de sacolas plásticas fora de circulação. "Se pensarmos que um bueiro de rua tem a medida de duas sacolinhas de supermercado, podemos dizer que evitamos o entupimento de 2,5 bilhões de bueiros", calcula Paraguassu. A educação para o consumo e atitudes sustentáveis pode começar no ambiente de trabalho, com a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). "Se adotarmos essas práticas no trabalho, elas serão inevitavelmente levadas para casa", observou o representante do MMA.

INFORMAÇÃO CLARA
O Ministério da Justiça também apresentou suas ações durante a audiência. A coordenadora geral de Supervisão do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Ana Dalva Miranda, foi direto ao ponto: "Do ponto de vista do consumidor, é essencial ter informação clara, estar envolvido com o processo de mudança de comportamento e entender a importância disso". Segundo ela, se o consumidor entender as alternativas que tem disponíveis, será um aliado no processo. No endereço eletrônico http://www.consumocomatitude.com.br/, o MJ oferece mais informações.

Também participaram da audiência pública o professor de Engenharia Ambiental da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambi ente e Desenvolvimento Sustentável da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Haroldo de Lemos; o presidente do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), Miguel Bahiense Neto; o diretor do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, Reginaldo Sena; o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Márcio Milan, e a secretária-executiva da ONG Educação, Cultura, Conscientização e Orientação para a Vida (Eccovida-RJ), Danielle Gomes.

FIM DA ABUNDÂNCIA
Segundo o professor Haroldo de Lemos, a educação ambiental é o caminho para a mudança. "Acabou a era da abundância, estamos entrando na era da escassez", afirmou. Ele deu o exemplo de países como a Irlanda, onde não há aterros sanitários, os rejeitos são incinerados para recuperar a energia e as cinzas usadas para fazer cimento e recuperação asfáltica. "O plástico é feito de petróleo, uma matéria-prima que vai se esgotar", acrescenta Lemos defendendo que as sacolas não devem ser jogadas fora, mas serem recicladas, até porque no processo de decomposição, que dura 400 anos, em média, há emissão de gases geradores do efeito estufa.

Mais de 200 mun icípios e os governos de oito estados estão discutindo a questão. Miguel Bahiense, da Plastivida, destacou a questão da baixa qualidade das sacolinhas que são distribuídas nos supermercados no Brasil, onde as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não são cumpridas. Para ele, sacolas resistentes, que possam ser utilizadas mais de uma vez, amenizariam o problema. "As leis estaduais em vigor no estado de São Paulo banem as sacolas, mas não conscientizaram a população", critica.

Nesse ponto, a gerente de Resíduos Perigosos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Zilda Veloso, lembra que a Política Nacional de Resíduos Sólidos aponta para a responsabilidade compartilhada, ou seja, o consumidor também tem a sua parte a cumprir. Segundo a Lei 12.305/10, até 2014 nenhum município poderá ter mais lixões. Somente os rejeitos poderão ser enterrados. O restante deverá ser reduzido, reaproveitado e reciclado.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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