FILHOTE DE ESPÉCIE RARA DE GAVIÃO É RESGATADO NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2012

Thaís Alves - Brasília (16/05/2012) – Um filhote de uiraçu-falso (Morphnus guianensis), espécie rara e conhecida como gavião-real-falso, foi localizado no município de Cametá, no estado do Pará, nas margens do lago de Tucuruí. Esse é o primeiro indivíduo removido da natureza que chega ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo o chefe da Floresta Nacional (Flona) de Carajás, Frederico Drumond Martins, a mãe do animal foi abatida a tiros e usada para alimentação. O filhote caiu do ninho e estava sendo criado também para alimentação.

Comprado por R$ 50 de um funcionário da Eletronorte, o animal foi entregue ao Centro de Biodiversidade da empresa e, posteriormente, levado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no município de Marabá.

Em seguida, o filhote foi encaminhado à Flona de Carajás onde permaneceu até a segunda-feira (14). No momento, está sob os cuidados da Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (Crax), em Minas Gerais.

Na Flona, o animal foi tratado no Parque Zoobotânico Vale com o acompanhamento do ICMBio. Ele chegou ao local apresentando características de maus-tratos como, por exemplo, penas opacas e fratura na asa provavelmente para não voar.

Os exames genéticos dirão se se trata de um macho ou de uma fêmea. A fratura da asa é de recuperação improvável o que inviabiliza sua devolução à natureza. Em cativeiro e sendo monitorado, o animal auxiliará em programas de conservação.

Programa

O Programa de Conservação do Gavião-real (PCGR) acompanha seis ninhos da espécie, todos localizados na Amazônia. A Flona de Carajás possui um núcleo ligado ao PCGR que tem o objetivo de estudar e proteger as grandes águias brasileiras, entre elas o uiraçu-falso.

O uiraçu-falso mede entre 81 cm e 91 cm e as fêmeas são maiores que os machos. O padrão de plumagem pode variar sendo o peito branco, preto ou rajado. Essa última coloração ainda mais rara foi da espécie encontrada.

Quando comparado ao gavião-real (Harpia harpya) a espécie de ocorrência mais rara, de porte menor, apresenta o penacho mais discreto e constrói seu ninho em árvores mais baixas. Além disto, suas presas são menores tais como serpentes e roedores.

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Oficina avalia estado de conservação de serpentes no país

Brasília (10/05/2012) – No período de 23 a 27 de abril, na Academia Nacional da Biodiversidade (Acadebio), em Iperó (SP), foi realizada a primeira oficina de avaliação do estado de conservação das serpentes no Brasil. O processo de avaliação do estado de conservação de 375 espécies é coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com a comunidade científica brasileira.

Na ocasião, foram avaliadas 173 espécies, com ênfase para as ameaçadas nas listas da IUCN, nacional e estaduais. O resultado foi a inclusão de duas espécies na categoria Criticamente em Perigo (CR), 17 Em Perigo (EN), duas Vulneráveis (VU), duas Quase Ameaçadas (NT), nove Dados Insuficientes (DD), 133 Menos Preocupantes (LC) e oito Não Aplicáveis (NA).

Tendo em vista que a etapa de validação dos resultados ainda irá ocorrer, houve um acréscimo efetivo de 17 espécies ameaçadas em relação à atual Lista Nacional da Fauna Ameaçada de Extinção. São cinco espécies de serpentes, das quais, uma não está mais ameaçada e quatro se mantiveram com algum grau de risco de extinção.

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ICMBio elabora lista de vertebrados da Flona de Ipanema

Brasília (31/05/2012) – A Floresta Nacional (Flona) de Ipanema, unidade de conservação sob gestão do Instituto Chico Mendes localizada em Iperó (SP), iniciou neste mês de maio a elaboração da Lista Oficial da Fauna de Vertebrados ocorrentes na floresta. Os trabalhos estão sendo conduzidos sob a coordenação do analista ambiental Luciano Bonatti Regalado e do consultor científico e biólogo André Guilherme.

Atualmente, sabe-se da existência de mais de 450 espécies de vertebrados na Floresta Nacional de Ipanema, das quais destacam-se mais de 20 espécies com algum grau de ameaça, incluídas na Lista Oficial da Fauna Ameaçada de Extinção do Estado de São Paulo e que merecem a atenção para a sua conservação e de seus ambientes de ocorrência.

"Neste primeiro momento, estamos realizando a compilação das informações relativas ao conhecimento zoológico existente na floresta que estão registradas em diversos estudos desenvolvidos nos últimos 20 anos tendo a Unidade como objeto das pesquisas”, ressaltou Regalado.

Pesquisadores especialistas

Após a atualização taxônomica das listagens, elas serão encaminhadas para pesquisadores especialistas em cada grupo animal, que poderão contribuir no questionamento e/ou validação da ocorrência das espécies na Unidade de Conservação.

Segundo Regalado com a oficialização da lista de vertebrados ocorrentes na UC, o ICMBio poderá contribuir para a definição de estratégias e linhas de apoio à pesquisas a serem previstas pelo Plano de Manejo da Flona, em processo de atualização.

“A ideia é que a lista oficial seja revista e atualizada a cada três anos. Entretanto, a Flona deverá disponibilizar anualmente informações sobre o registro e a ocorrência de novas espécies em sua área”, frisa ele.

Conhecimento zoológico

A Flona de Ipanema possui uma grande importância histórica relacionada ao conhecimento zoológico do país, especialmente da região sudeste e do bioma Mata Atlântica. A região foi uma das localidades que mais recebeu visitas dos naturalistas que percorreram o interior do Brasil durante o século XIX.

Dentre os estudiosos que ali estiveram, merece destaque o austríaco Johann Natterer, integrante das comissões científicas pertencentes a esquadra monárquica da arquiduquesa Leopoldina da Áustria, vinda para o Brasil para casar-se com D. Pedro I do Brasil.

Natterer, a serviço do Museu de Viena, percorreu grande extensão do território brasileiro (sudeste, centro-oeste e grande parte da Amazônia), desenvolvendo pesquisas e coletando espécimes de diversas localidades, de diversos ambientes. Em Ipanema, permaneceu aproximadamente 800 dias entre os anos de 1819 e 1822, onde coletou centenas de espécimes de vertebrados, com destaque para as aves e mamíferos.

Entre o material coletado em Ipanema, estavam indivíduos de bionomia totalmente ignorada, assim como espécies ainda desconhecidas para a ciência, como é o caso do raro mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), cuja localidade-tipo é Ipanema. Os dados coletados e presentes nos manuscritos de Natterer foram amplamente utilizados como base para várias descrições de táxons, na época tidos como novos.

Após os trabalhos desses naturalistas, desenvolvidos principalmente na primeira metade do século XIX, a fauna de Ipanema somente foi alvo de novos estudos sistemáticos a partir da década de 11000, com a criação da Floresta Nacional de Ipanema, quando a área começou a receber estudantes e pesquisadores interessados em contribuir para o conhecimento e conservação de um dos mais importantes remanescentes de Mata Atlântica do interior paulista.


 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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