PUBLICAÇÃO TRAZ IMPORTANTES INFORMAÇÕES
SOBRE CONCENTRAÇÃO DE METAIS EM SEDIMENTOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2012

Uma publicação preciosa e fundamental para todos que lidam com licenciamento ambiental de regiões estuarinas ou gestão de material dragado acaba de ser lançada pela editora Biblioteca24horas (www.biblioteca24horas.com). O livro “Caracterização dos Níveis Basais de Concentração de Metais nos Sedimentos do Sistema Estuarino da Baixada Santista”, de autoria do químico Gilson Alves Quináglia, gerente do Setor de Análises Toxicológicas da CETESB, faz uma extensa abordagem sobre os inúmeros aspectos analíticos e ambientais que envolveram os estudos para a caracterização dos níveis basais (naturais) e de referência de diversos metais encontrados nos sedimentos da Baixada Santista. Também foi incluída, nas pesquisas, a análise de ostras. Os estudos foram realizados entre 2002 e 2006 e se concentraram no Canal de Bertioga, no Guarujá.

Conforme Gilson, natural de Santa Fé do Sul, no extremo noroeste do Estado, e que trabalha na CETESB desde 1985, “a área de amostragem selecionada foi a considerada menos impactada, pois essa é a região da Baixada Santista com a presença de manguezais que apresenta as melhores condições para caracterização de níveis naturais de metais, por causa da menor influência antrópica”.

Ele explica que a obtenção dos valores de referência nos sedimentos se constitui numa importante informação para estabelecer “valores-guias”, também chamados de valores orientadores. Muitas agências ambientais pelo mundo têm utilizado esses valores para definir níveis do grau de contaminação e toxicidade dos sedimentos para fins de monitoramento, avaliação da qualidade e, em muitos casos, para fins de dragagem e, consequentemente, os critérios de disposição desse material ou outra finalidade regulatória.

Com relação à dragagem, no Brasil foram estabelecidos valores orientadores para o material a ser dragado pela Resolução CONAMA 344/2004, com base em publicações oficiais canadenses e norte-americanas, visando a proteção da vida aquática. No entanto, com relação aos elementos naturais, como metais, era preciso verificar se os valores estabelecidos para o primeiro nível da legislação em questão seriam muito restritivos para o Brasil, pois poderiam ocorrer naturalmente em valores mais elevados em algumas regiões, sem estarem associados a atividades antrópicas. Daí a escolha do Canal de Bertioga. O largo do Candinho, localizado no meio do Canal é uma área pouco impactada, mas com características de sedimento semelhantes ao resto da região.

Dentre as contribuições do trabalho de Gilson, destacam-se a comparação de diferentes metodologias analíticas de solubilização de amostras de sedimentos por três diferentes métodos espectrofotométricos, a avaliação da distribuição das concentrações de metais em duas diferentes frações granulométricas, bem como a comparação de duas técnicas para determinação granulométrica.

Por fim, o trabalho desenvolvido por Gilson, que foi tema do seu Doutorado pelo Instituto de Química da USP, e que teve como orientadora a Dra. Elisabeth de Oliveira, fez parte do projeto “Levantamento de Valores Basais no Sistema Estuarino de Santos e São Vicente”, da CETESB. De acordo com Marta Condé Lamparelli, gerente da Divisão de Análises Hidrobiológicas da CETESB, que assinou o Prefácio da publicação e que também faz parte do grupo de trabalho da agência ambiental paulista que está participando, em Brasília, da revisão da Resolução CONAMA 344/04, os dados dos trabalhos de Gilson serviram como base para a revisão dos valores orientadores da legislação federal e, anteriormente, já foram utilizados na CETESB, em diversos processos de licenciamento de dragagem, como os da Codesp e da Usiminas.
Texto: Mário Senaga

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Expansão da Linha Verde rende créditos ao Metrô por redução da poluição do ar

29/05/2012 - Créditos, que poderão ser negociados, referem-se à redução de emissão de monóxido de carbono, material particulado e outros poluentes

A CETESB assinou, no dia 29 de maio, um termo de compromisso para a certificação e comercialização de créditos obtidos pela Companhia de Metropolitano de São Paulo – Metrô por conta da redução de emissões de quase 100 toneladas/ano de monóxido de carbono, entre outros poluentes. Tal redução se deu com a entrada em operação de três novas estações da Linha 2 – Verde, promovendo a substituição de outros modais de transporte.

O dispositivo que regula essa sistemática de créditos foi estabelecido pelo Decreto Estadual nº 52.469, de 12 de dezembro de 2007, cujo objetivo é a redução da poluição do ar nas regiões classificadas como saturadas (SAT) e em vias de saturação (EVS), com base nas concentrações registradas nos últimos três anos, considerando os padrões legais de qualidade do ar para exposição de longo prazo e curto prazo.

De acordo com as regras estabelecidas no decreto, foram consideradas elegíveis para a obtenção dos créditos as estações Imigrantes, Chácara Klabin e Alto do Ipiranga, as duas primeiras inauguradas em 2006 e a última em 2007, após a promulgação do decreto. Para identificar a transferência de usuários de ônibus e de automóveis para o Metrô foi realizada uma pesquisa com usuários que utilizam as três estações, nos dias úteis e finais de semana. A pesquisa mostrou que, considerando-se dias úteis e finais de semana, 70% dos usuários já se utilizavam do Metrô e 30% passou a utilizá-lo somente após a inauguração das novas estações.

Os poluentes sujeitos ao critério de compensação são material particulado (MP10), óxidos de nitrogênio (NOx), Compostos Orgânicos Voláteis (COV), exceto metano. óxidos de enxofre (SOx) e monóxido de carbono (CO). Para o cálculo da redução das emissões tomou-se como referência o ano de 2008, com base nas quilometragens em que os ônibus e automóveis deixaram de operar em função da transferência dos usuários para o Metrô. Os fatores de emissão de poluentes adotados foram fornecidos pela CETESB, conforme distribuição tecnológica e etária da frota substituída. O benefício ambiental resultante da operação das três novas estações pode ser avaliado na tabela abaixo:

A premissa adotada para o cálculo das reduções é que o metrô substitui parcela da viagem dos usuários realizada por outros modos - ônibus e automóveis. A metodologia partiu da hipótese de que a origem e destino final das pessoas que acessam o Metrô não se alteram em decorrência das três novas estações. Assim, se os pontos inicial e final das viagens permanecem os mesmos, a viagem executada por meio de metrô nos novos trechos substitui parte da viagem em outro modo de transporte.

Agora, com a expansão futura da rede do Metrô, será possível estimar, por meio dessa mesma metodologia, as reduções de emissões atmosféricas esperadas, além dos benefícios na mobilidade urbana, para a cidade de São Paulo. Futuramente, com a consolidação do mercado de créditos por redução de emissões, a empresa poderá negociá-los com empreendimentos que necessitem utilizar o mecanismo de compensação por meio da aquisição de créditos gerados na região de saturação.

Participaram da assinatura do acordo os presidentes da CETESB e do Metrô, Otavio Okano e Peter Walker; e os diretores Carlos Roberto dos Santos, de Engenharia e Qualidade Ambiental das agência paulista e João Batista Ribeiro Neto, do Departamento de Sistemas de Gestão e Sustentabilidade da empresa metroviária.


 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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