BONH GASS DIZ QUE GOVERNO NÃO NEGOCIOU APROVAÇÃO DE MP DO CÓDIGO FLORESTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2012

30/08/2012 - 15h45
Meio AmbienteNacionalPolítica
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje (30) a forma como a Medida Provisória (MP) do Código Florestal foi aprovada na comissão mista do Congresso Nacional e disse que as alterações na proposta original não foram negociada com o governo. Parte das mudanças aprovadas ontem (29) após acordo dos integrantes do colegiado atendeu a pressões da bancada ruralista para flexibilização das exigências ambientais.

“O governo está aberto a negociações, mas não assume a responsabilidade por negociações que não foram feitas com a presença dele”, disse a presidenta, em discurso na 39ª reunião do Grupo Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Um item que desagradou o governo foi a mudança na chamada “regra da escadinha”, que trata de recuperação de áreas nas margens de rios.

“Enviamos ao Congresso Nacional um Código Florestal acrescido de uma medida provisória. Consideramos importantes alguns itens dessa medida, entre eles o que chamamos de ‘escadinha’, e também não há motivos econômicos para que não mantenhamos as áreas de proteção ambiental ao longo dos rios”, explicou. Dilma disse ainda que é importante manter a preocupação com o meio ambiente e que o Brasil é um país que tem grande força nessa área.

Após a cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi questionada por jornalistas sobre a possibilidade de a presidenta vetar itens que desagradem o governo. "Vamos avaliar como se desdobra [a tramitação legislativa da MP] agora que vai a plenário [da Câmara] e, em função da negociação no plenário, como isso volta para o Executivo", respondeu. A tramitação de medida provisória prevê ainda, após pronunciamento da comissão especial, votações na Câmara dos Deputados e depois no Senado.

A “regra da escadinha”, uma reivindicação dos pequenos agricultores, prevê que a recomposição das matas em margens de rio deveria ser progressiva, de acordo com o tamanho da propriedade. Assim, quanto maior a propriedade, maior o reflorestamento. Pela forma como a MP foi aprovada na comissão especial, houve redução na área a ser recomposta. A matéria agora, segue para análise da Câmara dos Deputados.

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Comissão do Congresso continua dividida sobre mudanças na MP do Código Florestal

28/08/2012 - 17h18
Meio AmbientePolítica
Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os parlamentares que compõem a comissão especial que analisa a Medida Provisória do Código Florestal (MP 571/2012) decidiram adiar novamente a votação de emendas ao texto enviado pelo Poder Executivo. Sem um acordo entre ruralistas e ambientalistas que propiciasse o consenso sobre as cerca de 30 emendas, o presidente da comissão, deputado Euvino Bonh Gass (PT-RS), anunciou que a reunião foi remarcada para amanhã às 8h.

“O esforço dos últimos dias é enorme para chegarmos a um entendimento de votação por unanimidade aqui. Por isso, decidimos adiar a votação para amanhã pela manhã, para continuarmos as negociações”, afirmou o deputado.

A comissão precisa de um consenso para rever emenda aprovada na última reunião segundo a qual os produtores ficam desobrigados de manter as reservas legais e áreas de preservação permanente nas margens dos rios chamados intermitentes – aqueles que secam durante um período do ano. Os ambientalistas se recusam a negociar se esta emenda não for revista. Já os ruralistas, que são maioria na comissão, condicionam a revisão da emenda a outros pontos que querem ver aprovados.

Para o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), a situação é um impasse. Na avaliação dele, é pouco provável que a comissão consiga votar as emendas nesta semana de esforço concentrado no Senado. Se a comissão não encerrar logo a votação das emendas para que a matéria possa ser votada no plenário da Câmara e, em seguida, no plenário do Senado, a medida provisória corre o risco de perder a validade por decurso de prazo.

De acordo com o líder, a presidenta Dilma Rousseff já estuda os problemas de segurança jurídica que podem decorrer desse cenário. “É do estilo da presidenta trabalhar com vários cenários. Nós não podemos esquecer que tendo sido vetados trechos do código [aprovado recentemente] e caindo a MP, fica valendo a lei anterior”, analisou Braga.

O líder avalia ainda que o governo pode orientar a sua base aliada a aprovar o texto da MP com algumas emendas, desde que elas “não descaracterizem” a essência do texto. Há ainda, segundo ele, a possibilidade de o governo “se retirar da discussão”. Nesse último caso, Braga não esclareceu se a presidenta pretende vetar trechos possivelmente aprovados pelo Congresso e com os quais o governo discorde.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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