GOVERNO FEDERAL AGE PARA PACIFICAR REGIÃO DO CONE SUL DO MATO GROSSO DO SUL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2012

27 de agosto de 2012 - Representantes do governo federal reuniram-se nesta sexta-feira (24/5), no Palácio do Planalto, em Brasília, com lideranças indígenas Guarani-Kaiowá, Nhandeva e Terena para avaliar ações voltadas à pacificação da região do Cone Sul do Mato Grosso do Sul. As principais questões tratadas referem-se à proteção de lideranças e comunidades indígenas da região de Arroio Korá, em Paranhos, e à atuação da Polícia Federal e Força Nacional de Segurança na apuração dos crimes contra indígenas e ameaças de fazendeiros da região.

Conforme o relato de representantes da Polícia Federal já foram instaurados dois inquéritos. O primeiro para apurar o desaparecimento do indígena Eduardo Pires após o atentado ocorrido em 10/8 e o segundo para interrogar os fazendeiros da região que prometeram guerra total contra os índios por meio de vídeos divulgados na rede social de computadores. Para apurar os crimes foi deslocado um delegado federal de Campo Grande.

Já a Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) informaram que a proteção às lideranças indígenas ameaçadas de morte foi ampliada. Atualmente existem cerca de dez pessoas ameaçadas na região inseridas nos programas de proteção da SDH/PR e, tanto a Polícia Federal como a Força Nacional de Segurança preparam ações preventivas contra essa violência, como rondas nas aldeias da região.

De acordo com o secretario nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, a ação conjunta dos órgãos federais prevê ainda uma visita ao estado do Mato Grosso do Sul para estabelecer a interlocução e uma agenda de trabalho com o Executivo, o Legislativo e o Judiciário estadual. O objetivo, conforme o secretario, é garantir o direito da população indígena e combater uma possível escalada de violência por parte dos fazendeiros.

Histórico

A terra indígena Arroio Korá foi reconhecida, demarcada e, em 2009, homologada. À época, os proprietários da fazenda entraram com uma ação judicial contestando a decisão e uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a continuidade do processo de homologação até o julgamento do mérito, que não aconteceu até hoje.

A demora do julgamento motiva os conflitos entre índios e fazendeiros na região. A área homologada pelo governo federal é de aproximadamente sete mil hectares e atualmente os índios ocupam uma área de aproximadamente 500 hectares.

Com informações de Adriana de Castro / Ascom Secretaria Geral-PR

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Funai e Neppi/UCDB discutem parceria para fortalecer atuação de estudantes indígenas

1º de agosto de 2012 - A presidenta da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Maria Azevedo, participou de reunião na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande/MS, em que discutiu a importância de fortalecer as iniciativas de formação acadêmica e profissional indígenas já realizadas pela universidade por meio do Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (Neppi/UCDB). A reunião ocorreu na última sexta-feira, 27, e contou com a participação do secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, de pró-reitores da UCBD e da equipe do Neppi.

Segundo a presidenta da Funai, o Neppi realiza um trabalho fundamental para a defesa dos direitos dos povos indígenas no Mato Grosso do Sul por proporcionar a oportunidade de formação e pesquisa a estudantes indígenas, que, na prática, significa investir na melhoria da qualidade de vida de suas comunidades.

A pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UCDB, Luciane Pinho de Almeida, reconheceu a capacidade do Neppi de integrar as atividades de ensino à pesquisa e extensão por meio da interdisciplinaridade e reforçou o papel do núcleo para a formação de jovens indígenas. A UCDB, por meio do Neppi, oferece bolsa integral a 50 estudantes indígenas em diversos cursos de graduação.

Uma das propostas apresentadas durante a reunião foi a possibilidade de parceria entre Funai e Neppi/UCDB para a construção de um projeto de cartografia social das comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul. Por meio dele, os jovens indígenas realizariam o mapeamento dos recursos naturais, equipamentos públicos e aspectos geográficos, sociais e econômicos de suas comunidades a fim de constituir uma cartografia da territorialidade local. “Nossa intenção é proporcionar aos acadêmicos indígenas condições de produzir conhecimento científico articulado aos conhecimentos tradicionais e, assim, melhorar a qualidade de vida das comunidades indígenas no estado”, disse a presidenta da Funai.

A cartografia social incluiria estudantes indígenas vinculados ao programa Rede de Saberes, que tem a finalidade de apoiar e estimular a permanência de acadêmicos indígenas na universidade e engloba, além da UCDB, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Universidade da Grande Dourados (UFGD).

Durante a reunião, o secretário Paulo Maldos também se colocou à disposição para iniciar uma articulação no âmbito do governo federal, objetivando a construção de parcerias entre os diversos órgãos. A intenção é trilhar alternativas conjuntas para garantir a efetivação dos direitos indígenas às populações do Mato Grosso do Sul.

A iniciativa de parceria entre Funai e Neppi/UCDB foi bem recebida pelos participantes que comemoraram esse primeiro contato entre as instituições a fim de fortalecer as ações de formação acadêmica e profissional indígenas com vistas a incentivar uma mudança de vida real e qualitativa nas aldeias. Nesse sentido, a Funai reafirma seu papel no sentido de apoiar ações de educação voltadas aos povos indígenas, por meio do diálogo e parceria com universidades e outros setores do governo e sociedade, a fim de que tais ações educativas se revertam em atividades sustentáveis para as comunidades indígenas.

 


 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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