EM DEFESA DA ATMOSFERA

Panorama Ambiental
Dezembro de 2012

Sexta, 21 Dezembro 2012
LUCAS TOLENTINO
O governo federal controlará a entrada dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) no país. A substância é usada em espumas de vários tipos e aparece como uma das principais responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Com a instrução normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (21), haverá cotas específicas para a importação do material.

A camada de ozônio é responsável por filtrar 95% dos raios ultravioleta B (UVB) emitidos pelo Sol que atingem a Terra, sendo de extrema importância para a manutenção da vida. Caso ela não existisse, as plantas teriam sua capacidade de fotossíntese reduzida e os casos de câncer de pele, catarata e alergias aumentariam, além de afetar o sistema imunológico. A crescente emissão de gases está causando buracos nesta verdadeira capa protetora.

A medida ajudará o país a alcançar as metas definidas pelo Protocolo de Montreal, acordo em que 197 países se comprometem a tirar de circulação as substâncias destruidoras do ozônio. O Brasil se comprometeu a congelar, no próximo ano, o consumo dos HCFCs e a reduzir em 16,6% o uso do gás até 2015. “A instrução é uma garantia de que o Protocolo será cumprido”, afirma a coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Magna Luduvice.

SUBSTITUIÇÃO

As ações envolvem, ainda, um processo de substituição dos HCFCs. Nos próximos anos, as empresas responsáveis pela produção de artigos como volantes de automóveis e braços de cadeiras abandonarão os HCFCs e passarão a usar materiais menos nocivos. “Esses serão os primeiros subsetores a fazer a substituição porque já existe tecnologia alternativa correta do ponto de vista ambiental e viável economicamente”, justifica Magna.

Todas as iniciativas de controle do consumo são adotadas dentro do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs, coordenado pelo MMA. Ao todo, serão investidos 19,5 milhões de dólares, assegurados pelo Fundo Multilateral para Implantação do Protocolo de Montreal. “Esses recursos serão aplicados em projetos de conversão tecnológica no setor privado de espumas de poliuretano”, afirma Magna.

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Desertificação: meta é integrar ações

Terça, 11 Dezembro 2012 - Programas do governo federal como o Brasil Sem Miséria e o Pronaf precisam trabalhar ao lado da ONU
SOPHIA GEBRIM
A necessidade de integração das ações da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) com outras políticas públicas foi destacada pelo diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Meio Ambiente, Francisco Campello, durante encerramento da reunião do grupo técnico que discute o tema no Brasil. O encontro, encerrado nesta terça-feira (11/12), em Brasília, reuniu representantes de outros ministérios e organismos internacionais ligados à agenda. “Precisamos colocar em prática as inúmeras propostas discutidas e acertadas por esta comissão deliberativa e uma das formas de estruturar e dar voz ao tema é alinhar as nossas propostas aos programas governamentais”, destacou o diretor do MMA.

Campello também apontou algumas iniciativas para dar suporte técnico ao alinhamento da pauta da UNCCD às políticas públicas brasileiras. “Vamos criar um grupo de trabalho para dar continuidade à discussão, além do apoio que recebemos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) como parceiro na implantação das normas previstas pela Convenção no Brasil”, disse. Durante o encontro foi apresentada uma publicação, realizada em parceria com o PNUD, com uma série de ações para uma política eficaz de combate à desertificação e desenvolvimento sustentável de regiões atingidas pela temática. Também é parceiro no estudo o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

INTEGRAÇÃO

O coordenador de Meio Ambiente do PNUD, Carlos Castro, destacou que uma das ações detectadas e já divulgadas no relatório apresentado durante a reunião é a possibilidade de integração da linha de trabalho da UNCCD com diretrizes de programas do governo federal, como o Brasil Sem Miséria, e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “A partir de inúmeros estudos realizados por uma equipe de consultores, vimos a necessidade e a possibilidade de integrar as metas e diretrizes da UNCCD com essas ações governamentais”, destacou Carlos Castro. Para isso, o organismo internacional irá fomentar novos levantamentos, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, de apoio à agenda de combate à desertificação.

A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) é um acordo internacional que busca promover o desenvolvimento e a promoção de solos saudáveis. No Ministério do Meio Ambiente, a agenda é coordenada pelo Departamento de Combate à Desertificação (DCD) da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR). Para a execução e implantação destes planos estão previstos financiamentos, acordos e parcerias com órgãos como o Fundo Clima, Fundo de Desenvolvimento Florestal, Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal, Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Banco do Nordeste (BNB) e Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), além de organismos internacionais e outros órgãos do governo federal.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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