MEDIDA QUE AUTORIZA CAPTURA E ABATE DE
JAVALIS-EUROPEUS ESTÁ NO DIÁRIO OFICIAL

Panorama Ambiental
Fevereiro de 2013

01/02/2013 - 9h16
Economia Meio Ambiente
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Está autorizada, no Brasil, a perseguição, a captura e o abate de javalis-europeus, da espécie Sus scrofa. A decisão, publicada no Diário Oficial da União de hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), permitirá uma tentativa de controle desses animais que têm forte presença em algumas regiões do país, onde, em grande volume, vêm destruíndo lavouras e deixando a população em alerta.

Nos últimos dias, os produtores da região de Ponta Serrada, no oeste catarinense, registraram perdas até 20% nas plantações, que são invadidas pelos javalis. Pelos números do Sindicato Rural de Ponte Serrada, quase 3 mil animais da espécie circulam pela região, passando de uma lavoura para outra e deixando um rastro de prejuízos, principalmente nas culturas de milho e soja.

“Eles atacam as lavouras, principalmente, de milho e soja, e trocam de lugar muito rapidamente. Os bandos caminham muito durante a noite. Atacam uma lavoura aqui e daqui a pouco estão em outra plantação lá longe”, contou José Forestti, presidente do sindicato. “Eles são capazes de acabar com uma lavoura em uma noite, pisando nas plantações, revirando a terra e se alimentando. Mas, fazem mais estragos do que comem”, acrescentou.

O temor, segundo Forestti, é que a falta de controle sobre o número de animais prejudique alguns produtores a ponto de não terem o que colher na próxima safra. Forestti cercou sua propriedade com material resistente, que mantém os javalis longe das culturas. “Mas eles ficam ali, rodeando. A gente evita andar à noite nas lavouras porque se nos pegam de surpresa, eles avançam. São agressivos e animais difíceis de abater porque são espertos, se escondem”, disse.

Além da agressividade do animal, alguns moradores temem os riscos à saúde, já que os javalis podem transmitir doenças como a peste suína africana, peste suína clássica e febre aftosa. No oeste de Santa Catarina, a maior parte dos javalis está no Parque Nacional das Araucárias. Quando falta alimento nessa área, eles seguem para as propriedades rurais em municípios como Ponte Serrada, Passos Maia, Água Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita, onde atacam as lavouras de milho, as hortas e até os criatórios de aves e suínos.

Em 2010, os produtores de Santa Catarina enfrentaram problemas semelhantes e conseguiram levar a Secretaria da Agricultura a declarar que o javali Sus scrofa é nocivo à agricultura e a autorizar o abate do animal por tempo indeterminado.

Pela instrução normativa do Ibama, o controle do javali será realizado por meios físicos. O uso de armadilhas, substâncias químicas e a soltura de animais para rastreamento, com a finalidade de controle, vão depender de autorização de manejo de espécies exóticas invasoras, que deve ser solicitada no site do órgão ambiental.

Só será permitido o uso de armadilhas que capturem e mantenham o animal vivo. Laços e dispositivos que acionam armas de fogo, capazes de matar ou ferir os animais, estão proibidos.

O Ibama destacou que não será permitido o transporte dos animais vivos ou a comercialização de qualquer produto e subproduto obtido por meio do abate de javalis.

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Inpe lança projeto de recomposição da mata nativa da Mata Atlântica

22/02/2013 - 15h49
Meio Ambiente
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Em uma área de 23,7 hectares do campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Cachoeira Paulista, serão plantadas espécies nativas da Mata Atlântica, encontradas nas serras do Mar e da Mantiqueira. É o que prevê o Projeto Mata Nativa, lançado hoje (22) para ser executado em parceria do Inpe com a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba, uma organização não governamental (ONG).

O coordenador do projeto, Jean Ometto, informou que o plantio será feito pela ONG e caberá ao Inpe acompanhar o impacto da nova vegetação sobre o meio ambiente, por meio do monitoramento da formação hidrológica, de nutrientes no solo, e do crescimento das espécies.

O que motivou a iniciativa, segundo ele, foi o levantamento feito em 2008 sobre o quanto o Inpe emite de carbono sem uma compensação ao meio ambiente. O cálculo indicou a emissão de 2 mil a 2,5 mil toneladas de carbono por ano. “Nosso propósito, agora, é recompor a biodiversidade nos próximos 20 anos”, estimou o cientista.

Com reposição de espécies nativas, a expectativa é que haja também estímulo ao povoamento da fauna, em razão da interação natural na reprodução vegetal e animal, disse Paulo Valadares, secretário executivo da ONG. Entre as 80 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica a serem plantadas estão o amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola, jequitibá-rosa e sangra-d’água.

 

Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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