PREFEITURA RETIROU 65 TONELADAS DE PEIXE
MORTO DA LAGOA RODRIGO DE FREITAS

Panorama Ambiental
Março de 2013

14/03/2013 - 16h56
Nacional
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pelo terceiro dia seguido, a Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, amanheceu coberta por peixes mortos. De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smac), uma conjunção de fatores levou à falta de oxigênio na água, provocando a mortandade. Foram recolhidas no local, desde terça-feira, 65 toneladas de peixes

O coordenador de Recursos Hídricos da Smac, Alexandre De Bonis, disse que quatro fatores afetaram a qualidade ambiental da lagoa nos últimos dias e provocou o desastre ambiental: as fortes chuvas, que levaram óleo e matéria orgânica para a água; a desova de uma espécie de peixe que habita o local; o forte calor que expulsa o oxigênio dissolvido na água; e a maré baixa.

“Quando está com a maré alta, as comportas são abertas para entrar água oxigenada na lagoa, para melhorar a qualidade da água. Mas nós temos tido marés baixas e tem entrado pouca água na lagoa”, explicou. Segundo ele, “fevereiro e março é o período de desova da savelha, que corresponde a 95% dos peixes da lagoa e é a espécie suscetível a essa falta de oxigênio”.

O último Boletim da Lagoa, com os dados de ontem (13), mostram que cerca de 70% da lagoa estavam impróprios para atividade recreativa, e a qualidade da água estava em estado crítico. O nível de oxigênio dissolvido estava de crítico a estado de alerta. Segundo De Bonis, a Lagoa Rodrigo de Freitas é monitorada 24 horas por dia, mas nem sempre é possível evitar problemas como esse.

“Nós temos um programa de gestão, um plano de contingência, que é sempre acionado quando chega um momento crítico, só que, infelizmente, às vezes a gente não consegue atender a certas coisas. Tudo está sendo feito realmente para evitar isso, tanto que a última mortandade de peixes foi em 2009. Mas essa soma de fatores trouxe esse clímax negativo para a lagoa”.

De acordo com o coordenador, os pescadores informaram que foram pescados na lagoa 280 quilos de peixe no dia 11, 480 quilos no dia 12 e 2,8 toneladas ontem, já que os peixes grandes estavam na superfície, onde é maior a concentração de oxigênio. Mas, segundo De Bonis, a savelha não é pescada porque não tem valor comercial. “Estamos vendo a possibilidade de eles serem remunerados para pescarem a savelha, mas ainda não chegamos a um acordo”.

A hipótese de esgoto despejado na lagoa foi negada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Segundo a empresa, a prática foi abolida em 2007, com a implantação do plano de ação de contingência e investimentos de R$ 148 milhões em infraestrutura de saneamento no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas. De acordo com a Cedae, o sistema passou por uma vistoria ontem, após o aparecimento dos peixes mortos, não sendo encontrada nenhuma avaria.

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Izabella Teixeira quer fortalecer papel político e deliberativo do Conama

20/03/2013 - 20h23
Meio Ambiente
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (20), na 109ª reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que um de seus principais compromissos à frente da pasta é fortalecer o papel político e deliberativo do conselho.
Estamos fazendo uma reestruturação em todos os conselhos [vinculados ao ministério], política e institucional, para dar visibilidade e força a esses mecanismos de política pública e de participação de todos os segmentos”, destacou a ministra, na reunião em que deu posse aos conselheiros eleitos, representantes das entidades ambientalistas de todo o país.

Segundo ela, houve um “mal-entendido” por parte da imprensa, que interpretou de forma equivocada colocação que Izabella fez durante reunião com representantes da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), ocorrida na noite de ontem (19). A Agência Brasil publicou matéria nessa terça-feira com uma interpretação errada sobre a avaliação da ministra em relação ao papel do Conama.

O Conama foi criado há mais de 30 anos pela lei que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, para funcionar como um órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Entre as responsabilidades do colegiado - que reúne representantes de órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e da sociedade civil - está a definição de normas e critérios para o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras. Participam representantes de associações ligadas às áreas de engenharia sanitária e ambiental, defesa do meio ambiente, até a de trabalhadores da área urbana, da comunidade científica e populações indígenas.

O conselho pode exigir estudos sobre alternativas e possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados e também pode analisar a aplicação de multas e outras penalidades, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em diversas situações.

"Desde que assumi o ministério minha luta é pelo fortalecimento desse conselho e isso tem sido um mantra. Quando cheguei ao ministério, encontrei tendências que queriam esvaziar o Conama, e fomos contrários a isso”, reforçou Izabella Teixeira.

 
 
 

Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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