CETESB SEDIA REUNIÃO PARA DISCUTIR SOBRE
MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL

Panorama Ambiental
Abril de 2013

O primeiro Relatório Nacional sobre clima traz um panorama das regiões e auxiliará na implementação de política pública

17/04/2013 - A Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SMA e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, por meio do Programa de Mudanças Climáticas – PROCLIMA, sediaram a reunião técnica para discussão e revisão do Primeiro Primeiro Relatório Nacional sobre Mudanças Climáticas (RAN1), elaborado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas – PBMC. Objetivo desse encontro foi o de promover e disseminar o status atual da ciência do clima brasileira, sobre mudanças climáticas globais, visando também a participação dos governos, empresas, universidades e a sociedade, nas discussões sobre o tema.

O Primeiro Relatório Nacional, que foi apresentado para a consulta pública, é composto por 3 volumes, Base Científica das Mudanças Climáticas; Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação e, Mitigação das Mudanças Climáticas, que traz uma avaliação do estado da arte, do conhecimento científico, disponível sobre mudança do clima.

O volume 1, dividido em 11 capítulos, entre eles, “Mudanças Ambientais de curto e longo prazo”; “Projeções, reversibilidade e atribuição” e “Oceanos, foi elaborado pela comunidade científica do país, que trabalha na área de ciência do clima, evidenciando as diferentes contribuições naturais e humanas sobre o aquecimento global. A apresentação do trabalho foi realizado por Tercio Ambrizzi, da Universidade de São Paulo – USP, um dos autores do trabalho.

Para Eduardo Assad, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuárias - EMBRAPA, coordenador e um dos autores dos capítulos I e II do volume 2, a avaliação, teve como ponto de partida, os trabalhos científicos mais recentes, retratando de forma ampla e atualizada, os impactos causados pelas mudanças do clima no Brasil; a vulnerabilidade dos ambientes naturais e humanos; e as medidas necessárias para mitigação e adaptação. Segundo ele, esse trabalho tem o objetivo em fornecer subsídios paras às decisões relativas às medidas de mitigação e adaptação no país.

De acordo com o documento, o Brasil poderá reduzir as emissões anuais do setor energético, em até 35% (até 2030), com a maior parte das ações realizadas pelo setor industrial, se as seguintes medidas forem implementadas: substituição do combustível fóssil utilizado pela indústria; refino e transformação gas-to-liquid (GTL) para a produção de diesel com baixo teor de enxofre; geração de energia eólica e fotovoltaica (solar), cogeração baseada no bagaço da cana-de- açúcar; maquinário de alta eficiência energética. Ainda assim, segundo Assad, as emissões do setor de energia permanecerão 28% mais elevadas em 2030 do que em 2008.

O volume 3, que está divido em 4 capítulos: ”Avaliação de Políticas, Instituições e Recursos Financeiros, entre outros, foi apresentado por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília – UNB. Dentro desse tema, é discorrido a necessidade do setor público no Brasil, de se envolver mais com Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL. Seu papel no passado recente se resumiu a entrar com uma participação pequena nos projetos; um potencial a ser explorado ainda.

Conforme os resultados de simulações realizadas, o desenvolvimento sustentável seria possível com um volume de financiamento, que não é absurdamente elevado, podendo ser estimulado pela venda de créditos de carbono, e por outros instrumentos de política pública (subsídios ao capital para tecnologias de baixo carbono, condições de financiamento de investimento, créditos tributários), entre outros.

A mediação das apresentações foi realizada por Andrea Santos, secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, coordenadora técnica do evento. Ela afirmou que esse relatório é um raio x das regiões do Brasil, irão fornecer elementos preciosos para a implementação de políticas públicas no país. Poderão ainda subsidiar, no desenvolvimento de metodologias nacionalmente apropriadas, de monitoramento de emissões, auxiliando na verificação da redução de emissões e do alcance das Metas dos Planos setoriais de Mitigação e da Política Nacional sobre Mudanças Climáticas.

Segundo a secretária executiva, os trabalhos tiveram início em 2010, envolveu cerca de 350 cientistas de várias partes dos país, pesquisadores, estudiosos e outros profissionais, será traduzido em dois idiomas, inglês e espanhol. Seu lançamento oficial será em setembro próximo. A CETESB apoia o PBMC, entre outros, cedendo profissionais para a redação do capítulo: região Sudeste, do volume 2: “Vulnerabilidades e Adaptação e, Mitigação das Mudanças Climáticas”.

Na abertura do evento, o vice-presidente da CETESB, Nelson Bugalho disse que o tema mudanças climáticas é pouco discutido na área jurídica. Segundo ele, é preciso incrementar o apoio dos governos e outras instituições, “melhorar a comunicação científica e o público, dada a importância do tema ao planeta”. A gerente da Divisão de Mudanças Climáticas, gerente da Divisão de Mudanças Climáticas, Josilene Ferrer, autora do subcapítulo 8, do volume 2, também acompanhou os trabalhos de apresentação.

O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

O Painel foi estabelecido, nos moldes do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês). O papel do PBMC é reunir, sintetizar e avaliar informações científicas sobre os aspectos relevantes das mudanças climáticas no Brasil.

O PBMC irá disponibilizar informações técnico-científicas sobre mudanças climáticas a partir de avaliação integrada do conhecimento técnico-científico produzido no Brasil ou no exterior, sobre causas, efeitos e projeções relacionadas às mudanças climáticas e seus impactos, de importância para o país.
As informações serão divulgadas, por meio da elaboração e publicação periódica de Relatórios de Avaliação Nacional, Relatórios Técnicos, Sumários para Tomadores de Decisão sobre Mudanças Climáticas e Relatórios Especiais sobre temas específicos.

O PBMC poderá apoiar ainda, na cooperação internacional, entre países em desenvolvimento, pela divulgação da sua experiência nacional, compartilhar métodos, resultados e conhecimento com objetivo de ajudar países a fortalecer as suas capacidades nacionais de respostas à mudança climática. O evento foi realizado no dia 16/4, na sede da CETESB, em São Paulo.
Texto: Rosely Ferreira
Fotos: José Jorge Neto

 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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