OPERAÇÃO COMBATE EXTRAÇÃO ILEGAL DE PALMITO JUÇARA

Panorama Ambiental
Setembro de 2013

Brasília (20/09/2013) – Na quarta-feira (18), fiscais da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Mantiqueira e dos Parques Nacionais (Parna) do Itatiaia e da Serra da Bocaina participaram de operação de fiscalização. A ação foi da delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão em estabelecimentos suspeitos de beneficiamento e comercialização de palmito juçara, produto extraído da palmeira Euterpe edulis, espécie ameaçada de extinção.

O inquérito indicou que os estabelecimentos visitados "legalizavam" o palmito juçara extraído das unidades de conservação federais, sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), através da compra de pequenas quantidades de palmito juçara extraídos legalmente, além do uso de rótulos de diversas empresas, verdadeiras e fictícias, como também de outras espécies de palmeiras cultivadas.

Além da apreensão de documentos fiscais, rótulos e vidros com palmito, prontos para comercialização, foram encontradas oito armas de fogo nos locais visitados, com destaque para duas escopetas calibre 12, uma espingarda calibre 20, uma espingarda de repetição calibre 38, um revolver calibre 38 e uma pistola .380.

A espécie de palmeira Euterpe edulis é considerada uma espécie-chave para manutenção da saúde da Mata Atlântica, produzindo grande quantidade de frutos durante praticamente todo o ano, os quais são consumidos por várias espécies de aves e mamíferos, importantes dispersores de sementes na floresta. Atualmente, na região do Vale do Paraíba, que compreende os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, apenas poucas áreas no interior e entorno do Parque Nacional do Itatiaia e da APA Serra da Mantiqueira abrigam populações significativas da espécie, já que para a extração do palmito a palmeira tem que ser morta.

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PROJETO GERA RENDA NA RESERVA EXTRATIVISTA MATA GRANDE

Brasília (20/09/2013) – O projeto "Babaçu gerando vidas" é uma iniciativa desenvolvida na Reserva Extrativista (Resex) Mata Grande, no Maranhão, desde maio de 2013. O principal objetivo é a extração do óleo do coco babaçu com enfoque na educação ambiental e geração de renda. O projeto atende mais de 30 povoados rurais nas comunidades dos municípios de Davinópolis, Buritirana e Senador Laroque.

O babaçu vem sendo recolhido nas comunidades de Água viva, Mata Grande, Assentamento Primeiro de Maio e Alto do Maurício, no município de Davinópolis; nas comunidades de Cajá Branca, Jenipapo e Cumaru, município de Senador Laroque; e nas comunidades Novo Horizonte, no município de Buritirana.

Produção

Atualmente, uma equipe passa a cada 15 dias recolhendo as amêndoas que são pesadas e levadas ate a fábrica de processamento do óleo, localizada no povoado de Jenipapo, município de Senador Laroque. A fábrica possui capacidade para processar até uma tonelada de coco babaçu por dia. O esmagamento do fruto produz um óleo limpo e cheiroso que tem sido bem aceito pela população local. A torta de babaçu, um subproduto da extração do óleo restante da sobra das amêndoas do coco após esmagado, vem sendo negociada com fazendeiros da região, como suplemento para ração por ser rico em nutrientes.

Além da produção de óleo, as famílias trabalham também com o azeite. Ele é produzido manualmente e usado na alimentação e na fabricação de sabão para uso doméstico. Mais de 60 subprodutos são gerados com o coco babaçu. Para o uso industrial são utilizados o endocarpo, o pericarpo e o mesocarpo. A palha é usada como cobertura das casas das famílias carentes das comunidades e também pode ser usada na produção de artesanato.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem trabalhado para industrializar a produção do coco babaçu. A preservação das palmeiras são alvo de ações de conservação da biodiversidade com o intuito de gerar renda para futuras gerações.

Extrativistas

De acordo com a equipe de gestão da Reserva Extrativista Mata Grande, as mulheres quebradeiras de coco babaçu que participam do projeto estão muito satisfeitas por melhorar a renda das famílias. Elas são extrativistas donas de casa, mães, avós, esposas e também trabalhadoras rurais organizadas que acreditam que a partir desse trabalho podem conquistar melhores condições de vida e garantir seus direitos como cidadãs.

Coco Babaçu

Mais de 18 milhões de hectares do território brasileiro são cobertos por florestas secundárias de palmeiras de babaçu. No Brasil, quatro unidades de conservação federal sob gestão do ICMBio trabalham com o coco babaçu, do qual são retirados cerca de 64 subprodutos que garantem a sobrevivência de muita gente. São elas: a Resex Extremo Norte do Estado do Tocantins (TO) e as Resex Mata Grande, Chapada Limpa e do Ciriaco, no Maranhão.

O babaçu cresce espontaneamente nas matas da região amazônica e anualmente produz cerca de 2 mil frutos. O estado do Maranhão concentra a maior extensão de matas onde predominam os babaçus e a extração de suas amêndoas envolve o trabalho de mais de 300 mil famílias de mulheres quebradeiras de coco babaçu no Brasil.

 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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