Descartar ou queimar: a realidade da poluição plástica global

Mais de 50 milhões de toneladas de plástico são jogadas no ambiente ou incineradas anualmente, afetando saúde e clima

 
 

08/05/2025 – A gestão inadequada de resíduos plásticos se tornou um dos maiores desafios ambientais do planeta, especialmente em países de baixa renda, onde o acesso a serviços de coleta de lixo ainda é precário. Estima-se que 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo vivam sem acesso a esses serviços, o que resulta em mais de 52 milhões de toneladas de plástico descartadas de forma irregular a cada ano.

Um Problema Global, Soluções Locais
Segundo uma análise liderada por Costas Velis, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, grande parte desse lixo plástico é queimada em casas, ruas ou pequenos lixões, sem qualquer tipo de controle ambiental. A pesquisa, que utilizou dados de governos locais, censos e algoritmos de inteligência artificial para mapear o tratamento de resíduos em mais de 50 mil áreas urbanas, trouxe um panorama inédito sobre a questão.

Os pesquisadores descobriram que 57% dos resíduos plásticos não coletados são queimados, liberando gases de efeito estufa, dioxinas cancerígenas, partículas tóxicas e metais pesados que prejudicam a saúde humana. Os 43% restantes acabam poluindo o solo, rios e oceanos. Velis destacou que o estudo oferece uma compreensão “sem precedentes” sobre os fluxos de resíduos plásticos e por que eles se tornam poluição em diferentes contextos.

Reprodução/Pixabay

 



Desigualdade na Poluição
Embora países de baixa renda gerem menos plástico por pessoa, a maior parte desse material acaba contaminando o ambiente devido à ausência de infraestrutura para coleta e tratamento. Na Índia, Nigéria e Indonésia, identificados como os maiores poluidores, a coleta de resíduos ainda é irregular ou inexistente em muitas áreas. Já em países de alta renda, a maior parte dos resíduos plásticos é coletada e processada, mas o consumo elevado continua alimentando a crise global do plástico.

Rumo a um Tratado Global
As conclusões do estudo são divulgadas em um momento crítico, às vésperas das negociações para o primeiro tratado global sobre resíduos plásticos, que acontecerão em novembro, em Busan, Coreia do Sul. Velis enfatizou a necessidade de que o tratado inclua medidas que exijam o aumento da proporção de resíduos tratados adequadamente, com países de alta renda oferecendo suporte financeiro às nações mais pobres.

De acordo com o pesquisador, a ausência de coleta abrangente é o maior fator contribuinte para a poluição plástica. Ele reforçou que garantir acesso universal à gestão de resíduos pode ser um passo essencial para mitigar tanto os impactos ambientais quanto os riscos à saúde.

Impactos na Saúde e no Clima
Além de ser um problema estético e ambiental, a poluição plástica tem implicações diretas na saúde humana e no clima. A queima de plástico, amplamente praticada em países de baixa renda, libera gases que intensificam o aquecimento global, além de substâncias tóxicas que aumentam os riscos de doenças respiratórias, câncer e outros problemas de saúde.

O estudo reforça a urgência de uma ação coordenada para enfrentar essa crise global. Sem investimentos significativos em coleta e tratamento de resíduos, o plástico continuará a comprometer o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida de bilhões de pessoas.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 

 

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