12/05/2025
– O governo federal aprovou o Plano Nacional de Economia Circular
(PLANEC), que visa impulsionar a transição do Brasil
para um modelo de produção e consumo mais sustentável.
Com foco em inovação, sustentabilidade e expansão
para novos mercados, o plano integra a Estratégia Nacional
de Economia Circular (ENEC) e busca promover a economia circular
em diversos setores. Após consulta pública, o documento
será publicado no primeiro semestre de 2025.
O Plano Nacional de Economia Circular
(PLANEC) foi construído de forma colaborativa e define ações
práticas para acelerar a transição do Brasil
para uma economia circular. Entre as medidas estão a criação
de linhas de crédito para negócios circulares, desenvolvimento
de métricas de monitoramento, capacitação profissional
e fortalecimento das compras públicas sustentáveis.
O plano prioriza modelos que eliminem resíduos, mantenham
produtos em uso e regenerem os sistemas naturais.
A economia circular surge como alternativa
ao modelo linear tradicional de produção, que envolve
extrair, produzir, consumir e descartar. Segundo Pedro Prata, da
Fundação Ellen MacArthur, a adesão do Brasil
à estratégia representa um avanço ambiental
e uma oportunidade econômica, colocando o país em posição
de liderança na América Latina. O plano permite reposicionar
a economia brasileira para os desafios do século 21, promovendo
crescimento sustentável com menor dependência de recursos
naturais.
A transição
para a economia circular pode beneficiar especialmente a indústria
alimentícia, a agricultura e o setor de embalagens. Práticas
regenerativas e a redução do desperdício de
alimentos podem cortar até 70% das emissões do sistema
alimentar até 2050. No setor de embalagens, a adoção
de modelos reutilizáveis pode reduzir em cerca de 20% o plástico
que chega aos oceanos até 2040, representando uma mudança
significativa no combate à poluição marinha.
Com a aprovação do PLANEC,
o principal desafio passa a ser sua implementação.
O plano já inclui ferramentas importantes, como instrumentos
financeiros, capacitação e mecanismos de monitoramento,
mas sua efetividade dependerá do engajamento de diversos
setores da sociedade. A importância de métricas e indicadores
para medir o progresso da circularidade, garantir transparência
e orientar políticas públicas. Segundo Prata, o plano
tem potencial para destravar crédito, redesenhar processos
produtivos e qualificar a força de trabalho, promovendo uma
transformação real rumo à economia circular.
O PLANEC não só marca
um avanço nacional, como também posiciona o Brasil
como liderança regional na transição para a
economia circular. Poucos países têm um plano tão
detalhado e ambicioso, e o Brasil reúne condições
favoráveis para liderar esse movimento, como sua biodiversidade,
força agroindustrial e sociedade civil engajada. A aprovação
do plano também alinha o país a compromissos internacionais,
como a Agenda 2030 e o Acordo de Paris, reforçando a economia
circular como uma resposta sistêmica a desafios globais como
a crise climática e a desigualdade.
Redação, com informações
de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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