15/05/2025
– Um estudo inovador, que utilizou inteligência artificial
para analisar mais de 50 mil cidades e áreas rurais ao redor
do mundo, revelou os principais pontos críticos de poluição
plástica. Liderada por pesquisadores internacionais, a pesquisa
destaca que a Índia ocupa o primeiro lugar no ranking global
devido à grande quantidade de resíduos plásticos
não coletados, seguida pela Nigéria e Indonésia.
Segundo os autores do estudo, as emissões
de plástico são resultado de um sistema inadequado
de gerenciamento de resíduos. Nos países desenvolvidos,
a maior parte da poluição provém de resíduos
descartados incorretamente em sistemas controlados, enquanto nos
países em desenvolvimento, como a Índia, a principal
fonte de emissão é a falta de coleta de resíduos.
Dados do modelo indicam que, das 52
milhões de toneladas de resíduos plásticos
que entram no meio ambiente anualmente, 68% são provenientes
de resíduos não coletados. A prática de queima
a céu aberto é apontada como responsável por
57% dessa poluição global, agravando os impactos ambientais
e de saúde pública.
A Índia lidera o ranking de
poluição, com 9,3 milhões de toneladas de plástico
despejadas no meio ambiente por ano – mais de um quinto do
total mundial. Essa posição é explicada pela
baixa taxa de coleta de resíduos no país, que abrange
apenas 81% dos resíduos gerados. Além disso, estimativas
revisadas apontam que cada indiano gera cerca de 0,54 kg de resíduos
por dia, número muito superior ao que relatam fontes oficiais.
Os pesquisadores defendem
que identificar esses "hotspots" é essencial para
que governos desenvolvam estratégias direcionadas e mais
eficazes para conter a poluição plástica. Países
com altos índices de poluição geralmente possuem
menos recursos financeiros e de infraestrutura, dificultando o combate
ao problema.
A pesquisa também sugere que
estender os serviços de coleta de resíduos é
uma medida viável para reduzir drasticamente a poluição.
Além disso, é necessário repensar o consumo
de plástico e investir em alternativas sustentáveis
para o material. No entanto, os autores alertam que o plástico
continuará sendo produzido por muitos anos, o que torna o
gerenciamento eficaz dos resíduos uma prioridade imediata.
Esse estudo fornece uma base científica
crucial para embasar políticas públicas e alinhar
as metas do tratado global sobre plásticos, que está
sendo negociado internacionalmente. Segundo os pesquisadores, a
redução da poluição não apenas
beneficiará o meio ambiente, mas também melhorará
as condições de vida de bilhões de pessoas
que atualmente não têm acesso a sistemas adequados
de gerenciamento de resíduos.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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