01/08/2025
– Um novo estudo revelou que o plástico preto é
originado de produtos elétricos e eletrônicos reciclados,
que contêm altas concentrações de produtos químicos
retardantes de chamas, substâncias cancerígenas que
podem se transferir para os alimentos quando o plástico entra
em contato com o calor.
A descoberta de que produtos domésticos
de consumo contêm altas concentrações de retardantes
de chamas causadores de câncer é particularmente relevante
para os negros americanos, que apresentam taxas desproporcionais
de câncer e outras doenças associadas a esses produtos
químicos. Um estudo publicado recentemente na revista Chemosphere
revelou que 85% dos itens testados continham esses compostos tóxicos,
sendo que os níveis mais elevados foram encontrados em objetos
de plástico preto, como uma bandeja de sushi, uma espátula
de cozinha e um colar de brinquedo para crianças.
A North American Flame Retardant
Alliance, da ACC, que representa fabricantes e usuários de
produtos químicos retardantes de chamas, afirmou que o estudo
não apresenta dados suficientes para determinar a quantidade
de exposição humana necessária para causar
danos. Contudo, estudos anteriores já haviam alertado sobre
os riscos de produtos químicos presentes em plásticos
que migram para alimentos e bebidas, com essa absorção
sendo ainda maior quando os plásticos são aquecidos
no micro-ondas ou misturados durante o preparo dos alimentos. Alguns
desses compostos têm sido relacionados a distúrbios
metabólicos, como obesidade e problemas reprodutivos em mulheres.
Vale destacar que os negros americanos apresentam as maiores taxas
de obesidade e têm maior propensão a serem diagnosticados
com câncer.
Isso abrange cânceres relacionados
ao sistema reprodutivo, como câncer de mama, de ovário
e de próstata, que, de acordo com esses estudos, podem estar
associados ao uso de plásticos. Os Estados Unidos participaram
de negociações sobre o Tratado Global de Plásticos,
o que pode resultar em uma redução anual na produção
de plástico e na proibição de produtos químicos
nocivos presentes nesses materiais, mas com o governo Trump isso
pode mudar.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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