Acabar com a poluição plástica: por que o comércio é importante

O comércio deve ser parte da solução para a poluição plástica, não parte do problema

 
 

11/08/2025 – Desde o apoio à produção e ao consumo responsáveis até a promoção da circularidade e de alternativas sustentáveis, o comércio deve ser parte da solução para a poluição plástica, não parte do problema. O último Global Trade Update mostra que a produção de plástico atingiu 436 milhões de toneladas métricas em todo o mundo em 2023, com o valor comercializado ultrapassando US$ 1,1 trilhão e representando 5% do comércio total de mercadorias.

Apesar de impulsionar o crescimento global em todos os setores, os plásticos causam um alto impacto na saúde ambiental e planetária.
De forma alarmante, 75% dos plásticos já produzidos se tornaram resíduos e acabaram, em sua maioria, nos oceanos e ecossistemas do mundo.

Essa poluição também ameaça os sistemas alimentares e o bem-estar humano, especialmente em pequenos países insulares e costeiros em desenvolvimento, com capacidade limitada de lidar com a situação.
Substitutos não plásticos estão ganhando força, mas permanecem em grande parte inexplorados.

Também em 2023, o comércio global de substitutos não plásticos atingiu US$ 485 bilhões, com um crescimento anual de 5,6% nas economias em desenvolvimento.
Esses substitutos materiais podem ser reciclados ou transformados em composto, geralmente derivados de fontes naturais, como minerais, plantas ou animais.

Mas para ampliar essas opções, o mundo precisa enfrentar uma miríade de desafios relacionados a medidas tarifárias e não tarifárias, acesso limitado ao mercado e incentivos regulatórios fracos.

As tarifas tornam os plásticos mais baratos e desencorajam os substitutos naturais
Nas últimas três décadas, as tarifas médias da nação mais favorecida (NMF) sobre produtos de plástico e borracha caíram de 34% para 7,2%, tornando, em parte, os plásticos produzidos a partir de combustíveis fósseis muito mais baratos.
Em contraste, as tarifas NMF são em média de 14,4% para substitutos não plásticos, como bambu, fibras naturais e algas marinhas.

As disparidades correm o risco de dificultar o investimento em produtos alternativos, minar a inovação em países em desenvolvimento e retardar a transição dos plásticos baseados em combustíveis fósseis, alerta a ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Reprodução/Pixabay

 



A fragmentação regulatória dificulta uma resposta eficaz
Com 98% dos plásticos derivados de combustíveis fósseis, as emissões e os danos ambientais, se não forem controlados, podem continuar piorando.
Em resposta, muitos países usam medidas não tarifárias (MNTs) para restringir o fluxo de plásticos nocivos por meio de proibições, requisitos de rotulagem e padrões de produtos.
Mas as regulamentações existentes diferem em requisitos, às vezes até inconsistentes, levando a um cenário fragmentado e maiores custos de conformidade.

Pequenas empresas e exportadores de baixa renda enfrentam dificuldades específicas nesse aspecto, o que limita sua capacidade de participar e se beneficiar do comércio sustentável.

O tão esperado tratado global está se aproximando da linha de chegada
O esforço global para acabar com a poluição plástica até 2040 está ganhando novo impulso.
De 5 a 14 de agosto, os países devem se reunir em Genebra para a rodada final de negociações lideradas pela ONU — conhecida como INC-5.2 — com o objetivo de desenvolver um instrumento internacional juridicamente vinculativo contra a poluição por plástico.
O tratado abrangeria todo o ciclo de vida dos plásticos – produção, consumo e desperdício – dentro de uma estrutura justa e abrangente.

Também representa uma oportunidade crítica para integrar sistemas comerciais, financeiros e digitais em uma resposta global coerente.
Antes das negociações de alto risco, a ONU Comércio e Desenvolvimento destaca que um tratado bem-sucedido precisa incluir:
• Reformas tarifárias e de NTM para apoiar substitutos sustentáveis
• Investimento em gestão de resíduos e infraestrutura circular
• Ferramentas digitais para rastreabilidade e conformidade aduaneira
• Coerência de políticas entre acordos firmados por meio da Organização Mundial do Comércio, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, da Convenção de Basileia e de estruturas regionais relacionadas.

Da UNCTAD
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 

 

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