19/11/2025
– Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca,
desenvolveram uma tecnologia inovadora que transforma resíduos
de PET (como os usados em garrafas e embalagens) em um material
capaz de capturar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera.
A descoberta pode ajudar a combater dois grandes problemas ambientais:
o acúmulo de plástico e a crise climática.
O estudo, publicado na revista Science
Advances, descreve um processo químico chamado “upcycle”
que transforma plástico PET descartado em um novo material
chamado BAETA. Esse pó, que pode ser moldado em pellets,
possui uma superfície modificada quimicamente que se liga
de forma eficiente ao CO2. Após a saturação,
o material é aquecido para liberar o gás em alta concentração,
que pode ser armazenado ou reutilizado na indústria, como
na produção de combustíveis sintéticos.
Segundo a pesquisadora Margarita Poderyte, o método resolve
o problema do lixo plástico sem gerar novos impactos ambientais.
Os pesquisadores afirmam que o material
BAETA funciona em diferentes temperaturas, desde ambiente até
cerca de 150 °C, o que permite seu uso direto em chaminés
industriais para capturar CO2 antes que seja liberado na atmosfera.
Segundo o coautor Jiwoong Lee, o BAETA é durável,
eficiente por longos períodos e se adapta a diferentes condições,
inclusive ao calor intenso no final dos processos industriais.
A nova tecnologia permite
reaproveitar resíduos de PET degradados e de baixa qualidade,
que normalmente não são reciclados e acabam em lixões
ou oceanos, tornando-se microplásticos. Segundo os cientistas,
a inovação oferece uma solução dupla:
reduz o acúmulo de plástico na natureza e contribui
para o combate às mudanças climáticas. Lee
destaca que o material pode gerar um incentivo econômico para
a limpeza dos oceanos.
A captura de CO2 com plástico
reciclado funciona a partir do PET, que contém cerca de 60%
de carbono. Ele é transformado quimicamente com etilenodiamina,
criando uma estrutura capaz de atrair o CO2 da atmosfera. Quando
saturado, o material é aquecido para liberar o gás,
que pode ser armazenado ou reutilizado. Os pesquisadores agora buscam
investidores para produzir o material BAETA em larga escala e implementá-lo
em fábricas. Segundo Poderyte, a tecnologia é sustentável
e escalável, mas o avanço dependerá do apoio
de autoridades e empresas.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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