17/12/2025
– O acúmulo e a má gestão de fibras e
partículas plásticas representam um problema global
urgente, com impactos sérios na saúde humana e na
sustentabilidade ambiental. Essa conclusão vem de uma análise
de 228 publicações científicas e relatórios
internacionais, produzidos entre 2018 e 2025. O estudo, publicado
na revista Environmental Research, aborda temas como os efeitos
dos plásticos no meio ambiente, nas interações
entre solo e microrganismos, na saúde humana e nas tecnologias
de reaproveitamento de resíduos.
A análise identifica cinco
temas centrais sobre a poluição plástica: efeitos
ecológicos, interações com contaminantes, inovações
em gestão, impactos socioeconômicos e intervenções
políticas. O estudo propõe uma abordagem holística
para enfrentar a crise dos micro e nanoplásticos (MNPs),
destacando sua crescente presença como poluentes ambientais.
Com foco na sustentabilidade do solo e do meio ambiente, os autores
buscam traçar caminhos para um futuro livre da poluição
plástica.
Para mitigar essa poluição,
defendem uma abordagem de economia circular que priorize a redução
da produção e consumo de plástico, incentive
a reutilização e a reciclagem mecânica, e implemente
uma gestão de resíduos sustentável. O artigo
oferece uma análise detalhada dos desafios e oportunidades
no manejo desses poluentes nos ecossistemas.
A revisão destaca o impacto
ecológico dos micro e nanoplásticos (MNPs) nos sistemas
solo-planta e suas consequências para a saúde humana.
Explora como esses poluentes se acumulam no solo, interagem com
elementos tóxicos e afetam a toxicidade do ambiente. O estudo
também aborda os riscos para a saúde das culturas
agrícolas e os perigos do consumo de plantas contaminadas
por MNPs. Autores de diversas universidades e instituições
internacionais alertam para as sérias ameaças que
os MNPs representam ao meio ambiente e à saúde humana.
Mais de 300 milhões
de toneladas de plástico são produzidas anualmente,
com cerca de 50% destinadas ao uso único. Devido à
sua alta resistência à decomposição,
que pode durar mais de mil anos, os resíduos plásticos
são frequentemente mal gerenciados globalmente. As partículas
plásticas se acumulam em aterros sanitários, corpos
d'água, sistemas agrícolas e até na atmosfera,
evidenciando a crescente gravidade da poluição plástica
como um desafio ambiental global urgente.
O estudo destaca que a bioacumulação
de micro e nanoplásticos em ecossistemas aquáticos,
e sua ingestão por diversas espécies, pode comprometer
a saúde humana e animal. Ressalta a necessidade de infraestrutura
adequada, valorização de resíduos e estratégias
econômicas para o manejo dos plásticos. Como soluções,
propõe o reaproveitamento desses resíduos na construção
civil, melhorando materiais e reduzindo impactos ambientais, além
do uso de carvão ativado derivado de plásticos para
adsorção de poluentes e remediação ambiental.
O estudo recomenda a adoção
de medidas eficazes para reduzir os impactos negativos das partículas
e fibras plásticas na saúde humana e no meio ambiente.
Para isso, propõe uma economia circular que priorize a redução
da produção e consumo de plástico, valorizando
a reutilização e reciclagem mecânica em vez
da reciclagem química. Destaca também a reutilização
de resíduos plásticos na construção
civil, que melhora o desempenho dos materiais e diminui o impacto
ambiental, além do uso de carvão ativado derivado
desses resíduos para adsorver poluentes e auxiliar na recuperação
ambiental.
Saiba mais: Maria Hasnain et al.,
Navegando em direção a um futuro sem plástico:
Uma revisão holística da acumulação
e gestão de microplásticos para a sustentabilidade
do solo e do meio ambiente, Environmental Research (2025). DOI:
10.1016/j.envres.2025.122572
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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