01/09/2023 
                – A maior espécie de pinguim no mundo corre grande 
                risco e sua população pode sofrer perda significativa. 
                Pinguins-imperadores (Aptenodytes forsteri) postam apenas 
                um ovo por ano e a mudança do clima tem contribuído 
                para o derretimento de gelo na Antártida. Em 2022, cientistas 
                avaliam que cerca de nove mil filhotes tenham morrido. 
                 
               
              Pesquisa publicada na revista científica ta Nature's Communications 
                Earth & Environment, revela a perda das aves, após 
                analisar imagens de satélite, em cinco pontos de reprodução 
                de pinguins-imperadores, na região do Mar de Bellingshausen, 
                no oeste da Península Antártica, que segundo os 
                pesquisadores foi o local que mais perdeu gelo marinho no último 
                ano.  
                 
               
              Os pesquisadores indicam que quatro das cinco colônias 
                estudadas foram abandonadas antes que os filhotes atingissem a 
                idade mínima para emplumar e conseguir encaminhar sua sobrevivência. 
                A espécie depende da estabilidade do gelo marinho para 
                viver e se reproduzir, pelo conjunto de suas características, 
                os pinguins-imperadores são altamente vulneráveis 
                às mudanças climáticas. 
                 
               
              
                  Como uma iniciativa para tentar promover alguma proteção 
                à espécie, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem 
                dos EUA (United States Fish and Wildlife Service, USFWS ou FWS) 
                acrescentou a espécie na Lei de Espécies Ameaçadas. 
                O ciclo de vida dos pinguins-imperadores inicia com a postagem 
                dos ovos, entre maio e junho, depois os filhotes permanecem na 
                área firme de gelo, durante o verão do hemisfério 
                sul, até chegarem à fase da plumagem, entre dezembro 
                e janeiro. Sem as penas impermeáveis a espécie não 
                pode viver na água, por conta das baixas temperaturas e 
                por não terem condições de nadar, morrem 
                congelados ou afogados. 
                 
               
              “[Os filhotes] vão para a água e se afogam 
                ou morrem congelados, mesmo que voltem. Agora, vimos que isso 
                aconteceu em toda a Antártida, em muitos locais. Portanto, 
                é inevitável que, no Mar de Bellingshausen, praticamente 
                não haja reprodução. Para o resto do continente, 
                estamos à espera que o sol nasça para ver quais 
                serão as consequências deste ano de gelo marinho 
                extremamente baixo”, disse em comunicado, Peter Fretwell, 
                autor do estudo e oficial de informações geográficas 
                da Pesquisa Britânica da Antártica. 
                 
               
              Segundo o estudo, 19 locais de reprodução, dos 
                62 conhecidos do pinguim-imperador na Antártida tiveram 
                perda na reprodução, sendo que seis pontos registraram 
                perda total dos filhotes. O futuro não parece promissor, 
                os cientistas acreditam que a perda e o padrão da reprodução 
                registrado em 2022 deva se repetir em 2023. O gelo, mais uma vez 
                está abaixo dos padrões normais. 
                 
               
              Veja 
                o estudo completo. 
                 
               
              Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência 
                Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza 
                atividades voltadas ao estudo e conservação desses 
                animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos 
                e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão 
                de sementes, polinização de flores, são publicadas 
                na Darwin Society Magazine; produção e plantio de 
                espécies vegetais, além de atividades socioambientais 
                com crianças, jovens e adultos, sobre a importância 
                em atuar na conservação das aves. 
                 
               
              Da Redação, com informações de agências 
                internacionais 
                Fotos: Reprodução/Pixabay  |