Ameaças
Antártica registra perde de 1 em cada 4 pinguins-imperadores nos últimos 15 anos
Derretimento do gelo acelera, afeta reprodução e coloca em alerta sobrevivência da espécie, mas há tempo para reverter situação
 

11/11/2025 – Um novo estudo publicado na revista Nature Communications: Earth & Environment revela que a população de pinguins-imperadores na Antártica caiu 22% nos últimos 15 anos, até 2024. A pesquisa, que analisou 16 colônias nas regiões da península Antártica, mar de Weddell e mar de Bellingshausen, mostra que os impactos do aquecimento global no habitat gelado desses animais são mais graves do que se estimava anteriormente.

Segundo Peter Fretwell, do British Antarctic Survey, a queda na população de pinguins-imperadores é cerca de 50% pior do que se estimava anteriormente. A pesquisa revela um cenário alarmante das mudanças climáticas, com as populações diminuindo mais rapidamente do que os modelos anteriores previam — estes apontavam uma redução de 9,5% entre 2009 e 2018. O principal fator é o aquecimento global, que está afinando e desestabilizando o gelo nas áreas de reprodução dos pinguins. Apesar do quadro preocupante, Fretwell afirma que ainda há tempo para agir.

Nos últimos anos, algumas colônias de pinguins-imperadores perderam todos os seus filhotes devido ao colapso do gelo, que os fez cair no mar antes de estarem prontos para sobreviver. Segundo Fretwell, a nova pesquisa indica que a população desses pinguins já vem diminuindo desde o início do monitoramento, em 2009 — mesmo antes de o aquecimento global afetar significativamente o gelo marinho da região.

Os pinguins-imperadores (Aptenodytes forsteri) somam cerca de 250 mil casais reprodutivos, todos localizados na Antártica, segundo um estudo de 2020. Seus filhotes nascem no inverno, incubados pelos machos enquanto as fêmeas passam cerca de dois meses pescando. Ao retornar, a mãe alimenta o filhote regurgitando o alimento. Para sobreviver sozinhos, os filhotes precisam desenvolver penas impermeáveis, o que começa por volta de dezembro. Apesar das perdas, Fretwell vê esperança de que os pinguins possam migrar para áreas mais ao sul, onde as temperaturas são mais baixas — embora ainda haja incertezas sobre quanto tempo conseguirão sobreviver nessas regiões.

Reprodução/Pixabay

 



Modelos anteriores previam que os pinguins-imperadores poderiam estar próximos da extinção até o fim do século se as emissões de gases do efeito estufa não forem drasticamente reduzidas. No entanto, o novo estudo indica que a situação pode ser ainda mais grave. O pesquisador destacou que os dados recentes podem exigir uma revisão desses modelos e que é necessário avaliar se a tendência observada se aplica a toda a Antártica. Apesar do cenário preocupante, ele ressalta que ainda há tempo para agir: embora muitas perdas sejam esperadas, reduzir ou reverter as emissões climáticas pode salvar a espécie.

A principal causa do declínio dos pinguins-imperadores é a mudança climática, que além de derreter o gelo, traz outros desafios como chuvas intensas e aumento de predadores. O estudo destaca que esses pinguins são um dos exemplos mais claros dos impactos diretos do aquecimento global, já que não enfrentam ameaças como pesca, poluição ou destruição do habitat — apenas o aumento da temperatura no gelo onde vivem e se reproduzem.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
 

 

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