14/11/2025
– No estudo "A prova está na plumagem",
pesquisadores investigaram se aves que consomem frutas e néctar
ingerem etanol gerado pela fermentação natural desses
alimentos. Eles utilizaram penas para detectar a presença
de etil glicuronídeo, um marcador de exposição
ao álcool. A embriaguez em aves pode comprometer a sobrevivência
e a reprodução, aumentando o risco de predação
e acidentes durante o voo.
Os autores do estudo levantaram
a hipótese de que os níveis de etil glucuronídeo
(EtG), um subproduto do metabolismo do álcool, variariam
entre aves com dietas diferentes. Especificamente, esperavam que
espécies nectarívoras e frugívoras apresentassem
níveis mais altos de EtG devido ao consumo de alimentos
fermentados. Eles também destacaram que, até então,
essa molécula havia sido estudada apenas em humanos e alguns
mamíferos.
Os pesquisadores testaram a presença
de etilglicuronídeo, que permanece no corpo após
a metabolização do álcool, em penas e fígados
de 17 espécies de aves. As amostras foram obtidas de espécimes
já disponíveis no Museu de Zoologia de Vertebrados,
em Berkeley, Califórnia. Como o teste exige a destruição
das penas, os autores utilizaram apenas aves com exemplares abundantes
no acervo do museu.
O estudo encontrou (EtG)
nas penas de várias espécies de aves, especialmente
em beija-flores, que se alimentam de néctar — alimento
rico em açúcar e sujeito à fermentação
natural. Os autores destacam que comedouros artificiais podem
ser uma fonte adicional de etanol. No entanto, EtG também
foi detectado em aves com dietas não açucaradas,
como granívoras e insetívoras. Isso indica que a
exposição ao etanol entre aves pode ser mais comum
e ampla do que se pensava anteriormente.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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