Mudança
climática é tema na Conferência de Produção
Mais Limpa
Coordenadora do Atmosfera participou da conferência
A
9º Conferência Municipal de Produção
Mais Limpa, realizada no Memorial da América Latina,
trouxe como destaque as mudanças climáticas.
Segundo um estudo divulgado no final de 2009, pelo Banco
Mundial, estima-se que os investimentos para redução
em 20% das emissões de carbono até 2030, seriam
capazes de gerar anualmente, cerca de 1,13% de empregos
formais a mais em nossa economia. O estudo indica que a
mudança para uma economia de baixo carbono poderá
criar novas possibilidades de negócios e empregos.
O
secretário de meio ambiente de São Paulo,
Xico Graziano, que esteve no evento, acredita que está
é a hora da transição. “Tenho
a convicção que esta é a década
da transição. É o período que
temos para nos prepararmos para uma nova economia, a economia
verde”, afirmou Graziano, durante a abertura do evento.
José
Jorge/SMA-SP |
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Secretário
de meio ambiente de São Paulo, Xico Graziano,
durante
abertura do evento. |
O
relatório Empregos verdes no Brasil: quantos são,
onde estão e como evoluirão nos próximos
anos, elaborado pela Organização Internacional
do Trabalho – OIT em 2008, destaca que 6,73% do total
de postos formais de trabalho são empregos verdes,
ou seja, atividades ligadas à economia com baixa
emissão de carbono. Para Graziano, um esforço
conjunto será necessário para mudar as previsões.
“Se nos próximos 10 anos formos capazes de
formular propostas e envolver os empresários, os
políticos e a sociedade, talvez em 2100 ou 2200 a
humanidade continuará a manter qualidade de vida”,
declarou.
José
Jorge/SMA-SP |
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Segundo
Carlos Nobre, a temperatura média da
Capital subiu 3,5º nos últimos 100 anos |
Durante
o encontro o pesquisador titular do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais – INPE, Carlos Nobre informou
que a temperatura média da cidade de São Paulo
subiu 3,5° nos últimos 100 anos. “Costumo
dizer que São Paulo é um laboratório
de mudanças de clima”, disse. De acordo com
o pesquisador, em breve será divulgado um estudo
que avalia a vulnerabilidade de São Paulo e Rio de
Janeiro quando o assunto é aquecimento global. “O
objetivo é mostrar que essas cidades são vulneráveis
às mudanças climáticas e como o poder
público pode reagir a isso”, definiu.
A
coordenadora do Atmosfera, Dra. Heloisa Candia Hollnagel,
concorda com Nobre ao tratar a cidade de São Paulo
como um laboratório ou uma base de pesquisa para
as mudanças climáticas. Hollnagel destaca
que desde 2009 a Agência Ambiental Pick-upau ampliou
suas atividades e ações direcionadas às
mudanças climáticas, desde a neutralização
de gases de efeito estufa, passando pela produção
florestal visando a recuperação e a ampliação
da cobertura vegetal até a pesquisa ligada às
questões climáticas. “Em breve deveremos
anunciar mais uma pesquisa do Projeto Darwin, e desta vez
ligada a fenologia e mudanças climáticas em
megacidades.”
Fotos: José
Jorge/SMA-SP
Da Redação do Pick-upau, Colaborou Valéria
Duarte/SMA-SP