Pick-upau
conclui relatório sobre o Petar
Plano de Manejo da UC deve ir à votação
no Consema
15/10/2011
- Pick-upau entregou, na última semana, o relatório
final que deverá ser apreciado na presença
de representantes de associações e comunidades
do entorno do parque, membros do Consema além de
integrantes da Fundação Florestal de São
Paulo. Se aprovado pela Comissão de Biodiversidade,
Florestas, Parques e Áreas Protegidas, o Plano de
Manejo será encaminhado para votação
no Consema.
Membro
do Conselho Estadual de Meio Ambiente – Consema e
integrante da Comissão de Biodiversidade, Florestas,
Parques e Áreas Protegidas, o Pick-upau foi relator
de parecer sobre o Plano de Manejo do Parque Estadual Turístico
do Alto Ribeira - Petar.
A
Unidade de Conservação localizada nos municípios
de Apiaí e Iporanga foi criada em 1958, pelo Governo
do Estado e possui uma área de 35.712 hectares, uma
das maiores áreas de Mata Atlântica preservada
do país. Sua importância do parque foi reconhecida
pela UNESCO – Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura, como Patrimônio da Humanidade – UNESCO.
As análises sobre Plano de Manejo foram iniciadas
em março deste ano e deverá ser encaminhado
ao Consema para aprovação ainda este mês.
Segundo
o diretor-executivo da Agência Ambiental Pick-upau,
J. Andrade, que também é coordenador geral
do setor de pesquisa da ONG, através do Projeto Darwin,
o Plano de Manejo foi muito bem elaborado e será
um importante instrumento como marco regulatório
para a Unidade de Conservação. “Há
questões sobre a exploração mineraria,
disputas de terras, alguns conflitos no entorno que devem
ser resolvidos, mas acredito que a aprovação
do Plano de Manejo será importante, inclusive para
a segurança jurídica da Unidade de Conservação”,
disse Andrade.
Para
Andrea Nascimento, presidente da Agência Ambiental
Pick-upau e conselheira do CONSEMA, as cerca de mil páginas
do Plano de Manejo do Petar apresentam de forma muito clara
os atributos e desafios que a Unidade de Conservação
tem. “O Plano descreve bem o que deve ser feito para
que o Petar esteja no caminho da preservação
e manutenção de sua área, mas fizemos
algumas ressalvas acerca de atividades de mineração,
conflitos do entorno e sobre a situação dos
quilombolas da região”, completou.
Sobre
o PETAR
Histórico: Levantamentos e pesquisas sobre o patrimônio
espeleológico da região do Vale do Ribeira
no início do século XX deram base para a criação
do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR.
O resultado foi à obtenção de dez grutas
pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da
Lei Estadual nº 1.064, de dezembro de 1906 (SÃO
PAULO, 1999). Criado pelo Decreto Estadual nº 32.283
de 19 de maio de 1958, o PETAR possui uma área de
35.712 ha e engloba porções dos municípios
de Apiaí e Iporanga. A denominação
do Parque veio por meio da Lei Estadual nº 5.973 de
23 de novembro de 1960, fato que tornou suas terras como
áreas de conservação perene. O Parque
localiza-se nas escarpas da Serra de Paranapiacaba, região
sul do Estado de São Paulo. Adota características
únicas na transição entre a baixada
do Ribeira e o Planalto Atlântico, em relação
ao seu meio físico e principalmente no que diz respeito
às características genéticas de relevo,
litologia, clima, entre outras coisas (Instituto Geológico,
1999). O PETAR se destaca principalmente por abranger cerca
de 300 cavernas naturais subterrâneas da província
espeleológica do Vale do Ribeira, cadastradas pela
Sociedade Brasileira de Espeleologia. As cavernas possuem
formas, dimensões e ambientes peculiares, fatos que
atraem muitos visitantes e estudiosos para o local.
Fonte: Fundação Florestal
Sobre
a Região
As maiores áreas contínuas de remanescentes
da Mata Atlântica se encontram nas regiões
do Vale do Ribeira do litoral de São Paulo, devido
a esse fato, o local abriga o maior número de Unidades
de Conservação da Mata Atlântica, a
fim de promover maior proteção às florestas,
cavernas e habitantes. Além disso, a ocorrência
do carste com cavidades naturais subterrâneas, também
destaca a região. A formação das mais
de 200 cavernas conhecidas se deve ao fato de que na porção
mais nordeste do Paraná e sudoeste de São
Paulo, incluindo a Serra de Paranapiacaba, aparecem faixas
de rochas carbonáticas permitindo o surgimento de
redes de drenagem subterrâneas, favorecendo a abertura
dessas cavidades. No local ainda há bens arquitetônicos
tombados, além do patrimônio cultural histórico,
arqueológico e imaterial bem preservados. Há
também sítios arqueológicos, como os
Sambaquis. Caiçaras remanescentes de quilombos e
caipiras são as tradicionais comunidades que habitam
a Mata Atlântica na região, guardando características
centenárias da época da colonização.
Possuem cultura e tecnologia que derivam de suas ascendências
indígena, portuguesa e africana.
Fonte: Fundação Florestal
Sobre
o Pick-upau
O Pick-upau é uma organização não-governamental
sem fins lucrativos de caráter ambientalista 100%
brasileira dedicada à preservação e
a manutenção da biodiversidade do planeta.
Fundada em 1999, por três ex-integrantes do Greenpeace-Brasil
e originalmente criada no Cerrado brasileiro, tem sua base,
próxima a uma das últimas e mais importantes
reservas de mata atlântica da cidade São Paulo,
a maior metrópole da América Latina. Por tratar-se
de uma organização sobre Meio Ambiente, sem
uma bandeira única, o Pick-upau possui e desenvolve
projetos em diversas áreas ambientais. Saiba mais:
www.pick-upau.org.br
Da
Redação
Fotos: FF/Divulgação