Douglas Corrêa -
Agência Brasil22.01.2014 - 18h13 | Atualizado em
22.01.2014 - 18h22
Rio de Janeiro - Quatro pessoas foram presas e 25 animais
silvestres apreendidos durante fiscalização
feita hoje (22) pela Coordenadoria Integrada de Combate
aos Crimes Ambientais, da Secretaria de Estado do Ambiente,
na feira de Areia Branca, município de Belford
Roxo, na Baixada Fluminense, para reprimir o comércio
ilegal de animais silvestres.
Muitas aves estavam maltratadas
e debilitadas, acondicionados em minúsculos caixotes
de madeira; sob sol forte e sem qualquer proteção,
sem água e sem comida. Os agentes apreenderam 25
animais: 12 canários-da-terra, um canário,
um tiziu e um sanhaço; um sabiá, um galo-da-campina,
um papa-capim e um coleiro, além de seis jabutis.
Os animais foram levados
para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis,
em Seropédica, na região metropolitana do
Rio, onde ficarão de quarentena. Após período
de recuperação, serão devolvidos
à natureza.
Na feira, foram presos
Eucribes Darantes, 63 anos, Fernando Freitas de Carvalho,
27, José Hermógenes, 55, e Sebastião
Júlio de Oliveira, 53. Além deles, três
menores foram apreendidos. Todos foram conduzidos para
a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.
Eles responderão por crime ambiental, cujas penas
variam de seis meses a um ano de detenção,
além de multa de R$ 500 por cada animal apreendido.
O coordenador da fiscalização,
coronel da Polícia Militar José Maurício
Padrone, afirmou que os animais apreendidos estavam maltratados,
em péssimas condições de saúde,
subnutridos e doentes. “Para os animais silvestres chegarem
à feira sem que os traficantes sejam flagrados,
os animais são submetidos a situações
críticas, como transporte inadequado e sem ventilação,
e passam muitos dias sem água e comida. Em um grupo
de dez animais capturados na natureza, em média,
nove morrem antes de chegar às feiras”.
Para o secretário
estadual do Ambiente, Carlos Minc, é importante
modificar a Lei de Crimes Ambientais, para endurecer as
penas dos traficantes de animais silvestres. “As penas
têm que ser mais duras. Hoje, a pena de um traficante
de animais silvestres é igual à pena de
uma vovó detida com dois canários na gaiola.
Se não endurecermos a legislação,
a repressão a esse tipo de crime continuará
sendo como enxugar gelo. Você prende o traficante
e, no dia seguinte, ele está na rua de novo, praticando
o mesmo tipo de crime”, disse.
Agência Brasil