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Recursos Hídricos
Qualidade das Águas

A CETESB iniciou em 1974 a operação da Rede de Monitoramento da Qualidade das Águas Interiores (rios e reservatórios), que tem possibilitado o conhecimento adequado das condições reinantes nos principais cursos d’água do Estado de São Paulo.

Atualmente, esse monitoramento é realizado em 149 estações de qualidade distribuídas ao longo das 22 Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UGRHIs), em que foi dividido o Estado de São Paulo.

Objetivos da CETESB:

- Avaliar a evolução da qualidade das águas interiores para cada ponto de amostragem;

- Propiciar o levantamento das áreas prioritárias para o controle da poluição das águas;

- Auxiliar o diagnóstico da qualidade das águas doces utilizadas para o abastecimento público e outros usos;

- Subsídio técnico para a elaboração dos Relatórios de Situação dos Recursos Hídricos, realizados pelos Comitês de Bacias Hidrográficas;

- Identificar trechos de rios onde a qualidade d’água possa estar mais degradada, possibilitando ações preventivas e de controle da CETESB, como a construção de ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) por parte do município responsável pela poluição ou a adequação de lançamentos industriais.

A CETESB vem utilizando, desde 1974, o IQA - Índice de Qualidade das Águas, adaptado do índice desenvolvido pela National Sanitation Foundation em 1970 nos Estados Unidos. Este índice incorpora nove parâmetros, que foram escolhidos pelos diferentes especialistas que o desenvolveram, como sendo os mais relevantes para serem incluídos na avaliação das águas destinadas ao abastecimento público.
A qualidade da água bruta é classificada de acordo com as faixas de valores do índice.

Água, rios e reservatórios.

A crescente expansão demográfica e industrial observada trouxe como conseqüência o comprometimento das águas dos rios, lagos e reservatórios. A falta de recursos financeiros nos países em desenvolvimento tem agravado esse problema, pela impossibilidade da aplicação de medidas de correção para reverter à situação.

As disponibilidades de água doce na natureza são limitadas pelo alto custo da sua obtenção nas formas menos convencionais, como é o caso da água do mar e das águas subterrâneas. Deve ser, portanto, da maior prioridade, a preservação, o controle e a utilização racional das águas doces superficiais.

A boa gestão da água deve ser objeto de um plano que contemple os múltiplos usos desse recurso, desenvolvendo e aperfeiçoando as técnicas de utilização, tratamento e recuperação dos mananciais.

A poluição das águas é gerada por:

- Poluentes orgânicos biodegradáveis, nutrientes e bactérias;

- Poluentes orgânicos e inorgânicos, dependendo da atividade industrial;

- Poluentes advindos da drenagem destas áreas: fertilizantes, defensivos agrícolas, fezes de animais e material em suspensão.

São realizadas amostragens bimestrais, a fim de se observar as variações que ocorrem, ao longo do ano, na qualidade das águas doces, em função, não só das atividades humanas, mas também das variações climáticas.

Para realizar o controle da poluição das águas de nossos rios e reservatórios, utilizam-se os padrões de qualidade, que definem os limites de concentração a que cada substância presente na água deve obedecer. Esses padrões dependem da classificação das Águas Interiores.

Fatores importantes:

- A qualidade das águas muda ao longo do ano; em função de fatores meteorológicos e da eventual sazonalidade de lançamentos poluidores e das vazões.;
- A medida que o rio avança, a qualidade melhora por duas causas: a capacidade de autodepuração dos próprios rios e a diluição dos contaminantes pelo recebimento de melhor qualidade de seus afluentes.;
- Esta recuperação, entretanto, atinge apenas os níveis de qualidade aceitável ou boa. É muito difícil a recuperação ser total.

Parâmetros Químicos:

- Oxigênio dissolvido (OD): Um dos parâmetros mais importantes para a qualidade da água. Revela a possibilidade de manutenção de vida dos organismos aeróbios, como peixes, por exemplo. A escassez de OD pode levar ao desaparecimento dos peixes de um determinado corpo d'água, uma vez que extremamente sensíveis à diminuição do OD de seu meio. Pode também ocasionar mau cheiro.

- Demanda de Bioquímica do oxigênio (DBO): Um dos mais freqüentes a ser usado. Representa a quantidade de oxigênio do meio que é consumido pelos peixes e outros organismos aeróbicos e que gasta de oxidação de matéria orgânica presente na água. É medida a 20º C.

- Sais Minerais: São inúmeros os minerais possíveis de ocorrerem na água. O Nitrogênio e o Fósforo dependendo de quantidade são importantes porque são responsáveis pela alimentação de algas, vegetais superiores e outros organismos aquáticos. Em dosagens elevadas podem provocar sérios problemas como proliferação excessiva de algas, causando o fenômeno conhecido como eutrofização (boa nutrição) de lagos e represas. Nesses casos a água tem mau cheiro, gosto desagradável e ocorre morte generalizada de peixes. Existem também minerais indesejáveis que podem ocorrer nas águas e sua concentração vai limitar o uso. Por exemplo: Alumínio, Arsínio, Bário, Berílio, Boro, Cádmio, Cobalto, Cobre, Cromo, Estanho, Lítio, Mercúrio, etc. São produtos nocivos os metais pesados, óleos e graxas, pesticidas e herbicidas.

Parâmetros Biológicos:

A quantidade de matéria orgânica presente nos corpos d'água depende de uma série de fatores, incluindo todos os organismos que vivem nos resíduos de plantas e animais carregados para as águas e também o lixo e os esgotos.

Os principais componentes de matéria orgânica encontrados na água são proteínas, aminoácidos, carboidratos, gorduras, além de uréia, surfactantes e fenóis. Os microorganismos desempenham diversas funções de fundamental importância para a qualidade das águas. Participam das diversas transformações da matéria nos ciclos biogeoquímicos como o do N, P, S, Hg, C e o da água.

A detecção dos agentes patogênicos, principalmente bactérias, protozoários e vírus, em uma amostra de água é extremamente difícil, em razão de suas baixas concentrações. Portanto, a determinação da potencialidade de um corpo d'água ser portador de agentes causadores de doenças pode ser feita de forma indireta, através dos organismos indicadores de contaminação fecal do grupo dos coliformes. Os coliformes estão presentes em grandes quantidades nas fezes do ser humano e dos animais de sangue quente. A presença de coliformes na água não representa, por si só, um perigo à saúde, mas indica a possível presença de outros organismos causadores de problemas à saúde.

Contaminação da água:

Sendo uma ótima solvente, ela absorve quase tudo que entra em contato com ela. O cloro utilizado para proteger a água pode contaminá-la ao reagir com as substâncias orgânicas presentes na água, formando os nocivos trialometanos.

A agricultura contamina a água com fertilizantes, inseticidas, fungicidas, herbicidas e nitratos que são carregados pela chuva ou infiltrados no solo, contaminando os mananciais subterrâneos e os lençóis freáticos.
A água subterrânea também é contaminada por todos estes poluentes que se infiltram no solo, atingindo os mananciais que abastecem os poços de água de diversos tipos.

A água da chuva é contaminada pela poluição que se encontra no ar, podendo estar contaminada com partículas de arsínico, chumbo, outros poluentes e inclusive ser uma chuva ácida.

A indústria contamina a água através do despejo nos rios e lagos de desinfetantes, detergentes, solventes, metais pesados, resíduos radioativos e derivados de petróleo.

O monitoramento da qualidade das águas pode ser identificado através de:

- 33 parâmetros físicos, químicos e microbiológicos através de análise em laboratório.
- Nove desses parâmetros compõem o Índice da qualidade das águas (IQA):
* Oxigênio dissolvido (OD)
* Demanda bioquímica de oxigênio (DQO)
* Coliformes fecais
* Temperatura da água
* pH da água
* Nitrogênio total
* Fósforo total
* Sólidos totais
* Turbidez

Os significados dos parâmetros são:

Coliformes Totais: Bactérias do grupo coliforme são consideradas os principais indicadores de contaminação fecal. O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que inclui os gêneros Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria. Todas as bactérias coliformes são gram-negativas manchadas, de hastes não esporuladas que estão associadas com as fezes de animais de sangue quente e com o solo. As bactérias coliformes fecais reproduzem-se ativamente a 44,5 ºC e são capazes de fermentar o açúcar. O uso da bactéria coliforme fecal para indicar poluição sanitária mostra-se mais significativo que o uso da bactéria coliforme "total", porque as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera.

Oxigênio dissolvido (OD) - Quantidade de gás oxigênio contido na água ou no esgoto. É uma medida da capacidade de água para sustentar organismos aquáticos. A água com conteúdo de oxigênio dissolvido muito baixo, que é geralmente causada por lixos em excesso ou impropriamente tratados, não sustentam peixes e organismos similares.

Demanda Química de Oxigênio (DQO) - É a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica através de um agente químico. Um valor de DQO alto indica uma grande concentração de matéria orgânica e baixo teor de oxigênio. O aumento da concentração de DQO num corpo d'água se deve principalmente a despejos de origem industrial.

PH (Potencial Hidrogeniônico) - Medida da concentração relativa dos íons de hidrogênio numa solução; esse valor indica a acidez ou alcalinidade da solução. Um valor de pH 7 indica uma solução neutra: índice de pH maiores de 7 são básico, e os abaixo de 7 são ácidos.

Nitrogênio Amoniacal (amônia) - É uma substância tóxica não persistente e não cumulativa e, sua concentração, que normalmente é baixa, não causa nenhum dano fisiológico aos seres humanos e animais. Grandes quantidades de amônia podem causar sufocamento de peixes. Ela é formada no processo de decomposição de matéria orgânica (uréia - amônia).

Fosfato (P04) - Os fosfatos, como o nitrogênio, são muito importantes para os seres vivos, entrando da composição de muitas moléculas orgânicas essências. Podem provir de adubos, da decomposição de matérias orgânica, de detergentes, de material particulado presente na atmosfera ou da solubilização de rochas. É o principal responsável pela eutrofização artificial. A liberação de fosfato na coluna d' água ocorre mais facilmente em baixas quantidades de oxigênio. O fosfato é indispensável para o crescimento de algas, pois faz parte da composição dos compostos celulares. O zooplâncton e os peixes excretam fezes ricas em fosfato. Seu aumento na coluna d' água aumenta a floração de algas e fitoplâncton.

Temperatura - Determinada espécie animal ou cultura vegetal cresce melhor dentro de uma faixa de temperatura. O mesmo para animais aquáticos, e geralmente reconhecemos três grupos de temperatura: água fria, água morna e água quente. Espécies de peixes água quente crescem melhor a temperatura de 25ºC, mas se a temperatura ultrapassar os 32-35º C, o crescimento pode ser prejudicado. Outros organismos como, por exemplo, bactérias, fitoplâncton, e plantas com raízes, e processos químicos e físicos que influenciam a qualidade do solo e da água também respondem favoravelmente ao aumento de temperatura. Microorganismos decompõem a matéria orgânica mais rápida a 30º que a 25ºC. a taxa da maioria dos processos que afetam a qualidade da água e do solo dobram a cada aumento de 10ºC na temperatura. Mesmo nos trópicos onde a temperatura é relativamente constante, pequenas diferenças nas temperaturas das estações podem influenciar o crescimento dos peixes.

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Ministério do Meio Ambiente
ANA – Agência Nacional de Águas
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papel evita que outras árvores sejam derrubadas. Quando for possível use papel reciclado.
Pick-upau – 2009 – São Paulo – Brasil

 
 
 
 

 

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