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ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS QUEREM FORTALECER ECONOMIA
 
 

Organizações indígenas do Amazonas querem programa para fortalecer economia

19 de Abril de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Representantes da Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepi) e lideranças de organizações indígenas do Vale do Javari debateram esta semana propostas para garantir o bem-estar e a preservação dos povos indígenas no Brasil.

As sugestões serão enviadas em uma carta destinada ao presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. O documento, finalizado ontem (18), reivindica a criação de um grupo de trabalho interinstitucional para formular, entre outras ações, um programa estadual de fortalecimento da economia indígena no Amazonas.

Os índios do estado também querem aumento nos limites orçamentários para educação, saúde e trabalho. Eles ainda pedem o reforço nos processos de demarcação de terra e a elaboração de uma agenda positiva para realização de seminários que ampliem o diálogo entre organizações indígenas, órgãos municipais e estaduais, Funai e representantes de órgãos federais com programas para os índios.

Agência Brasil
Comemoraçõa da Semana do ìndio em Brasilia

O diretor-presidente da Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepi), Bonifácio José Baniwa, aponta as falhas na distribuição de recursos como um dos principais problemas enfrentados pelos índios no Brasil. Ele acredita que a valorização da terra nativa e a preservação da cultura indígena também estão ameaçados pela falta de recursos.

"Na medida em que o governo federal conseguir fazer a distribuição adequada das verbas que beneficiem as áreas indígenas, ele vai favorecer a permanência desses povos em seus locais de origem”, acredita o diretor-presidente da fundação amazonense.

“Se não houver por parte do poder público um apoio para a nossa população indígena, não haverá meios que garantam a permanência desses povos em suas terras, o que por sua vez levará a descaracterização de suas culturas, já que eles terão de se misturar com as populações que habitam os grandes centros urbanos, locais que poderão oferecer aos índios outras oportunidades."

De acordo com a Funai, o Amazonas concentra a maior população indígena do Brasil (164 mil índios), representando 36,31% do total de indígenas que vivem no país, distribuídos em 188 terras. São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus) é a cidade amazonense com a maior população indígena do país - 95% de seus habitantes.

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Governo do Amazonas repassou cerca de R$ 5 milhões para indígenas em quatro anos

19 de Abril de 2007 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Representantes da Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepi) e lideranças de organizações indígenas fizeram esta semana, durante um seminário, o balanço das políticas públicas voltadas para os povos indígenas.

Eles reivindicam mais apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), especialmente para fortalecer a economia indígena. A fundação estadual foi criada em 2001 e, nos últimos quatro anos, investiu cerca de R$ 5 milhões em projetos voltados para as comunidades indígenas.

A estimativa é do diretor-presidente da Fundação dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepi), Bonifácio José Baniwa. Segundo ele, o governo do estado promove pelo menos dez projetos destinados às populações indígenas, incluindo o subsídio ao comércio de artesanato, segurança alimentar, fortalecimento das organizações, saúde, extrativismo mineral e turismo.

"A Fepi foi criada com o objetivo de orientar as políticas estaduais nas áreas indígenas do Amazonas. Eu, que sou um indígena da etnia Baniwa, tive a oportunidade de assumir a direção na busca pelo fortalecimento e autonomia das comunidades e na promoção do etnodesenvolvimento", afirma o diretor da Fepi.

Para ele, o Brasil fez avanços significativos que devem ser lembrados e comemorados neste 19 de abril, Dia do Índio. "Não podemos deixar de lado as conquistas obtidas como os programas de beneficiamento às atividades indígenas e a Lei de Cotas nas universidades públicas que permitiram o acesso de diversos índios ao ensino superior."

Na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) existem atualmente cerca de 400 estudantes indígenas, além de mais 250 professores indígenas matriculados no Programa de Licenciatura para Indígenas (Prolind), realizado pela UEA em parceria com a Organização dos Povos Tikuna do Brasil.

O Prolind é realizado dentro da aldeia Filadélfia, no município de Benjamin Constant. De acordo com a assessoria de comunicação da universidade, todos os cursos, em todos os turnos, e em todas as cidades existem vagas para indígenas. São vagas destinadas exclusivamente para os estudantes que atestam pela Funai sua origem indígena.

De acordo com dados da Fepi, o Brasil possui 584 terras indígenas, das quais 36,3% estão no Amazonas. Dos 157,7 milhões de hectares pertencentes ao Amazonas, 45,7 milhões de hectares são habitados por povos indígenas no estado, o equivalente a 26,8% da superfície total território.

Fonte: Agência Brasil (www.radiobras.gov.br)
Ministério da Justiça (www.mj.gov.br)
Pick-upau - 2007 - São Paulo - Brasil
 
 
 
 

 

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