Mundo
 
 
 
Recursos Hídricos
A EVOLUÇÃO NO CONSUMO DE ÁGUA EM RELAÇÃO
AO AUMENTO DA POPULAÇÃO E DA PRODUÇÃO
 
 

As causas básicas do crescimento da demanda de água são: o crescimento da população e da urbanização, e as perspectivas para o futuro são preocupantes.

"Na hipótese mais otimista, espera-se que a população mundial cresça de 6,2 bilhões em 2000 para, no mínimo, 8 bilhões até o ano 2025. Isso aumentará a demanda por suprimentos alimentícios e, portanto, por novos e mais avançados sistemas de produção agrícola irrigada. O aumento da população, o qual cerca de 90% ocorrerão nas áreas urbanas, também aumentará a demanda por água de qualidade aceitável para uso doméstico e industrial e de tratamento de esgotos".(RODRIGUES, 1998, p.26)

Segundo o CABES XVIII - Catálogo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (1996), do total das 10.131 localidades que constituem as áreas urbanas, 8.735, correspondendo a 86,22%, dispõem de sistema de abastecimento de água, deste total 64,74% são de responsabilidade das empresas de saneamento e os demais são sistemas independentes, operados pelas prefeituras municipais 25,91% ou por entidades diversas 9,35%. Faltam, ainda, ser atendidos com sistemas de água, 279 sedes municipais e 1.117 distritos.

"A demanda das populações por água depende dos padrões e costumes de uso, da renda, de sua localização urbana ou rural, da disponibilidade de água e outros fatores. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as populações rurais de países em desenvolvimento consomem entre 35 e 90 litros de água por habitante/dia. Entretanto, em alguns desses países verifica-se um consumo de até cinco litros d'água por habitante/dia, o mínimo necessário para manter a vida." (BORSOI, 1997, p.145)

Segundo LOPEZ (1999), além de ser considerado um país rico em recursos hídricos o Brasil apresenta baixos níveis de uso, de acordo com os critérios das Nações Unidas, a utilização de água em todos os estados brasileiros situa-se entre muito baixa (menos de 100m³/habitante/ano) e baixa (entre 100m³ e 500m³/habitante ano), mas nestes dados são inclusos apenas o montante fornecido pelas companhias de saneamento, sem incluir o auto-abastecimento das indústrias e dos agricultores, por meio de poços e uso direto da água dos rios. "No Brasil, até nos estados mais populosos ou com menos recursos hídricos, não falta água, mas uma cultura que combata o desperdício e a degradação da qualidade".

De acordo com BELLO (2000), mesmo nas regiões secas do Nordeste, onde está quase um terço da população e apenas 3,3% das disponibilidades hídricas do país, as águas seriam suficientes para atender a demanda, se não fossem os problemas da falta de gerenciamento adequado e a contaminação de corpos hídricos e mananciais.

"A demanda de água pela indústria depende de coeficientes técnicos e das perdas de cada setor, além da tecnologia adotada. Há indústrias altamente consumidoras e outras de baixa demanda, que podem ser abastecidas pela rede pública ou por poços profundos. Uma fábrica de cerveja, que é uma indústria grande consumidora de água, utiliza em média 20m³ de água para produzir 1m³ de cerveja. Além do consumo de água para a produção, a indústria utiliza a água para o lançamento de despejos industriais."(BORSOI, 1997, p.146)

De acordo com MAYOR (1999), tendo em vista as estimativas de crescimento da população mundial, prevê-se que as necessidades das populações urbanas, indústria e infra-estruturas turísticas aumentem rapidamente, pelo menos tanto quanto a necessidade de produzir mais gêneros agrícolas para alimentar o planeta.

"Anualmente, a agricultura é responsável por 65% do uso e 87% do consumo total de água no mundo (Anexo 04). Além disso, muitas atividades industriais que fornecem produtos tidos como indispensáveis ao homem moderno, requerem enormes quantidades de água. Em termos globais, a indústria usa 24% e consome 4% da água hoje aproveitada. O baixo percentual de consumo, em relação ao uso, indica que a maior parte da água utilizada em processos industriais retorna ao ambiente, embora freqüentemente poluída". (BRANDIMARTE, 1999, p.38)

Segundo MAYOR (1999), em 1950 as reservas mundiais eram de 16.800m³ per capita por ano, em 1999 diminuíram para 7.300m³, devendo limitar-se a 4.800m³ em 2025 (Anexo 05). Em 1950, nenhum país do mundo registrava níveis catastróficos em reservas de águas. Em 1999, cerca de 35% da população mundial vive nessa situação. Em 2025, dois terços dos habitantes do planeta terão reservas de água frágeis, se não catastróficos. Por isso é necessária a adoção de medidas visando a redução do consumo e melhor uso da água, para que as conseqüências da escassez não sejam tão drásticas quanto as estimativas.

Conforme LEONORA (2000), estima-se que hoje no mundo exista 1,4 bilhão de pessoas que não tem acesso a água em boas condições e 2,4 bilhões que não dispõem de saneamento básico, consequentemente, em pouco tempo o país que possuir água em boas condições de uso terá a mesma vantagem competitiva que hoje detêm os donos do petróleo.

Com as perspectivas existentes para as primeiras décadas do século XXI, quanto ao crescimento populacional, o desenvolvimento das cidades deverá respeitar os limites da natureza.

As esferas governamentais deverão impor restrições ao crescimento desordenado das cidades, distribuindo de forma racional os centros urbanos, com vistas a minimizar os impactos sobre os recursos hídricos e bens naturais. Evitando assim, uma elevação nos custos da manutenção das necessidades básicas de água das populações.


Fonte: Inpa
Ibama
MMA – Ministério do Meio Ambiente
Secretarias Estaduais de Meio Ambiente
Pick-upau – 2003 – São Paulo – Brasil

 
 
 
 

 

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