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MARES E OCEANOS
 
 

O MAR

Se, em algum ponto do espaço um astrônomo extraterrestre se dispusesse a estudar o nosso sistema solar, provavelmente chamaria Mar a nosso planeta, e não Terra (que implica a idéia de chão ou solo). O que mais o impressionaria, distinguindo nosso planeta dos demais, seria a vasta e brilhante camada de água que cobre mais de 2/3 de sua superfície. Nenhum outro mundo ao alcance da visão humana possui um mar. Marte apresenta algum gelo e pouca umidade; Mercúrio parece não ter agua; Vênus esta oculto por nuvens que não contem oxigênio ou agua, ao contrário das que se formam na Terra. Por outro lado, os planetas mais afastados são frios demais: a temperatura de Júpiter situa-se em torno de 100ºC abaixo de zero e Saturno é ainda mais frio, com cerca de 115ºC negativos.

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MARES E OCEANOS

A Terra, nosso planeta, tem uma superfície de cerca de 510 milhões de km². Desse total, 361 milhões (70%) são cobertos por agua. É uma imensa extensão muito irregular, pois as terras emersas a dividem em uma serie de bacias que se comunicam entre si. As cinco bacias maiores, que separam continentes inteiros, são chamadas oceano: Atlântico, Pacífico, Índico, Ártico e Antártico. As bacias menores, bem mais numerosas, denominam-se mares e são circundadas em boa parte pelos continentes ou por grupos de ilhas, comunicando-se entre si ou com os oceanos apenas em alguns pontos.
A palavra mar também é usada comumente para designar o conjunto das águas dos mares e oceanos. O volume total de agua dos mares e oceanos. O volume total de agua do mar corresponde a cerca de 1,4 bilhão de km³. A evaporação retira anualmente desse grande reservatório 320.000 km³, que retornam sob a forma de chuvas que caem diretamente no mar ou nos continentes. A parte que atinge os continentes corresponde a mais de 100.000 km³, e é responsável pelo reabastecimento dos lagos, rios e fontes, voltando ao mar pelos rios que nele deságuam.

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POR QUE O MAR É SALGADO

Na água do mar estão dissolvidas muitas substancias minerais, com predomínio (80%) do cloreto de sódio (o sal de cozinha), que lhe confere o típico gosto salgado. Há também o cloreto de magnésio, que da um sabor amargo; e o bicarbonato de cálcio, usado pelos moluscos e corais para construírem seus próprios esqueletos. Existem ainda na agua do mar sulfato de magnésio, sulfato de cálcio e cloreto de potássio, Além de traços de muitos metais (ouro, prata, urânio, chumbo, ferro, zinco). Nela estão dissolvidos também alguns gases, como o oxigênio e o gás carbônico, indispensáveis à fauna e flora marinhas.
A quantidade de substancias minerais presente na agua do mar indica a chamada salinidade. É calculada em gramas por litro de agua e, em media, varia de 30 a 40 por 1000. Isto significa que, se colocarmos 1 litro de agua do mar num recipiente e a fizermos evaporar, restarão no fundo desse recipiente de 30 a 40g de substancias minerais solidas.
A salinidade é mais elevada nos mares de zonas quentes - tropicais e equatoriais - , onde o calor provoca forte evaporação e, portanto, maior concentração de sais. No mar Vermelho é de 43 por 1000; no Mediterrâneo, de 39 por 1000. Nos mares frios, onde a evaporação é reduzida, a salinidade diminui. E o caso do mar Báltico, onde é de apenas 10 por 1000. Baixa salinidade é também registrada em mares onde desembocam grandes rios, devido as volumosas descargas de agua doce que recebem. Como exemplo, citamos o mar Negro (onde deságuam o Danúbio, o Don, o Dnieper, o Dniester), com uma salinidade de 16 por 1000.

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A COR DO MAR

A cor do mar e muito variável; embora em geral ele se apresente azul, outras cores, como o verde e o cinza-escuro, são bastante freqüentes.
As causas dessa variedade podem ser atribuídas ao reflexo do céu (escuro ou luminoso, claro ou nebuloso), à temperatura da agua (as águas quentes são de um azul mais escuro), à cor dos sedimentos depositados no fundo ou, ainda, à presença, em grandes quantidades, de certas substancias ou seres vivos.
Nas costas da China, onde desemboca o rio Amarelo, que transporta volumosas quantidades de um fino sedimento amarelo, o mar assume essa cor, recebendo por isso o nome de mar Amarelo. Também o mar Vermelho é assim chamado porque nele proliferam algas vermelhas (como a Trichodensium erythreum) em tão grande numero que chegam a tingir a agua em certos trechos.

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AS ONDAS

Nenhum movimento do mar e tão evidente quanto as ondas. Incessantes, estão sempre agitando a superfície da agua, quebrando contra as rochas ou avançando pelas praias, cobertas de espuma branca. São elas que moldam a linha da costa, determinando as suas muitas e variadas formas.
O responsável por esse movimento das águas do mar é o vento. Uma brisa que sopre a menos de 1 km/h já é suficiente para desencadear oscilações que logo se transformam em marolas; quando a brisa atinge 3 km/h, as marolas se convertem em ondas, e estas não pararão de crescer enquanto se mantiver o fluxo de ar. Se forem suficientemente grandes, as ondas persistem mesmo depois que o vento deixou de soprar.
A altura (distancia da crista ao cavado), o comprimento (distancia entre duas cristas sucessivas) e a velocidade das ondas são muito variáveis, dependendo da velocidade do vento, da duração das rajadas e da extensão por ele alcançada.

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AS MARÉS

As duas ilustrações mostram a histórica abadia do monte Saint Michel, na costa francesa do canal da Mancha. Na primeira, o monte encontra-se em meio a uma planície arenosa; na segunda, está totalmente circundado pelo mar. Em, no entanto, as duas fotos foram tiradas com poucas horas de intervalo. De fato, duas vezes por dia o monte Saint Michel encontra-se em terra firme, e duas outras converte-se numa ilha. Essa mudança de paisagem deve-se a um outro movimento das águas do mar: as marés. Periódica e ritmicamente, o nível do mar eleva-se e abaixa-se, num movimento provocado sobretudo pela atração que a Lua exerce sobre a Terra. Os efeitos dessa atração são sentidos principalmente sobre o mar, que, por ser uma massa liquida, é também muito móvel.

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O RELEVO SUBMARINO

O fundo do mar não é uniforme. Ao contrário, ele apresenta cadeias de montanhas, vastas áreas planas e profundas depressões. Observemos o mapa abaixo, onde está representado o fundo de uma parte do oceano Atlântico e parte da bacia do mar Mediterrâneo.
1) A cadeia montanhosa marcada por cortes transversais (falhas) é chamada de dorsal Meso-Atlântica ou dorsal do Atlântico Norte.
2) As ilhas que formam o arquipélago dos Açores são picos da dorsal que emergem das águas.
3) As ilhas Canárias são picos de montanhas submarinas isoladas.
4) As "planícies" do fundo oceânico, ou planícies abissais, encontram-se entre 4000 e 7000 m de profundidade. Em alguns pontos a profundidade e ainda maior, caso das fossas ou depressões oceânicas. A mais profunda dessas fossas atinge 11.022 m (fossa das ilhas Marianas, no oceano Pacífico).
5) A profundidade do fundo oceânico aumenta com o afastamento das costas ate atingir uma formação de escarpas contínuas onde a queda é abrupta: o talude continental.
6) Junto às costas há uma área situada a poucas centenas de metros de profundidade e largura muito variável, chamada plataforma continental.
7) Freqüentemente duas bacias marinhas são separadas por uma barreira rochosa submersa, chamada soleira; é o caso da soleira de Gibraltar, que separa o Atlântico do mar Mediterrâneo.

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OS RECURSOS DO MAR

Os alimentos e as matérias-primas que podem ser fornecidos pelo mar revelam-se indispensáveis para assegurar o futuro da humanidade. A agua do mar contem matéria viva - algas, plâncton, moluscos, peixes etc. - em quantidade pelo menos quatro vezes superior ao total de vegetais cultivados e de animais domésticos existentes nas terras emersas. Por enquanto, apenas uma pequena parte desses recursos está sendo explorada, por meio da pesca e da coleta ou cultivo de algas, mas no futuro pode representar a solução para o problema da alimentação de um mundo superpovoado.
Por outro lado, confirmou-se a existência de enormes reservas de cobre, níquel, manganês e cobalto no fundo do mar. Mas a exploração desses recursos nem sempre podem ser realizada, que envolve altos custos. Porém, em mares pouco profundos alguns recursos já estão sendo aproveitados. Nas costas da Namíbia (África do Sudoeste), extrai-se inclusive diamantes dos fundos arenosos.
Um recurso já bastante explorado nas plataformas continentais é o petróleo.
Além disso, as principais atividades econômicas do homem- a agricultura e a indústria - exigem volumes de agua cada vez maiores, e o mar representa uma reserva praticamente inesgotável desse elemento. No entanto, com um inconveniente: é salgada.
Ate hoje, o método mais comum de aproveitamento da agua do mar consiste em dessalinizá-la por evaporação. Só que para obter quantidades apreciáveis de agua doce são necessárias instalações gigantescas, complexas e caríssimas, que despendem muita energia, não estando, pois, ao alcance de todos os países.
Mas há uma segunda possibilidade: quando a agua congela, separa-se dos sais; assim, o gelo marinho e constituído de agua doce. Aproveitando esse fenômeno natural, alguns países estão desenvolvendo projetos que permitem rebocar rapidamente as grandes montanhas de gelo dos oceanos Ártico e Antártico (os icebergs) ate seus portos. Chegando ao destino, esses icebergs seriam fundidos para fornecer agua doce.

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O MAR PODE MORRER

Anualmente, os rios descarregam nos mares e oceanos milhares de toneladas de substancias poluentes; além disso, navios cada vez maiores transportam fantásticas quantidades de petróleo em todas as direções, multiplicando os riscos de acidentes de navegação. Um exemplo desses ocorreu em marco de 1969 com o petroleiro Torrey Canyon, que se partiu ao meio no canal da Mancha e deixou vazar milhares de toneladas de petróleo: a mancha que se formou tinha 20 cm de espessura e estendia-se por centenas de quilômetros quadrados. Vinte anos mais tarde, também em março, o petroleiro Exxon Valdez se chocou contra uma rocha na entrada do canal Príncipe William, no sul do Alasca. O casco se rompeu e lançou ao mar 42.000 toneladas de óleo, quantidade suficiente para cobrir uma mancha de mais de 250 quilômetros quadrados. O derramamento agrediu um dos mais ricos ecossistemas de elevado número de peixes, aves e mamíferos.
A poluição e particularmente grave em mares fechados e pouco profundos, onde a concentração de poluentes pode atingir níveis perigosos para o próprio homem. Foi o que aconteceu na baia de Minamata, no Japão, em 1956, quando 43 pescadores morreram e milhares ficaram gravemente intoxicados por terem consumido peixes, moluscos e crustáceos contaminados por compostos de mercúrio lançados ao mar por uma indústria local.

 


Fonte: Inpa
Ibama
MMA – Ministério do Meio Ambiente
Secretarias Estaduais de Meio Ambiente
Pick-upau – 2003 – São Paulo – Brasil

 
 
 
 

 

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