O
que são fontes de energia?
Entende-se por energia a
capacidade de realizar trabalho. Fontes de energia, dessa
forma, são determinados elementos que podem produzir
ou multiplicar o trabalho: os músculos, o sol, o
fogo, o vento etc.
Através do uso racional do trabalho, especialmente
na atividade industrial, o homem não apenas sobrevive
na superfície terrestre – encontrando alimentos,
abrigando-se das chuvas ou do frio etc –, mas também
domina e transforma a natureza: destrói florestas,
muda o curso dos rios, desenvolve novas variedades de plantas,
conquista terras ao mar, reduz distâncias (com modernos
meios de transporte e comunicação), modifica
os climas (com a poluição, as chuvas artificiais
etc), domestica certos animais e extermina outros.
As primeiras formas de energia que o homem utilizou forma
o esforço muscular (humano e de animais domesticados),
a energia eólica (do vento) e a energia hidráulica,
obtida pelo aproveitamento da correnteza dos rios. Com a
Revolução Industrial, na Segunda metade do
século XVIII e no século XIX, surgem as modernas
máquinas, inicialmente movidas a vapor e que hoje
funcionam principalmente a energia elétrica. A eletricidade
pode ser obtida de várias maneiras: através
da queima do carvão e do petróleo (usinas
termelétricas), da força das águas
(usinas hidrelétricas), da fissão do átomo
(usinas nucleares) e de outros processos menos utilizados.
As chamadas modernas fontes de energia, ou seja, as mais
importantes, são: o petróleo, o carvão,
a água e o átomo. As fontes alternativas,
que estão conhecendo um grande desenvolvimento e
devem tornar-se mais importantes no futuro, são o
sol (energia solar), a biomassa e os biodigestores, o calor
proveniente do centro da Terra energia geotérmica),
as marés, o xisto betuminoso e outras.
É importante ressaltar que as fontes de energia estão
ligadas ao tipo de economia: quanto mais industrializada
ela for, maior será o uso de energia. O carvão
mineral foi a grande fonte de energia da Primeira Revolução
Industrial, e o petróleo foi a principal fonte de
energia do século XX e continua a desempenhar esse
papel, apesar de um recente e progressivo declínio.
Tanto o petróleo como o carvão mineral são
recursos não renováveis, isto é, que
um dia se esgotarão completamente; eles também
são muito poluidores, na medida em que seu uso implica
muita poluição do ar. Por esses dois motivos
eles estão em declínio atualmente, em especial
o petróleo, que foi básico para a era das
indústrias automobilísticas e petroquímicas.
Vivemos na realidade numa época de transição,
de passagem do domínio do petróleo para a
supremacia de outras fontes de menos poluidoras e renováveis,
ou seja, que não apresentam o problema de esgotamento.
Este pensamento está pelo menos na cabeça
dos ambientalistas de todo o planeta, mas a realidade ainda
é um mundo dominado pelos combustíveis fósseis.
A série “Que energia é essa?”
irá trazer as principais fontes de energia usadas
em nosso planeta; como surgiram, onde são usadas,
qual a dependência humana dessas fontes e muito mais.
Neste capítulo conheceremos a fonte de energia chamada
“Usinas Termelétricas”.
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Termeletricidade
É o conjunto de todos
os fenômenos originados através de variações
de temperatura. Assim, na junção de dois metais
diferentes, a temperaturas desiguais e na manutenção
desta diferença de temperaturas, surge uma força
eletromotriz responsável pela passagem de corrente
elétrica através do circuito formado. Este
circuito é muito importante industrialmente, pois
propicia a construção de aparelhos para leitura
de temperaturas elevadas, a tingindo até 1600ºC,
de temperaturas baixas até cerca de 1ºC e de
pequenas diferenças de temperatura. O último
é o caso do par telelétrico constituído
por dois metais soldados em uma extremidade e mantidos a
temperaturas diferentes. A força eletromotriz do
gerador assim formado depende das temperaturas das barras
de metal e denomina-se “f.c.m. termelétrica”. Para
ser utilizado como medidor de temperaturas, basta manter
os terminais do par termelétrico a uma dada temperatura
e medir a f.c.m. desse bipolo. Sabendo-se dos materiais
que forma o par e a diferença de potencial ou f.c.m.,
determina-se a temperatura, recorrendo-se a tabelas.
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A
crise energética chega e com elas as termelétricas
(artigo)
Você sabe
o que é uma usina termelétrica? Como
é o seu funcionamento? E as conseqüências
que ela traz ao meio ambiente? Então vamos
entender todos esses itens e saber também dos
planos do Governo Federal, que pretendem implantar
49 usinas termelétricas até o ano de
2003.
A maior parte da energia consumida no Brasil vem das
usinas hidrelétricas, apenas uma pequena parte
da energia do país é produzida em usinas
termelétricas e usinas nucleares.
Usinas termelétricas são máquinas
térmicas que têm como objetivo a conversão
da energia de um combustível em energia elétrica,
por exemplo existe a fornalha onde é queimado
o combustível no caso do Brasil o gás
natural, que é uma fonte não renovável
e a caldeira onde é produzido o vapor, este
vapor extraído da caldeira gira a turbina que
por estar interligada ao eixo do gerador, faz com
que ele entre em movimento gerando a eletricidade.
É importante ressaltar que cerca de 16% dessa
energia é perdida na transmissão e distribuição.
CONSEQÜÊNCIAS AO MEIO AMBIENTE...
Todo tipo de geração de energia causa
impactos ambientais, no mínimo ocorre um efeito
térmico por causa do calor liberado na atmosfera,
contribuindo para o aquecimento do planeta. Veremos
adiante o que cada tipo de geração de
energia provoca ao meio ambiente.
Com a queima do gás utilizado neste tipo de
usina, segundo especialistas essa queima deverá
lançar na atmosfera grandes quantidades de
poluentes, além de ser um combustível
fóssil que não se renovam. O Brasil
lança anualmente 4,5 milhões de toneladas
de carbono na atmosfera, com as novas termelétricas
esse número chegará a 16 milhões,
além de agravar o efeito estufa o ácido
nítrico que alimentam as chuvas ácidas
e formam ozônio que na baixa atmosfera é
extremamente nocivo à saúde. |
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O QUE FAZ O GOVERNO...
O governo está apostando tudo nas usinas termelétricas,
alegando ser pouco poluente porque utilizam gás
natural, que é encontrado em jazidas subterrâneas,
extraído em poços na terra e na plataforma
submarina, sendo que a maior parte do gás que
vai abastecer as termelétricas será
importado da Bolívia, deixando o país
na condição de dependência de
combustível importado, e a outra parte será
fornecida pela Petrobras.
|
Conheça as características
resumidas de um empreendimento como uma usina termelétrica:
Dados constantes no anexo ao ofício Consema 288/2001,
de 26/11/2001, subscrito por Germano Seara Filho, Secretário
Executivo do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
Trata-se de uma Usina Termelétrica - UTE, com capacidade
de 1000 MW, preconizada para ser instalada no município
de Sorocaba. A tabela abaixo apresenta, de forma resumida,
as características do empreendimento:
Capacidade
da Usina |
1000
MW |
Tipo |
Central de
ciclo combinado |
Turbinas |
4 a gás
e 4 a vapor |
Caldeiras de
recuperação |
4 |
Combustível
de emergência |
Gás
oil |
Pós
combustado |
Não
está prevista |
Exportação
de vapor |
Não
está prevista |
Rendimento
líquido |
57% a 58% |
|
DLL (não
necessita água desmineralizada quando operando
com gás natural, somente com gás oil) |
Refrigeração |
Circuito fechado |
Consumo de
água |
0,35 m3/s
(1260 m3/hora) |
Descarga de
efluentes |
0,15 m3/s (540
m3/s) |
Vazão
total de efluentes |
350 a 400 m3/h |
Consumo de
gás natural |
175 Nm3/h com
pressão superior a 3540 |
Emissões
de NOX |
50 mg Nm3/h
com gás natural e 86 com gás oil |
Emissões
de CO |
19 mg Nm3/h
com gás natural e 25 com gás oil |
Emissões
de partículas |
5 mg Nm3/h
com gás natural e 15/20 com gás oil |
VOC |
88 mg Nm3/h
com gás natural |
Previsão
do tempo de uso de combustível de emergência |
3 a 5 dias |
Tamanho do
reservatório para combustível de emergência |
14.000 m3 |
Outros insumos
(ex.: amônia, óleo combustível,
produtos químicos, etc) |
1 a 10 m3 |
Termelétrica
pode usar óleo poluente (artigo)
O maior complexo
termelétrico do Brasil está em fase
final de planejamento para ser instalado em Paulínia,
município vizinho a Campinas (100 km a noroeste
de São Paulo).
Será uma usina com capacidade de geração
de 700 MW (megawatts), através de duas máquinas
de 350 MW cada. A termelétrica vai ser alimentada
com um óleo ultraviscoso de elevada porcentagem
de enxofre, com grande poder de poluição.
Romildo Onaldo Favalli, diretor de engenharia da Companhia
Energética de São Paulo (Cesp), responsável
pela usina, reconhece a necessidade de grandes cuidados
ambientais.
O Resvac emite diversos poluentes. O dióxido
de enxofre (SO2) é o maior deles, com porcentagem
de 1,8% a 2,4% sobre a quantidade de combustível,
segundo Favalli. O Resvac também emite poeira
e diversos óxidos de nitrogênio. Quando
sobe à atmosfera, o SO2 pode se transformar
em chuva ácida capaz de matar plantas e causar
sérios prejuízos à saúde,
diz Carlos Celso do Amaral e Silva, professor da Faculdade
de Saúde Pública da USP, com grande
experiência em tecnologia ambiental. |
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Se respirado com
freqüência, o enxofre pode comprometer
de maneira irreversível os pulmões.
Esse é o perigo potencial da usina de Paulínia,
onde cada turbina deverá consumir, por hora,
84 toneladas de Resvac. Segundo a Cesp, filtros desulforizadores
vão garantir a qualidade do ar na região.
A previsão do impacto ambiental e da tecnologia
necessária para minimizá-lo está
sendo feita pela empresa de consultoria ambiental
Terra, de São Paulo.
Guilherme Magalhães, diretor da Terra, afirma
que a empresa está “otimizando” o Relatório
de Impacto Ambiental (Rima) e determinar as “medidas
mitigadoras” às alterações causadas
pela obra em Paulínia e Campinas. O Rima, segundo
ele, analisa área com raio de 30 km a partir
da usina.
A localização das usinas foi definida
em função da existência de refinaria
de petróleo em ambas as cidades. O óleo
ultraviscoso que moverá as turbinas das termelétricas
é refugo da destilação de óleo
diesel. Normalmente ele é misturado em um terço
de sua quantidade a óleo diesel e empregado
como combustível de alto teor e geradores (ATE)
em caldeiras e geradores elétricos de indústria
em São Paulo. Nesta época do ano, quando
o inverno ocasiona estados críticos de poluição,
a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
de São Paulo (Cetesb) força as empresas
a trocarem esse óleo por outro com baixo teor
de enxofre (BTE).
“Nenhum filtro que coloquem ali vai filtrar 100%”
diz o físico e ecologista Antonio Carlos Alves
de Oliveira. Segundo ele, a termelétrica causa
um impacto de calor e “muda o microclima da região
onde está”. Oliveira também critica
a usina pelo fato de segundo, segundo afirma, “Campinas
já estar com o ar saturado”. Mas para o diretor
de Controle da Cetesb, Eduardo San Martin, “não
há grandes problemas” de poluição
ambiental em Paulínia. “É preciso saber
no que será utilizada essa energia das termelétricas”,
diz o ecologista Oliveira, que reclama do governo
“não Ter consultado ninguém para saber
se o povo quer ou não a termelétrica,
responsável por um empréstimo de US$
585 milhões pelo qual o contribuinte terá
de pagar”. O que justifica a usina é o fato
de haver um “risco de racionamento” da ordem de 20%,
afirma Nelson Barreira, presidente da Associação
Nacional das Concessionárias de Energia Elétrica. |
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IMPACTO AMBIENTAL DEVE
SER APROVADO...
Qualquer atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente somente pode ser
executada após a elaboração do Rima
(Relatório de Impacto Ambiental) que julgue o projeto
ecologicamente viável. O Rima – que também
pode concluir pela inviabilidade da obra – deve ser exibido
em audiências públicas nas comunidades afetadas
por sua futura existência.
Essa exigência faz parte da Constituição
brasileira e deverá ser cumprida no caso das termelétricas
de Paulínia e São José dos Campos,
que vão representar um risco ao ambiente. Além
de realizar o estudo, a Cesp deverá obter licenciamento
das usinas junto à Cetesb.
O Rima é elaborado por técnicos mas deve ser
concebido de tal forma a ser compreendido por quem o queira
ler. Esse relatório tem que incluir:
- Diagnóstico
dos meios físicos, biológico e sócio-econômico
da área que será influenciada pela instalação
do projeto.
- Análise
dos impactos ambientais do projeto segundo diversas
alternativas tecnológicas e consideração
da possibilidade de não realização
da obra pretendida.
- Definição
das medidas mitigadoras dos impactos negativos a serem
causados e avaliação de sua eficiência.
- Elaboração
de programa de acompanhamento dos impactos negativos
e positivos. Os relatórios de impacto
ambiental surgiram por volta de 1977 nos Estados Unidos
como instrumentos acessórios para o planejamento
econômico. Com o tempo ganharam importância
e passaram a ser peças decisórias para
o planejamento empresarial. No Brasil, os Rimas surgiram
com essa concepção, mas enfrentam duas
dificuldades.
A primeira refere-se à falta de especialistas
que avaliem com a multidisciplinaridade exigida a obras
causadoras de impacto ambiental e que são as
mais diferentes naturezas. A outra diz respeito à
transformação dos Rimas em instrumentos
políticos, fazendo com se perca a visão
de que todo o progresso acarreta um risco ambiental
que deve ou não ser tolerado pela população.
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Aumenta
pressão contra termelétrica (artigo)
Cresce, nas cidades vizinhas
de Paulínia, Estado de São Paulo, o movimento
contra o projeto de uma termelétrica, a primeira
usina paulista de grande porte a produzir eletricidade por
meio da queima de derivados de petróleo. Ela terá
700 megawatts de potência em dois módulos de
350. Projetada pela Companhia Energética do Estado
de São Paulo (Cesp), com financiamento, para a primeira
fase, já aprovado pelo Japão, no valor de
US$ 585 milhões, a usina deve começar a ser
construída, se a polêmica em torno da provável
emissão de poluentes e do consumo excessivo de águas
não atrasar o cronograma.
De acordo com pesquisadores ligados às universidades
de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp),
a emissão da termelétrica pode somar de 100
a 300 toneladas por dia de dióxido de enxofre às
cem toneladas por dia já emitidas na região
por indústrias químicas. O dióxido
de enxofre é o principal causador da chuva ácida
– ou chuva mortífera – em zonas industrializadas.
A quantidade a ser emitida varia conforme a qualidade de
óleo queimado e o tipo de filtro dessulfurizador
instalado.
As dúvidas quanto ao impacto ambiental da usina levaram
o coordenador das curadorias do meio ambiente do Estado,
Edis Milaré, a instaurar inquérito civil.
Por intermédio do inquérito, Milaré
solicitou informações à Cesp e à
Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo para a avaliar
se o projeto deve ser interditado ou não. Já
o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), na fase
final de elaboração, deverá ser apreciado
pelo Ministério Público, além de passar
pela Assembléia Legislativa.
O diretor de engenharia da Cesp, Romildo Favalli, diz que
a usina não vai poluir, pois suas emissões
estarão abaixo dos padrões exigidos por lei.
Ele não soube precisar, no entanto, quais seriam
os totais emitidos pela termelétrica e limitou-se
a fornecer as concentrações de gás
ao atingir o solo: “as simulações apontam
uma concentração de 50mg/m³ de dióxido
de enxofre, na pior das hipóteses climáticas,
num dia totalmente sem vento e de inversão térmica”,
assegurou. O limite estabelecido por lei, segundo ele, é
de 350 mg/m³.
A usina vai aproveitar o resíduo do refino de petróleo
ou os chamados óleos ultraviscosos da petroquímica
de Paulínia. Esses óleos são queimados
numa caldeira para produzir vapor a alta pressão
e, a partir desse vapor, eletricidade. A idéia da
Cesp é complementar a produção de energia
das hidrelétricas paulistas, principalmente no inverno,
quando a demanda é maior e as hidrelétricas
têm menos potência, porque o nível dos
rios está mais baixo.
Há, porém, um problema: justamente no inverno
existe uma tendência maior de ocorrer inversões
térmicas, que retêm todo tipo de poluentes
na baixa atmosfera. Além dos gases que a termelétrica
emitiria, já há poluentes da própria
refinaria de Paulínia e de grandes indústrias
da área, como a Rhodia. Além disso, é
no inverno também que se faz a queima dos canaviais
da região, prática que lança no ar
outros tipos de gases, como os óxidos de nitrogênio.
Normalmente inofensivos ao homem, esses óxidos combinam-se
com o enxofre na atmosfera e aumentam a acidificação
da água, do solo e da vegetação.
Os ácidos assim formados são muito móveis
e atingem com facilidade o lençol freático,
de onde sai a água para consumo da população.
“A emissão do dióxido de enxofre pode ser
reduzida em cerca de 80%, caso se instalem filtros especiais,
conhecidos como lavadores de gases”, afirma Osvaldo Sevá,
pesquisador da Unicamp. “O problema é que eles são
terrivelmente caros e só são instalados na
Europa e nos Estados Unidos porque são obrigatórios
por lei”, completa.
Entretanto, de acordo com Sevá, há outras
opções. “Se a usina não fosse construída
e o investimento fosse feito na conservação
de energia e em pequenas e médias hidrelétricas,
poderíamos obter a mesma quantidade de energia, ou
até mais, sem poluição.” A instalação
de filtros especiais, na opinião de alguns especialistas,
é um desperdício. “O custo do lavador de gases
quase que inviabiliza economicamente esse tipo de usina”,
observa o físico e doutor em engenharia ambiental
Mário Epstein, do Centro de Controle de Poluição
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Para ele, a Cesp deveria trocar a instalação
de filtros pelo monitoramento constante das condições
meteorológicas, como vem sendo planejado numa termelétrica
semelhante em Santa Catarina. Em seus estudos de viabilidade,
a Cesp alega que a poluição por dióxido
de enxofre será diminuída com a instalação
de uma chaminé com 120 metros de altura. Conforme
Luiz Eduardo Mantovani, do Instituto de Biociências
da USP, essas chaminés resolvem o problema local,
mas não fazem desaparecer os poluentes. No caso,
de acordo com os ventos predominantes na área, os
gases seriam jogados de 30 a 200 quilômetros adiante,
na direção de Limeira, Barra Bonita ou Rio
Claro.
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Chuva
ácida: Canadá teve 14 mil rios e lagos mortos
(artigo)
O Canadá é
uma das maiores vítimas da chuva ácida causada
pela combinação de dióxido de enxofre,
nitrogênio e água. Essa mistura mata os peixes,
destrói as florestas, agrava as doenças respiratórias
e corrói a fachada dos edifícios, causando
prejuízos de bilhões de dólares anuais.
Nesse país, cerca de 14 mil podem morrer se não
forem tomadas medidas, segundo alerta feito por cientistas
canadenses.
A chuva ácida, metade da qual é proveniente
dos Estados Unidos, é o mais grave problema ecológico
do país, de acordo com pesquisas de opinião.
“Há anos tomamos consciência de que a chuva
ácida é um problema sério para o meio
ambiente e de que a geografia do leste do Canadá
é particularmente suscetível à a acidificação,
por causa de grande quantidade de lagos e rios e do tipo
de solo e vegetação”, a firmou Eleanor Kulim,
representante do governo na campanha contra a chuva ácida.
Autoridades canadenses determinam que as indústrias
mais poluentes devem reduzir pela metade a emissão
de dióxido de enxofre, pois dos aproximadamente dois
milhões de lagos em Quebec e Ontário 43% são
passíveis de acidificação e 10% dos
rios onde se pesca salmão em Nova Scotia estão
condenados.
Além de atingir as águas, a chuva ácida
contribui para a destruição de monumentos
importantes do país e também de sua árvore-símbolo,
a mapletree (bordo), cuja seiva utilizada na fabricação
de xaropes e em sobremesas típicas canadenses. Um
dos edifícios afetados pela chuva ácida é
o Parlamento construído com um tipo de perda calcária,
a limestone, muito vulnerável a acidificação.
A acidez dessas chuvas faz as pedras deteriorarem e o Parlamento
pode, dentro de alguns anos, ser “dissolvido”.
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Dióxido
de enxofre: Europa faz controle severo de termelétricas
(artigo)
Enquanto o Brasil ensaia
construir as primeiras termelétricas a óleo
– uma em São Paulo, três em Santa Catarina
e uma no Rio Grande do Sul -, os países desenvolvidos
querem escapar delas de qualquer maneira. Nos últimos
anos, apenas a Espanha conseguiu convencer a Comunidade
Econômica Européia (CEE) da absoluta necessidade
de nova usina, que terá 500 megawatts de potência,
com a obrigatoriedade de manter a emissão de dióxido
de enxofre num limite baixíssimo e severamente vigiado.
No resto da Europa, aumentou as pesquisas em busca de fontes
de energia alternativas e, enquanto elas não vêm,
sobre novas tecnologias de filtragem de enxofre. Nesse continente,
toda termelétrica com potência superior a 50
megawatts é obrigada a controlar as emissões
e a apresentar planos de redução dos poluentes.
Não é para menos: lá são jogadas
30 milhões de toneladas de dióxido de enxofre
por ano na atmosfera, segundo dados do Ministério
do Meio Ambiente da Suécia. Em todo o mundo, são
de 50 a 75 milhões de toneladas por ano, 16 das quais
atribuídas aos Estados Unidos. Todo esse enxofre
responde por dois terços da acidificação
total na atmosfera, que polui a chuva e a neve ou pode condensar-se
como orvalho e geada, afetando, assim, o meio ambiente.
Na Suécia, a acidificação das águas
decorrente da poluição já colocou 18
mil lagos, 90 mil quilômetros de rios e 70 mil poços
artesianos na lista negra. Os técnicos suecos, junto
com os noruegueses, vêm pesquisando há mais
de dez anos o problema e chegaram à conclusão
de que as chuvas ácidas na Escandinávia estavam
diretamente ligada às medidas tomadas pela Grã-Bretanha
para reduzir a poluição das fábricas
por meio da instalação de chaminés
mais altas, que deixam bom o ar do país, mas jogam
os poluentes nos países vizinhos.
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Projetos
de termelétricas serão selecionados (artigo)
O Programa Prioritário
de Termelétricas do governo federal, que prevê
construção de 49 centrais geradoras
a gás natural pela iniciativa privada até
2004, deverá iniciar um longo processo de seleção
natural, em que alguns empreendimentos deverão
ser deixados de lado. Segundo especialistas e agentes
do setor, alguns projetos exibem, antes mesmo de sair
do papel, deficiências que podem torná-los
inviáveis, como a própria definição
da localização da usina – que pode impor
dificuldades para o seu licenciamento ambiental –
ou mesmo a ausência de um comprador de energia
entre seus acionistas – que criará problemas
para colocara produção no mercado. A
expectativa é que os projetos comecem a passar
por uma “peneira”, quando os empreendedores desses
projetos deverão apresentar os contratos de
compra de gás natural.
O Programa Prioritário de Termelétricas
é considerado, pelos técnicos do governo
e da iniciativa privada, a única solução
plausível para se ampliara a produção
de energia elétrica no curto prazo e evitar
déficits na oferta. Juntos, os compromissos
de construção de termelétricas
firmados por 40 empreendedores junto ao governo federal
representam um acréscimo de até 15 mil
megawatts (MW), para uma capacidade instalada no País
que supera os 60 mil MW.
Conforme previu o ministro das Minas e Energia, Rodolpho
Tourinho, seria energia suficiente para fechar a cota
do equilíbrio entre a oferta e uma demanda
por energia que deverá crescer 26 mil MW nos
próximos quatro anos.
Mas os esforços do governo não deverão
livrar os projetos da ação das leis
de mercado. “Em nossa área de concessão,
existe potencial para a construção de
13 ou 14 usinas, que poderiam proporcionar entre 4,5
a 5 mil MW de energia”, diz Paul Trimmer, diretor
de Suprimentos e Geração de Energia
da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás).
Trimmer calcula, porém, que somente 3 a 5 usinas
conseguirão firmar esses contratos com as concessionárias
de energia.
“A capacidade de compra das concessionárias
está limitada a cerca de 2,5 mil MW”, disse
Trimmer. Ele lembra que, se não tiverem o contrato
de fornecimento, os empreendedores perderão
uma das principais garantias exigidas pelos bancos
para os contratos de financiamento tipo “project finance”,
específicos para projetos de infra-estrutura.
Segundo o Ministério, 70% dos investimentos
abarcados pelo programa, estimados em US$ 8 bilhões,
deverão provir destes financiamentos, cabendo
o restante ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES).
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Para a Associação
Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica
(Abradee), a contratação esbarra no
projeto de desregulamentação da distribuição
de energia elétrica, que está sendo
analisado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel). O projeto inicial da agência prevê
a liberação gradativa de clientes, atualmente
vinculados às distribuidoras por áreas
geográficas, para a livre escolha de seus fornecedores
a partir de 2003. “Sem um mercado cativo, há
dificuldades em repassar os custos com a compra dessa
energia para a frente”, afirma o secretário-executivo
da associação, Luís Carlos Guimarães.
Em São Paulo, os projetos das termelétricas
já começam a enfrentar a malha fina
da área ambiental. “Encontramos, entre os seis
projetos de termelétricas que estão
iniciando o processo de licenciamento ambiental, casos
em que a capacidade de geração é
maior que a comunicada à Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica)”, disse Dráusio
Barreto, presidente da Cetesb, a agência ambiental
paulista. Ele acrescentou que o governo de São
Paulo deverá exigir dos empreendedores “compensações
ambientais” às emissões de óxido
de nitrogênio (NOx) das futuras usinas, assim
como a manutenção de áreas de
conservação.
Segundo Barreto, a agência verificará
com cuidado o aproveitamento de mananciais de águas
pelas usinas, usada para o resfriamento das máquinas.
Segundo um especialistas, o rio Piracicaba, que já
enfrenta problemas com poluição, é
previsto em três projetos de termelétricas
como fonte de refrigeração. “Vamos analisar
se isso não comprometerá os mananciais.”
Há ainda, segundo especialistas, a expectativa
de que projetos muito próximos às grandes
cidades – e que, portanto, são potenciais ampliadores
da poluição dos grandes centros - deverão
enfrentar grandes dificuldades no licenciamento.
O secretário de Energia do Ministério,
Benedito Carraro, lembra que o programa está
no início e que muitos acertos vêm sendo
realizados com todos os setores envolvidos. Ele acrescentou
que as distribuidoras de energia que não firmarem
contratos de fornecimento com as usinas termelétricas
“estarão sujeita aos preços mais altos
do mercado spot, pois a oferta de energia elétrica
vai diminuir”. Segundo ele, a garantia de suprimento
proporcionada pela energia gerada nas termelétricas
poderia servir como um instrumento para manter cativos
os clientes, em meio à desregulamentação.
“Se duas ou três usinas não cumprirem
as determinações, não significará
grandes entraves”, afirmou Carraro. “Existem outros
nove projetos, em stand by, que poderão ser
incorporados ao programa. Segundo um técnico
que tem acompanhado os estudos dos empreendedores,
ainda que sejam incorporados apenas entre 8 mil e
11 mil MW de geração térmica,
“o governo terá obtido êxito no seu objetivo
de evitar um colapso do fornecimento de energia”.
O presidente da Agência de desenvolvimento Tietê
Paraná, Wilson Quintella, lembra que o programa,
além de dar suporte às necessidades
imediatas de ampliação da oferta de
energia, funciona como um vetor de desenvolvimento
regional. Segundo os dados do Ministério, os
projetos, espalhados por 19 Estados, deverão
cria 40 mil empregos na implantação
das usinas. Além disso, segundo ele, a criação
de uma base consistente de geração termelétrica
servirá, também, para livrar o País
de uma perigosa dependência do modelo hidroelétrico
de produção de energia. A fragilidade
dessa dependência ficou evidente durante a longa
estiagem dos últimos anos, quando o nível
baixo dos reservatórios das usinas colocou
em xeque a geração de energia. |
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Falta
de licença ambiental atrasa entrega de usinas termelétricas
(artigo)
Das 49 termelétricas previstas inicialmente
no programa prioritário do governo, somente seis
devem finalmente sair do papel, gerando 1.061 megawatts
de energia – quase o dobro do consumo do Distrito Federal.
Três usinas que também deveriam ficar prontas,
sofreram atrasos, sobretudo por causa da demora nas licenças
ambientais.
Esse é o balanço do programa de geração
térmica a gás do governo, poucos dias antes
do presidente Fernando Henrique Cardoso, anunciar, em pronunciamento,
a revisão do programa e as termelétricas que
estão viabilizadas – ou seja, que têm licenças
ambientais (mesmo que provisórias), terrenos prontos,
turbinas contratadas ou até mesmo, em alguns casos,
obras de construção iniciada.
FHC deve anunciar 17 termelétricas no estágio
de “viabilizadas”, cujo o término é considerado
garantido. Dessas, 13 usinas deverão começar
a operar até 2001, com 2.171 megawatts (quase um
terço do consumo do Estado do Rio de Janeiro).
Por causa de atrasos na concessão das licenças
ambientais – obrigatórias para o início das
obras -, térmicas que poderiam agregar megawatts
ao sistema atrasaram. O caso mais grave foi a Cubatão,
na Baixada Santista (SP).
Uma liminar contrária à licença empurrou
sua inauguração para meados do próximo
ano. Outro exemplo é a térmica de Canoas,
no Rio Grande do Sul. Nesse caso, o atraso chegou a três
meses e a usina deve começar a produzir 150 MW só
e março, em fase inicial.
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Também
tiveram problemas com as licenças as obras
de Três Lagoas e Corumbá, ambas no mato
Grosso do Sul. Das seis térmicas que devem
começar a operar a Petrobras está presente
em três: Fafen (Bahia), Ibirité (Minas
Gerais) e Piratininga (São Paulo). Somadas,
vão acrescentar 400 MW ao sistema elétrico
, em sua primeira fase.
Outras três são da iniciativa privada.
As norte-americanas El Pason e Enron e a brasileira
Cataguazes Leopoldina devem concluir suas obras ainda
este ano. São elas: Macaé Merchant,
Eletrobolt, (ambas no Estado do Rio de Janeiro) e
Juiz de Fora (Minas Gerais), respectivamente.
Hoje, já estão em funcionamento no Brasil
três térmicas a gás, todas lideradas
por investidores privados, mesmo sendo a Petrobras
a maior investidora individual: Uruguaiana (Rio Grande
do Sul, AES), Cuiabá (Mato Grosso, Enron) e
Willian Arjona (Mato Grosso do Sul, da Gerasul, a
primeira a utilizar o gás proveniente do gasoduto
Brasil-Bolívia). |
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Porque
especialistas dizem que o Brasil precisará de termelétricas
(artigo)
A OCDE (Organização
de Cooperação e Desenvolvimento Econômico),
que reúne os 29 países mais industrializado
do mundo, afirmou que o país vai precisar do equivalente
a “uma usina de Itaipu a cada três anos”, para fazer
frente `a crescente demanda de energia elétrica.
Caso contrário o crescimento potencial de 3,5% a
4,5% por ano, para o médio prazo, estará comprometido.
“Há um ano identificamos o problema do mercado de
energia. É um desafio produzir energia em quantidade
para alimentar o processo de crescimento”, disse a OCDE.
As perspectivas de crescimento de médio prazo anual
para o Brasil são as mesmas de institutos de pesquisa
como o Ipea: de 3,5% a 4,5%. A OCDE calcula que a demanda
cresça em torno de 4.500 MW por ano. Para isso, os
investimentos podem ficar entre US$ 4 bilhões e US$
5 bilhões por ano.
A OCDE não acredita que o governo brasileiro deveria
arrumar uma nova fórmula para que os investimentos
em energia não entrem como gasto no orçamento
da União, para efeito da contabilização
das metas fiscais do acordo com o FMI.
A OCDE prega a necessidade urgente de desenvolver o mercado
de capitais como fonte de financiamento para o setor produtivo,
alertando que não se pode perder tempo, ou as melhores
empresas brasileiras de capital aberto estarão todas
no mercado global. Apesar das críticas, a OCDE afirma
que o Brasil “cruzou o limiar para uma fase de crescimento
sustentável” e que “os recentes choques são
desafios, mas não motivos para ficarmos pessimistas
com o país”. Pensando assim, o governo e alguns especialistas
do setor acham que as usinas termelétricas serão
uma boa alternativa, no que diz respeito ao aumento no abastecimento
de energia elétrica a curto prazo.
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A
situação das termelétrica no Brasil
(artigo)
Das 32 termelétricas
que integram o programa emergencial do governo federal
para aumentar a oferta de energia no país,
11 – um terço do total – enfrentam problemas.
Levantamento feito pela Folha de São Paulo
revela que as obras de oito usinas estão atrasadas.
Pior: três térmicas que já foram
inauguradas não estão gerando um quilowatt
de energia.
As usinas que já deveriam estar funcionando
são Macaé Seropédicas, no Rio
de Janeiro, e Fafen, na Bahia.
Juntas, elas têm capacidade para gerar 1.245
MW, o que corresponde à energia gasta em média
por 4,5 milhões de residências da região
Sudeste.
As empresas responsáveis pelas três usinas
afirma que elas estão paradas simplesmente
porque não conseguem vender a energia produzida,
devido à inoperância do MAE (Mercado
Atacadista de Energia). Para atraso na obras das outras
oito térmicas, o principal obstáculo
apontado é a demora nas licenças ambientais.
Para aumentar a geração de energia em
meio à crise, o governo dobrou em meados deste
ano o número de termelétricas do programa
emergencial, sem resolver a questão do licenciamento
de desemperrar o MAE.
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Peça-chave
para o atual modelo para o atual modelo do setor elétrico
e criado para negociar energia excedente das geradoras,
o MAE não conseguiu funcionar até hoje.
O primeiro obstáculo ocorreu quando Furnas
não reconheceu uma dívida de R$ 800
milhões que teria com o MAE. A dívida
é resultado do atraso9 de mais de um ano do
início do funcionamento da usina nuclear de
Angra 2, no Rio. Sua energia já estava sendo
comercializada pelo mercado antes mesmo de começar
a operar. Por ser o maior negocio até então,
o mercado ficou paralisado.
Depois, foi a vez de denúncias de irregularidades
em sua gestão e uma intervenção
da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica),
que culminou com a demissão de toda a diretoria,
o inviabilizarem. Investidores e Petrobras afirma
que, se o governo não solucionar o problema
do MAE, novos investimentos estarão comprometidos.
O superintendente de geração da Aneel,
Cristiano Amaral, admite que a maior parte das usinas
com cronogramas atrasados não tem o licenciamento
ambiental. O caso mais grave é o da usina de
Cubatão, um projeto da Petrobras e da Marubeni.
Depois de quase três anos, a autorização
para a obra foi da em outubro.
O diretor de gás e energia da Petrobras, Antonio
Luiz Menezes, disse que o problema das licenças
é mais grave em São Paulo. Em relação
ao MAE, ele disse que espera o mais breve possível
uma solução do problema.
Cristiano Amaral, da Aneel, afirma que as empresas
já sabiam do risco de investir em térmicas,
tanto de firmar os contratos para a compra do gás
como do fornecimento de energia. Disse que “isso não
é argumento para qualquer atraso em seus cronogramas”.
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O assessor para
termelétricas do Ministério de Minas
e Energia, Rui Feijão, disse que o governo,
por meio da Câmara de Gestão da Crise
de Energia, “busca alternativas pra garantir que as
termelétricas já em condições
de operar possam ter sua energia despachada”. Mas
não as detalhou.
LICENCIAMENTO DE 58 USINAS TÉRMICAS GERAM
INVESTIGAÇÕES...
O Ministério Público Federal pediu informações
às 13 secretarias estaduais de Meio Ambiente
sobre o licenciamento das 58 usinas térmicas
emergenciais, contratadas como uma forma de seguro-apagão.
O Jornal do Brasil revelou que uma parte das usinas
contratadas ainda não têm licença
ambiental para operar e, sem a autorização,
não devem entrar em atividade no prazo previsto,
1° de julho de 2002. ''O negócio era emergencial
mas, no fim, parece que não é tão
emergencial assim'', afirmou o procurador Rodrigo
Baldez, autor do pedido de informações.
Os órgãos ambientais têm dez dias
úteis para encaminhar as respostas ao Ministério
Público. O material também fará
parte da investigação do procurador
sobre os R$ 6,7 bilhões gastos pela estatal
Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial
(CBEE) na contratação das usinas. Multas
- Em nota oficial, a CBEE informa que o dono de usina
com obra atrasada será ''responsabilizado''
e terá que pagar multa. A entidade não
acredita em atraso nas obras, ''pois do ponto de vista
técnico elas podem ser instaladas muito rapidamente''.
No Rio, o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente,
afirmou desconhecer o atraso nas obras. Das 23 usinas
em atraso, noticiadas pelo JB, 12 ainda não
têm aprovada a licença prévia,
primeira autorização necessária
para o empreendimento, e outras cinco têm apenas
a licença de instalação. Ontem,
a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
de Pernambuco retificou as informações
sobre seis usinas: depois de informar que não
tinham licença, a secretaria afirmou que as
usinas já estão aptas a funcionar. No
rol de usinas em operação, a CBEE incluiu
a Cocal (SP). O órgão ambiental paulista
contesta a informação. |
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