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EXTRAÇÃO DE RESINA COLOCA O BRASIL COMO
SEGUNDO MAIOR PRODUTOR MUNDIAL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Janeiro de 2001

José Jorge Neto/SMA

A extração de resina de árvores do gênero Pinus elliiottii colocou o Brasil como segundo maior produtor da matéria-prima do mundo, com a extração de 80 mil toneladas por ano.

A China vem em primeiro, com a extração de 400 mil ton/ano. E o grande pioneiro neste negócio foi o Instituto Florestal, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que em 1936 lançou a semente de um amplo programa de reflorestamento no Estado, ao iniciar as experiências com espécies variadas de Pinus pelo antigo Serviço Florestal, base para a entrada de empresas particulares na exploração da resina, hoje utilizada na fabricação de remédios, perfumes, colas, tintas, vernizes, plásticos e muito mais. De óleo lubrificante a goma de mascar. Dólares que entram no País, gota a gota.

"O Instituto Florestal é, sem dúvida alguma, o grande responsável pela introdução da resinagem no Brasil e um parceiro importante da iniciativa privada neste negócio", afirma Eduardo Fagundes, presidente da Associação dos Resinadores do Brasil - ARESB, que responde por 80% dos produtores de resina do País, gerando de 8 a 10 mil empregos diretos no campo.
Das 80 mil ton/ano produzidas de goma-resina no País, 55 mil são destinadas à exportação e 25 mil consumidas no mercado nacional, comercializada através da Fundação Florestal, que também integra o sistema ambiental do Estado. As Estações Experimentais do Instituto Florestal, principalmente as localizadas no Vale do Paranapanema, respondem por 10% da produção nacional.

A unidade de Itapetininga é a grande percursora deste trabalho. São 3 mil hectares plantados com 300 mil árvores de Pinus elliiottii, variedade originária do sul dos Estados Unidos.

Além da introdução de tecnologia específica para a extração da resina, o Instituto Florestal também responde por um programa de melhoramento genético das sementes, obtendo clones altamente produtivos. Recolhendo a Goma Resina "O nosso trabalho é voltado, essencialmente para atividades de manejo florestal, pesquisa e experimentação dirigidas para as florestas de produção", explica José Antônio de Freitas, gerente da Divisão de Florestas e Estações Experimentais do IF.

As florestas plantadas pelo instituto, com predominância dos gêneros Pinus e Eucalyptus, ocupam uma área superior a 28 mil hectares.
José Jorge Neto/SMA
José Jorge Neto/SMA
O engenheiro florestal Augusto Neves, sócio da Resineves Agroflorestal Ltda, empresa extratora da resina, também ligada à empresa CMA Industrial, produtora do breu e terebintina - as duas frações retiradas da goma-resina e responsáveis pela fabricação de mais de 200 produtos - lembra uma outra grande importância das florestas de Pinus e demais espécies. "São fixadoras de gás carbono, o que ajuda a minimizar o grave problema do efeito estufa, hoje a grande preocupação dos países desenvolvidos e em desenvolvimento".

Do Pinus elliiottii nada se perde. Além da resina, que pode ser coletada durante dez anos, cinco de cada face da árvore (painéis de extração), o tronco, abatido próximo aos 30 anos, fornece madeira para vigas, caibros, móveis, aglomerados e
celulose para a fabricação de papel. A extração é feita da seguinte forma: raspa-se a casca da árvore a 18 centímetros do solo, numa área (painel) de 60 cm de altura por 15 a 20 cm de largura; ali são feitas estrias por onde escorrerá a resina até sacos plásticos, fixados com grampos, e que levam dois meses para encher.

A cada 15 dias a árvore recebe novos cortes na casca até o lenho, para ativar os canais de resina no qual é aplicada uma pasta ácida (composta de ácido sulfúrico, água e farelo de arroz), para impedir a cicatrização das veias. O saco plástico que recebe as gotas também tem um pouco de água para evitar a volatilização da terebintina. Após o enchimento dos sacos, o pessoal da coleta passa a retirar a goma-resina, transferindo-a para latas de 18 litros, que são transportados até às indústrias beneficiadoras e, de lá, para o mercado interno e exterior. Ao preço de 0,55 centavos o quilo da terebintina e 0,95 centavos o do breu.

Fonte: SMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Renato Alonso Carneiro

 
 
 
 

 

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