ZOOLÓGICOS
SERÃO OBRIGADOS A INSTALAR
CHIP ELETRÔNICO EM ANIMAIS AMEAÇADOS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Março de 2001
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Os animais silvestres
da lista de espécies brasileiras ameaçadas
de extinção mantidos em zoológicos,
criadouros científicos, conservacionistas e comerciais
deverão ser marcados com chip eletrônico.
O sistema é o modo mais seguro para guardar informações
fundamentais como origem e sexo de cada espécime.
Além de ajudar a combater a circulação
de animais traficados, a medida, anunciada pelo presidente
do Ibama, Hamilton Casara, também evitará
a erosão genética provocada por cruzamento
de indivíduos da mesma família em programas
de recuperação de fauna.
A identificação por meio eletrônico
deverá ser aplicada também aos animais que
constam do Anexo I da Convenção sobre o
Comércio Internacional de Fauna e Flora Selvagens
em Perigo de Extinção (Cites) e aos mantenedores
de fauna exótica. Os criadores terão prazo
de seis meses para se adaptar à nova regulamentação.
A obrigatoriedade de marcação dos animais
criados em cativeiro será exigida também
para as espécies exóticas, principalmente
aquelas que apresentam algum risco à agricultura,
à pecuária, aos ecossistemas protegidos
e às espécies nativas do Brasil.
A exceção fica para os criadores de javali,
que têm regulamentação específica.
No caso dos animais exóticos, o prazo de marcação
do plantel será de um ano. O tipo de marcação
será escolhido pelo criador conforme as características
de cada grupo de animal. Os mamíferos poderão
ser marcados com tatuagens ou brincos. As aves receberão
anilhas de alumínio e répteis e quelônios
deverão ser identificados por meio de lacres ou
arrebites.
O Ibama estima que existem no Brasil aproximadamente 100
mil animais silvestres nativos e exóticos mantidos
em cativeiros legalizados. Só os zoológicos
detêm a metade desses animais e 25% estão
em criadouros comerciais. Os 25% restantes estão
divididos entre criadouros científicos e conservacionistas.
Com a exigência da identificação,
o Ibama poderá exercer maior controle sobre a fauna
cativa.
Fonte: MMA Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa