ONGs ELOGIAM SARNEY
FILHO
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Outubro de 2001
|
|
Representantes do Fórum
Brasileiro de Organismos Não-Governamentais (ONGs)
e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
parabenizaram o ministro do Meio Ambiente, José
Sarney Filho, pelo discurso feito na abertura do 13º
Fórum de Ministros do Meio Ambiente da América
Latina e Caribe. No discurso, Sarney Filho criticou os
países desenvolvidos pela falta de cumprimento
dos compromissos assumidos durante a Eco-92, incluindo
a redução da pobreza por meio da transferência
de tecnologia e abertura de mercados.
Representando a WWF, Analuce Freitas disse que o discurso
acentuou os principais pontos destacados pelas ONGs durante
a reunião das Redes de Organizações
Não-Governamentais da América Latina e Caribe,
no último final de semana, também no Rio
de Janeiro. "Para as ONGs, foi importante o ministro
ter afirmado que o sucesso da Rio+10, reunião mundial
que acontecerá na África do Sul em 2002,
dependerá da participação efetiva
dos Estados Unidos e demais países industrializados",
disse Analuce Freitas.
Sarney Filho destacou que ONGs e governo atuam hoje em
conjunto porque ambos têm o mesmo objetivo: a preservação
do meio ambiente. "A defesa do meio ambiente não
depende apenas de governo, mas de ações
que envolvam todos os segmentos da sociedade", prosseguiu
o ministro.
Renato Cunha, do Fórum Brasileiro de ONGs, agradeceu
ao ministro por ter enfatizado a necessidade de se criar
acordos multilaterais. "Harmonizar os condicionantes
ambientais de nossos processos produtivos não implica
ônus, mas capacita-nos a superar as barreiras não
tarifárias de conteúdo ambiental que tanto
têm perturbado nossas transações comerciais,
impedindo-nos de ocupar melhor espaço no mercado
internacional", ressaltou Sarney Filho em seu discurso.
Os representantes das ONGs elogiaram também a atuação
de Sarney Filho nos assuntos relativos ao Código
Florestal, a ser votado brevemente em plenário
na Câmara dos Deputados. O ministro defende a manutenção
das propostas encaminhadas ao Congresso pelo Conselho
Nacional de Meio Ambiente (Conama), que são contestadas
pelos ruralistas. A intenção é garantir
a manutenção da proposta que assegura, como
reserva legal, extensão equivalente a 35% da propriedade
em área de cerrado na Amazônia e em 80% da
propriedade em área de floresta amazônica.
Os ruralistas querem reduzir estes percentuais. Referindo-se
à construção da usina nuclear de
Angra III, Renato Cunha solicitou ao ministro que a sociedade
civil tenha maior participação quando o
tema estiver sendo discutido no âmbito do Conama.
"Acreditamos que questões relacionadas à
geração de energia devam ser precedidas
de ampla discussão nacional", disse Renato
Cunha.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa