O Ministério do Meio Ambiente
está realizando pesquisa sobre as empresas que
oferecem no mercado produtos e serviços ecoeficientes.
Essas empresas farão parte de um cadastro e poderão,
em breve, ser consideradas fornecedoras preferenciais
do governo. Segundo o ministro do Meio Ambiente, José
Sarney Filho, o objetivo é divulgar produtos
ecologicamente corretos entre os gestores públicos
e permitir mais uma opção no momento da
compra. "Não basta apenas estimular a sociedade.
O governo precisa dar o exemplo", afirmou o ministro.
A pesquisa é feita de maneira espontânea.
As empresas interessadas devem preencher o formulário
disponível no endereço da página
do MMA na Internet: www.mma.gov.br/port/sds/pesquisa.html.
Entre os aspectos averiguados estão a quantidade
de material reciclável usada no produto, o volume
de água utilizado no processo de fabricação,
consumo de energia, a redução de substâncias
tóxicas e a emissão de poluentes.
A pesquisa averigua, ainda, a existência de licença
ambiental, se as empresas desenvolvem tecnologia para
reduzir a geração de resíduos,
se adotam diretrizes para aumentar o ciclo de vida dos
produtos, se produzem sua própria energia e se
efetuam a reciclagem ou o reaproveitamento das águas
residuais.
Produto ecoeficiente pode ser definido como artigo que,
artesanal, manufaturado ou industrializado, seja não-poluente,
não-tóxico, reciclável, notadamente
benéfico ao meio ambiente e à saúde,
contribuindo para o desenvolvimento de um modelo econômico
e social sustentável. O uso de matérias-primas
naturais renováveis, obtidas de maneira sustentável
e o reaproveitamento e a reciclagem de matérias-primas
sintéticas por processos tecnológicos
limpos são os primeiros itens de classificação
de um produto ecologicamente correto.
Para que um produto possa receber o rótulo de
ecológico, todos os processos produtivos devem
ser limpos e apropriados, com o uso de matérias-primas
naturais renováveis ou não-renováveis
(mas reaproveitáveis), sintéticas reaproveitadas
e/ou recicladas, com insumos ecológicos, com
baixo consumo energético para sua fabricação,
com a menor carga residual sobre o meio ambiente, com
possibilidade máxima de recuperação
ou reciclagem. A empresa fabricante deve planejar o
produto em todo seu ciclo de vida útil, incluindo
a fase pós-consumo.