O Rio de Janeiro poderá
se tornar o mais novo Patrimônio da Humanidade.
O anúncio foi feito esta semana pelo secretário
de Biodiversidade e Florestas do Ministério do
Meio Ambiente, José Pedro Costa. O Itamaraty
encaminhou a proposta dos Ministérios do Meio
Ambiente e da Cultura à Unesco, onde constam
paisagens como a do Pão de Açúcar,
os Morros da Urca e Cara de Cão, o Parque Nacional
da Tijuca e o Jardim Botânico. Foram entregues
ainda outras duas propostas, transformando o Parque
Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, de sítio
cultural em sítio misto cultural e natural e
a ampliação do Parque Nacional do Jaú,
Amazonas.
Esta é a primeira proposta brasileira de Patrimônio
Mundial Misto. Atualmente, existem no Brasil 17 sítios
de Patrimônio Mundial reconhecidos, dos quais
sete são naturais. O primeiro patrimônio
misto de paisagem cultural ou natural é o Rio
de Janeiro.
"Acho que, em primeiro lugar, é uma questão
de justiça. Nós temos a primeira capital
e a última capital brasileira já reconhecidas
como Patrimônio Mundial, o Pelourinho, na Bahia
e Brasília (DF)", disse o disse o secretário
de Biodiversidade e Florestas do MMA, José Pedro
Costa. No caso específico do Rio de Janeiro,
a aprovação da proposta deve atrair mais
turistas, dar mais visibilidade a essas áreas
e garantir a proteção do Parque Nacional
da Tijuca, que hoje está em excelentes condições.
"Mas queremos que ele permaneça assim",
prosseguiu José Pedro. O governo brasileiro está
acompanhando uma nova tendência da Unesco, utilizando
uma categoria mista para casos em que é difícil
separar patrimônio natural de cultural.
Desde 1980, a Unesco vem transformando algumas regiões
do país em sítios culturais ou naturais
do Patrimônio Mundial, contribuindo para a preservação
da história e do meio ambiente. A primeira área
homologada como Patrimônio Natural da Humanidade
foi o Parque Nacional do Iguaçu, em 1986.
O título de Patrimônio Mundial conferido
pela Unesco representa um aumento significativo de um
dos grandes potenciais dessas regiões, o ecoturismo,
garantindo a preservação da biodiversidade,
o melhor e mais direto acesso a recursos e a promoção
do desenvolvimento sustentável. No total, são
mais de 40 Unidades de Conservação brasileiras
reunidas em 7 sítios naturais até o momento.