As palmeiras jerivás e juçaras
do Projeto Pomar, no trecho implantado pela Secretaria
Estadual do Meio Ambiente na margem direita do Rio Pinheiros,
na altura da Ponte João Dias, tiveram suas folhas
furtadas na madrugada da quarta para quinta-feira (21/3),
presumivelmente para comercialização no
Domingo de Ramos.
Sessenta pés de jerivás, com cerca 3,5
m de altura, e 19 de juçara, com 1,50 m, todas
com aproximadamente três anos de idade, tiveram
as folhas cortadas radicalmente. A estimativa é
de que cada árvore tinha de dez a doze folhas,
num total de mais de 800 unidades, que são transformadas
em pequenos ramos cujo preço de venda, na porta
de igrejas, gira em torno de R$ 1,00.
Os fiéis, no Domingo de Ramos, costumam adquirir
folhagens de plantas para o ritual litúrgico
tradicional, que representa simbolicamente a entrada
de Cristo em Jerusalém. Nessa cerimônia
religiosa, os ramos constituem um sinal da fé
cristã.
O furto ocorreu no trecho-piloto do Projeto Pomar, cuja
implantação se iniciou no final de 1999,
apresentando as árvores mais frondosas de todos
os 18 trechos ao longo de 28 km de margens do rio, onde
foram plantadas centenas de milhares de mudas de espécies
arbóreas e arbustivas.
Os técnicos do projeto, que notificaram o ocorrido
junto à Polícia Militar Ambiental, não
sabem, ainda, avaliar as possibilidades de recuperação
das plantas, por causa da extensão dos danos
que sofreram.
Duas jerivás e duas juçaras, que foram
totalmente destruídas, não têm condições
de sobrevivência. As demais terão um reforço
na adubação e irrigação,
e serão observadas com mais atenção.
Além disso, haverá um reforço na
vigilância para evitar a repetição
de ocorrências dessa natureza.
O geógrafo Dagoberto Meneghini, que atua no Projeto
Pomar, afirma que “as palmeiras eram o orgulho do projeto,
pois estavam se desenvolvendo e começavam a fazer
parte da paisagem”. Diz ainda que a falta de conscientização
da população constitui ainda um grave
problema, pois ocorrem furtos sistemáticos de
mudas de plantas ao longo dos diversos trechos do Projeto
Pomar. “Vemos, freqüentemente, carros estacionarem
nas Marginais e seus proprietários descerem para
apanhar mudas dos jardins”, lamenta.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Newton Miura)