Panorama
 
 
 

PROFESSOR PAULO NOGUEIRA-NETO ASSUME
A PRESIDÊNCIA DA FUNDAÇÃO FLORESTAL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2002

A proteção dos fragmentos florestais remanescentes de Mata Atlântica existentes no território paulista, transformando esses chamados "núcleos de vida" em unidades de conservação protegidas, é uma das prioridades do novo presidente da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo - Fundação Florestal, professor Paulo Nogueira-Neto, que assumiu hoje (14/3) a direção da instituição, ao lado da engenheira florestal Antonia Pereira de Ávila Vio, empossada na diretoria-executiva desse órgão de fomento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

Durante a posse de Paulo Nogueira-Neto, um dos precursores do ambientalismo no Brasil, o secretário do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, fez questão de deixar um recado aos dirigentes e técnicos do sistema ambiental presentes à solenidade, realizada no auditório da CETESB: "As instituições vinculadas a esta Secretaria têm a função primordial de trabalhar pela melhoria do meio ambiente e não ficar apenas limitadas à prática de atividades universitárias; em segundo lugar, quero deixar claro que não terei consideração, ou não encorajarei ou tolerarei, conflitos entre as instituições".

Na mesma linha de raciocínio, a nova diretora-executiva da Fundação Florestal, Antonia Pereira de Ávila Vio, destacou que seu grande desafio será "buscar o consenso" entre a instituição que passa a dirigir a partir de hoje e o Instituto Florestal, na elaboração de um novo modelo de estrutura organizacional que permita chegar a resultados mais positivos em benefício da preservação ambiental.

O professor Paulo Nogueira-Neto, antes mesmo de assumir a presidência da Fundação Florestal, já coordenava um grupo de trabalho dentro da instituição, que vêm identificando fragmentos florestais isolados que necessitam ser protegidos. "Já examinamos 485 fragmentos com área acima de 100 hectares, devidamente identificados pelo pesquisador Francisco do Nascimento Kronka, do Instituto Florestal".

Desses, aproximadamente 110 já estariam aptos a serem transformados em unidades de conservação.
"Desta maneira, vamos propor ao secretário Goldemberg a proteção desses fragmentos, transformando-as em Áreas de Relevante Interesse Ambiental, um instrumento de primeiros socorros, digamos assim, que não exigiriam desapropriações", considerou Nogueira-Neto, entusiasmado com a biodiversidade existente nos fragmentos florestais paulistas representando uma riqueza ainda não explorada em termos de novos medicamentos e outros benefícios para a sociedade.

Outro projeto em desenvolvimento pela Fundação Florestal e que deverá ganhar novo fôlego com a chegada do novo presidente é o Plano de Desenvolvimento Florestal Sustentável - PDFS, lançado em 1993, para a recuperação de quatro milhões de hectares com aptidão florestal, no prazo de 25 anos.

Para atingir esse objetivo, a Fundação promove parcerias com órgãos governamentais, associações ambientalistas, consórcios de municípios e a iniciativa privada, orientando atividades como a coleta de sementes e produção de mudas e oferecendo tecnologia para a implantação de florestas de produção e de conservação. Com essa finalidade foi firmado nesta semana, um convênio com a Prefeitura de São Carlos para a produção de 600 mil mudas de espécies nativas para atender o projeto "Plantando o Futuro" e na recuperação de matas ciliares no município.

Perfil profissional

O professor Paulo Nogueira-Neto, biólogo e conservacionista de renome internacional, lida com questões ambientais desde a década de 50. Foi o primeiro secretário Especial do Meio Ambiente do Governo Federal, tendo criado em doze anos de trabalho, 3,2 milhões de hectares de áreas preservadas, distribuídas em 23 estações e reservas ecológicas distribuídas por todo o país. Ao sair da SEMA, foi secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, onde teve a oportunidade de criar a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa.

De 1983 a 1987, foi membro da Comissão Bruntland para o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, como um dos dois representantes da América Latina. Chefiou ou participou como delegado de várias delegações oficiais brasileiras ao Exterior, recebendo a Ordem do Rio Branco. Foi duas vezes eleito vice-presidente do programa "O Homem e a Biosfera", da UNESCO. Em 1981, juntamente com Maria Tereza Jorge Pádua, atualmente assessora direta do secretário estadual do Meio Ambiente, José Goldemberg; recebeu o Prêmio Paul Getty, a principal láurea mundial no campo da conservação da natureza, e o Prêmio Duke of Edimburg, da WWF Internacional - World Wildlife Fund of Nature. Foi também distingüido com a Comenda da Arca Dourada (1983), dos Países Baixos, pela sua atenção conservacionista.

Nogueira-Neto, professor titular de Ecologia Geral do Instituto de Biociências da USP, onde se aposentou em 1992, também foi um dos fundadores do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), ao qual pertence até hoje como representante de organização não-governamental. No momento, além de membro do Conselho de Administração da CETESB, acumula, ainda, as funções de vice-presidente no Brasil do WWF e da Fundação SOS Mata Atlântica.

Antonia Pereira de Ávila Vio já passou pelo extinto Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF, onde participou de comissões para a elaboração do texto constitucional do Capítulo de Meio Ambiente; chefiou a Área de Ecossistemas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA. Em São Paulo, dirigiu a Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteção dos Recursos Naturais - CPRN e o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - DEPRN, órgãos vinculados à Secretaria do Meio Ambiente. Atualmente, estava reintegrada aos quadros do IBAMA, exercendo função técnica na Área de Ecossistemas.

Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renato Alonso)

 
 
 
 

 

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