Umas das conseqüências
mais marcantes da revolução industrial
que se iniciou no fim do século 18, foi o enorme
progresso material de centenas de milhões de
habitantes, a explosão populacional do século
20, o surgimento de megametrópoles e a poluição
ambiental.
Preocupações com a qualidade do ar e das
águas são antigas, mas as preocupações
com solos contaminados são mais recentes e só
se tornaram evidentes no final da década dos
anos 70, com a ocorrência de "incidentes
espetaculares" em que foram identificados sérios
danos causados no solo por indústrias poluentes
de vários tipos, sobretudo indústrias
químicas.
Esses locais são, literalmente, os cemitérios
da era industrial do século 20. Alguns são
perigosos, outros nem tanto, mas todos eles criam ansiedade
nas populações que vivem no seu entorno.
Em muitos casos, só foram identificados recentemente
sendo difícil determinar, com precisão,
quem são os responsáveis e quem deve pagar
pela sua limpeza e recuperação.
Os órgãos ambientais de São Paulo,
principalmente a CETESB - Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental, estão ativamente empenhados,
desde 1993, em mapear todas as áreas contaminadas
do Estado e já identificaram cerca de 240 delas,
o que é um número modesto comparado com
os 350 mil dos países membros da Comunidade Européia
e mais de 100 mil dos Estados Unidos.
Há, portanto, problemas em São Paulo,
como em qualquer região industrializada que tenha
uma pesada herança do passado, mas não
há motivos para pânico, pois ela está
sendo enfrentada. Dificilmente, novas áreas de
contaminação serão produzidas daqui
para frente, devido à vigilância dos órgãos
ambientais. A remediação das áreas
já contaminadas é, porém, o grande
desafio diante de nós.