O livro "As Florestas do
Amazonas - espécies, sítios, estoques
e produtividade", de Richard W. Bruce, revela
o resultado de estudos dos inventários florestais
realizados no Estado nos anos 80 e 90, e vai ser
exposta na Bienal do Livro de São Paulo,
neste final de semana, dias 27 e 28, pela Edições
Ibama.
O livro é fruto da longa experiência
no setor florestal de Richard W. Bruce, PhD em Economia
Florestal, é o autor do primeiro Plano de
Manejo Florestal aprovado pelo Ibama no Estado do
Amazonas (en 1982), e de outros 36 projeto de manejo
florestal.
"As Florestas do Amazonas", segundo o
autor, apresenta uma abrangente visão empírica
das florestas do Estado do Amazonas, baseada em
50 inventários florestais realizados no período
de 1989 a 1998. Foram levantados os estoques e a
produtividade das florestas, sua composição
florística e a distribuição
geográfica das espécies.
As florestas pesquisadas estão localizadas
nas regiões dos rios Madeira, Purus, Juruá
e médio Solimões e de Itacoatiara-Uatamã-Balbina,
totalizando 1,2 milhões de hectares e de
mais de 140.000 árvores. "Apesar de
sua formação acadêmica e de
ser profundo conhecedor da indústria madeireira
da Amazônia o Dr. Bruce não tem a pretensão
de nos apresentar um tratado acadêmico/científico
mas, sim, uma visão ampla e empírica
das florestas nativas do Estado do Amazonas",
comenta Paulo José Prudente de Fontes - chefe
do DEREF/IBAMA.
A obra analisa os impactos da exploração
tradicional praticada nas várzeas do Amazonas
e um catálogo atualizado nos nomes vulgares
e científicos utilizados no Estado. Segundo
Richard, algumas novidades apresentadas no livro:
padrões para avaliações das
propriedades florestais; as espécies florestais
mais encontradas no Amazonas; localização
geográfica das espécies comercializáveis;
comparações entre sub-regiões
do Estado; um programa informatizado para processamento
dos inventários florestais; novidades sobre
as diferenças das florestas da várzea
e terra firme; identificação das árvores
por mateiros; alturas e diâmetros das árvores;
as consequências da exploração
tradicional da várzea; amostragem adequada
em inventários florestal e preferências
para várzea e terra firme.