A Secretaria do Meio Ambiente
acaba de lançar um programa de repovoamento
vegetal, para aumentar a área florestal em
todo o Estado de São Paulo. O programa propõe
uma ampla articulação das instituições
ligadas ao governo estadual com as áreas
de pesquisa, entidades ambientalistas e empresas
de reflorestamento, para o mapeamento das ações
que estão sendo feitas pelos diversos setores.
Pretende-se, desta maneira, diminuir o déficit
estimado de aproximadamente 900 mil hectares de
área de florestas e matas ciliares. Os últimos
levantamentos do Instituto Florestal, subordinado
à Secretaria do Meio Ambiente, mostram a
existência de um total de 3,3 milhões
de hectares de cobertura natural, representando
13,4% da área total do Estado.
"As ações de repovoamento serão
concentradas, inicialmente, nas áreas marginais
aos cursos d'água", informa a engenheira
agrônoma Helena Carrascosa von Glehn, coordenadora
de um grupo de trabalho integrado por prefeituras,
institutos de pesquisa, entidades ambientalistas,
universidades e o sistema ambiental do Estado, entre
outros. O grupo de trabalho, articulando os vários
setores, deverá formalizar, no prazo de 180
dias, uma proposta de política estadual de
recomposição vegetal.
O secretário estadual do Meio Ambiente, professor
José Goldemberg, é o coordenador do
programa, cuja base técnico-científica
será elaborada pela Coordenadoria de Informações
Técnicas, Documentação e Pesquisa
Ambiental - CINP, órgão da própria
secretaria, ao qual estão vinculados os Institutos
Florestal - que já produziu o Inventário
Florestal do Estado - , Botânico e Geológico.
Um dos objetivos do programa é
estimular a pesquisa voltada à produção
de sementes e mudas de espécies nativas e
à quantificação do carbono
fixado em projetos de reflorestamento com espécies
nativas. Para tanto, poderão ser canalizados
incentivos financeiros oriundos do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo, previsto no Protocolo de
Kyoto, firmado em 1997 no Japão, para a redução
da emissão dos gases que provocam o efeito
estufa.