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PROJETOS DEMONSTRATIVOS POVOS INDÍGENAS (PDPI) DISCUTE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2002

O PDPI - componente do Subprograma de Projetos Demonstrativos (PDA) do Programa Piloto para a Proteção de Florestas Tropicais (PPG7) coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e dirigido exclusivamente aos índios da Amazônia Legal Brasileira - promoveu entre 25 e 28/03 um encontro em Belém (PA) para discutir os princípios e a operacionalização dos projetos voltados para o fortalecimento institucional de organizações indígenas.

Desde de novembro de 2001 até 2006, o PDPI está recebendo projetos para avaliação e triagem, que são implementados com recursos dos governos da Alemanha, do Japão e da Inglaterra. A parcela britânica é concedida pela agência de cooperação DFID (Departamento Internacional para Desenvolvimento, sigla em inglês), que destinará R$ 4,5 milhões para capacitar e estruturar organizações indígenas, além de R$ 1,5 milhão para apoiar projetos demonstrativos que já estão em andamento. A reunião realizada em Belém teve como objetivo definir as diretrizes e a operacionalização desses recursos.

Nesse sentido, os participantes do evento foram convidados a elaborar um diagnóstico sobre as necessidades de capacitação e fortalecimento institucional das organizações indígenas. O encontro contou com a presença de representantes de organizações indígenas, do ISA, do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC), da Operação Amazônia Nativa (Opan), do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), do DFID, do PDA, da Unidade de Gestão do PDPI e do Projeto Integrado de Proteção às Terras e Populações Indígenas da Amazônia Legal Brasileira (PPTAL).

Também foi definido no encontro que será criado um Grupo de Referência (GR), coordenado por um representante indígena indicado pelas bases e nomeado pela Unidade de Gestão do PDPI. A atuação do GR será focada na descentralização da base do programa em Manaus, facilitando o diálogo das organizações indígenas com a linha de projetos. O GR irá trabalhar em seis regiões: Maranhão; Tocantins; Mato Grosso; Pará e Amapá; Acre e Rondônia; e Amazonas e Roraima.

Impressões do encontro

Caso tivesse considerado como ponto de partida os diagnósticos produzidos durante o processo de implantação do PDPI, a reunião poderia ter avançado mais. Isso porque, para o desenvolvimento do programa, foram realizadas oficinas regionais e locais praticamente com todas as comunidades que podem se beneficiar do financiamento. Um exemplo disso é que a decisão da agência de cooperação britânica de dirigir apoio ao fortalecimento institucional e à capacitação de quadros indígenas surgiu em consequência do diagnóstico da vulnerabilidade institucional das organizações indígenas.

O grande número de discussões, embora legítimo e importante, corre o risco de pecar pelo excesso de zelo, quando a expectativa dos índios é arregaçar as mangas para começar o trabalho, como endossou Domingos Barreto, vice-presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn).

Embora o PDPI tenha como mérito o recebimento de projetos de qualquer comunidade indígena, o que beneficiaria justamente as menos estruturadas, a discussão do encontro sobre o fortalecimento institucional foi muito genérica, desconsiderando as muitas diferenças regionais e locais. Ficam, então, as perguntas: como será estimulada efetivamente a participação de comunidades locais nos projetos de fortalecimento institucional? Quem ainda tem de ser lembrado que os povos indígenas vêm há anos lutando para serem reconhecidos como plurais?

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa (Marina Kahn)

 
 
 
 
 
 

 

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