O Comitê Executivo para
Atuação Conjunta da Amazônia
está reunido, nesta capital, para discutir
a criação de instrumentos que possam
fomentar o desenvolvimento sustentável da
região. O objetivo é mostrar aos integrantes
qual o esforço de cada participante pelo
alcance das metas de proteção ambiental
da área, pela soberania amazônica e
de sua biodiversidade. Durante o encontro serão
apresentados também estudos feitos sobre
os investimentos conjuntos no setor produtivo da
madeira.
O ministro interino do Meio Ambiente, Marcus Pestana,
presente ao encontro, destacou que o mundo contemporâneo
exige uma interligação entre a proteção
ambiental e o desenvolvimento econômico. Segundo
ele, o país avançou muito nos últimos
anos em relação à questão
dos recursos hídricos e florestais. “O Brasil
é um ícone deste processo conjunto
e, por isso, é preciso criar políticas
concretas para viabilizar a preservação
da Amazônia”, frisou. Ele disse ainda que
a região amazônica tem a mais rica
biodiversidade do planeta, e que será um
grande desafio nacional ocupar a área e conseguir
preservá-la para as gerações
futuras. Para Pestana, a questão geopolítica
tem importância internacional devido à
soberania da floresta e da biodiversidade que ela
contém perante a população
mundial.
“Já existem várias experiências-piloto
sendo realizadas na área, como uma de projeto
de extrativismo e manejo sustentável das
florestas, além de diversas intervenções
políticas pela criação do Centro
de Biotecnologia da Amazônia, que será
inaugurado ainda este ano”, explicou ele, acrescentando
que há outros esforços na região,
como o combate a biopirataria e criação
de marca brasileira forte no exterior.
A ministra da Integração Nacional,
Mary Dayse Kinzo, por sua vez, comentou que o ministério
está trabalhando uma importante estratégia
de funcionar em espaços territoriais menores
para aumentar a proximidade entre as identidades
locais e conseguir a redução das desigualdades
sociais. “Estamos buscando a valorização
das diferenças”, acrescentou. Ela afirmou
ainda que é essencial o exercício
de um modelo de políticas e ações
horizontais, com a parceria entre a sociedade e
o governo.
Segundo Mary Dayse, o desafio número um do
Brasil continua sendo o combate à pobreza,
mas o padrão de vida e consumo dos países
do Hemisfério Norte nos lembra a importância
da questão ambiental para a sobrevivência
do planeta. “Atuar com a população
de baixa renda nas áreas sem investimento
e infra-estrutura é uma adequação
dos objetivos gerais”, continuou. Ela enfatizou
também a necessidade do planejamento integrado
e da prática de ações efetivas
para não desperdiçar os esforços
conseguidos.
O comitê foi criado em 2000 com a participação
dos ministérios do Meio Ambiente, da Ciência
e Tecnologia, do Desenvolvimento Agrário
e da Integração Nacional, além
do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia (Basa),
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), da Superintendência da Zona
Franca de Manaus (Suframa) e da Agência de
Desenvolvimento da Amazônia (ADA), a antiga
Sudam.