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CONSELHO DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DO AMAZONAS APROVA RESOLUÇÃO QUE TRATA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2002

Em reunião realizada de 22 a 25/04, em Maués (AM), a Resolução nº. 3 do Conselho Nacional de Educação, que dispõe sobre a formação de professores indígenas, foi o destaque.

O Ceeei, formado majoritariamente por índios do Amazonas, consultores em educação e antropólogos, reúne-se três vezes por ano para implementar políticas de educação, regulamentar as leis federais, analisar processos para abertura de escolas e apurar denúncias sobre o sistema educacional indígena do estado. Até o ano passado, os encontros aconteciam em Manaus, mas a necessidade de conhecer a realidade das diversas comunidades amazonenses e de abrir um canal de comunicação mais direto com professores e lideranças indígenas estimularam a criação das reuniões itinerantes.

Nesse sentido, o evento em Maués, a 268 quilômetros de Manaus, garantiu que professores e caciques Sateré-Maué explicassem a situação da educação indígena na região, como as dificuldades de infra-estrutura enfrentadas pelas escolas que não fazem parte do Sistema Estadual de Educação. Estiveram presentes à reunião mais de 200 pessoas, entre integrantes do conselho, índios Sateré-Maué, parlamentares indígenas do Baixo Amazonas e representantes do governo estadual.

A regulamentação das atividades de formação dos professores indígenas, como estabelecido pela Resolução no. 3 do Conselho Nacional de Educação (CNE), foi a decisão mais importante da reunião. A resolução, ainda parcialmente regulamentada no Amazonas, exige que os professores sejam preferencialmente da mesma etnia da comunidade onde lecionarão e admite que parte do corpo docente para os cursos de formação seja composto por índios mais velhos, mesmo que não tenham experiência escolar ou acadêmica. A resolução havia sido regulamentada parcialmente pelo Ceei, em 2000, quando foi criada a figura jurídica da escola e do professor indígena no Estado.

Segundo a antropóloga e demógrafa Marta Azevedo, coordenadora do projeto de educação indígena do Programa Rio Negro do ISA e conselheira do Ceeei, ainda é preciso regulamentar a forma de contratação dos professores, que atualmente é feita por contratos temporários ou, em alguns casos, por concurso público. "Isso tira a possibilidade da comunidade avaliá-los e, se necessário, tirá-los do cargo. O ideal seria que a própria comunidade designasse os integrantes da escola local", explicou.

A Secretaria Estadual de Educação do Amazonas (Seduc) teve participação importante no encontro, fazendo proposta pioneira para o ensino de 5a a 8a série e ensino médio . Ou seja, o ensino nesses níveis seria flexibilizado de modo a respeitar os diferentes calendários indígenas. Ainda durante a reunião, foi discutida a criação de um Centro de Estudos Superiores Indígenas; anunciado o início do primeiro censo sócio-demográfico indígena em Maués; e divulgada a aprovação do primeiro representante indígena do Conselho Estadual de Saúde.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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