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SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DIVULGA LISTA COM 255 ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2002

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente está divulgando hoje (20/5), pelos sites www.ambiente.sp.gov.br/destaque/cadastro_areas_contaminadas.htm e www.cetesb.sp.gov.br/area.asp, a relação das 255 áreas contaminadas no Estado de São Paulo, com a avaliação da situação de cada, revelando aspectos como o grau de contaminação, preparada pela CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.

Das 255 áreas identificadas, 145 delas já estão passando por um processo de remediação, incluindo casos que foram amplamente divulgados pela imprensa, como os diques de cal da Solvay Indupa do Brasil S.A., o Conjunto Habitacional Barão de Mauá, construído sobre um antigo lixão industrial clandestino, o Centro Industrial da Shell, em Paulínia, e as bases de distribuição de combustíveis da Esso Brasileira de Petróleo e da Shell Brasil, em São Paulo, entre outras.

Além do endereço e nome da empresa responsável, consta também da lista publicada a classificação da área contaminada quanto ao tipo de contaminação; às etapas do gerenciamento revelando se a área se encontra sob investigação detalhada, a avaliação de risco, a concepção da intervenção, o projeto de remediação, a execução da remediação ou se está sendo apenas monitorada; às ações imediatas para resguardar a população de qualquer risco de contaminação, como a colocação de barreiras físicas ou hidráulicas, cobertura dos resíduos, extração dos gases, isolamento da área ou prevenção de consumo de água e alimentos, entre outras medidas; e como se encontra o processo de remediação.

A elaboração da lista das áreas contaminadas para sua divulgação à população foi uma das primeiras determinações do professor José Goldemberg, logo que assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. "Trata-se de uma espécie de lista dos cemitérios da era da industrialização, que marcou o século XX", disse o secretário.

Segundo o secretário, decidiu-se pela publicação de toda a lista, por meio da Internet, de modo que toda sociedade tenha acesso à lista com informações não só dos locais, como também do estado em que se encontra cada área, os problemas verificados, o tipo de resíduo depositado e a situação legal, entre outras.

"É uma situação lamentável, enfatizou Goldemberg, mas cada vez que olhamos a forma como essas áreas contaminadas foram identificadas, descobre-se uma história de horrores. São firmas que jogavam todo tipo de rejeitos a céu aberto, sem qualquer controle dos órgão ambientais que, na época, nem existiam. A CETESB foi criada em 1968. Apesar da magnitude do problema, estamos conduzindo o processo com absoluta e total transparência. O que está sendo veiculado pela Internet é, basicamente, tudo que nós sabemos sobre o assunto, pois acho que esta é a melhor política."

Falha na legislação

Depois de esclarecer que, desde a década de 80, existem mecanismos legais que previnem ou impedem o surgimento de novas áreas contaminadas, Goldemberg destacou que "a grande maioria desses cemitérios é antiga, das décadas de 50, 60 e 70, sendo que a legislação de muitos países, e do Brasil também, é falha em um aspecto particular, que é a questão da remediação ou recuperação de tais áreas, apesar de ser razoavelmente clara no que se refere à prevenção e ao acompanhamento".

"Ocorre que o que a lei e o bom senso dizem - que o poluidor deve pagar pela correção dos danos que causou - esbarram no fato de que em muitos casos é impossível identificar o poluidor: ou a empresa responsável faliu ou desapareceu", explicou. "Esse problema não é exclusividade dos brasileiros, mas de todos os países, tanto que nos Estados Unidos, onde a questão está em discussão já há vários anos, foi criado um super-fundo econômico-financeiro para custear as medidas profiláticas necessárias. É uma maneira pela qual a sociedade acaba pagando pela remediação dessas áreas, quando não é possível delegar tal responsabilidade ao poluidor", acrescentou.

Por esse motivo, Goldemberg solicitou à Coordenadoria de Planejamento Ambiental e à CETESB, a elaboração de propostas específicas para a remediação do impacto ambiental nessas áreas, "pois seria importante introduzir na legislação brasileira algum mecanismo que permita remediar esses problemas quando eles ocorrem".

Ações da CETESB

O secretário lembrou que a divulgação da lista foi possível porque a CETESB vem gerenciando o problema com o uso de um sistema de cadastro, que recebe informações sobre as áreas potenciamente contaminadas, as áreas suspeitas de contaminação e as confirmadamente contaminadas. O sistema de cadastro - desenvolvido por meio de um convênio com a GTZ - Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit, órgão do governo alemão, que permitiu a capacitação dos técnicos da agência ambiental - vem sendo alimentado com informações sobre as áreas que sofreram alguma intervenção da CETESB, para a identificação do problema e a remediação dos impactos sobre o meio ambiente.

Esse trabalho começou em 1993, logo após o aparecimento de casos de contaminação do solo e das águas, como os da Rhodia, que depositou resíduos de pentaclorofenol, em Cubatão. No período de 1992 até maio deste ano, a CETESB identificou cerca de 640 áreas, incluindo as 255 consideradas contaminadas, onde foram desenvolvidas atividades potencialmente poluidoras do solo. As demais áreas restantes estão sendo avaliadas para ser incluídas ou não na relação daquelas comprovadamente contaminadas.

Dentre as 255, 145 estão passando por ações de remediação.
A lista, desta maneira, passa por constante atualização, sempre que novas áreas forem diagnosticadas.

 
 
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa
 
 
 
 
 
 

 

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