A conservação da
bacia hidrográfica do Alto Paraguai, formadora
do Pantanal Mato-grossense, foi tema do encontro
que reuniu esta semana em Puerto Quijaro, na Bolívia,
os ministros do Meio Ambiente do Brasil, José
Carlos Carvalho, do Desenvolvimento Sustentável
e Planejamento da Bolívia, Ramiro Uriona,
e o secretário de Meio Ambiente do Paraguai,
Edmundo Osnaghi. A reunião contou com a participação
de representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), dos governos do Canadá, Colômbia,
Estados Unidos e Japão. "O objetivo
foi discutir a possibilidade de adoção,
no Paraguai e Bolívia, de projetos semelhantes
ao Programa Pantanal implementado no Brasil",
destacou José Carlos Carvalho.
É a primeira vez que autoridades de Meio
Ambiente dos três países discutem questões
específicas relacionadas à conservação
da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, formadora
do Pantanal Mato-grossense. Segundo José
Carlos Carvalho, o encontro foi o primeiro passo
para estabelecer uma plataforma comum de proteção
do Pantanal, combatendo a degradação
ambiental. "Nós faremos outros encontros
para assegurar que o entrosamento entre os três
países possa se tornar o mais duradouro possível",
afirmou o ministro.
Serão criados grupos de trabalho multinacionais
para discutir as principais alternativas econômicas
para a região: ecoturismo, pesca e fauna,
impactos ambientais da hidrovia Paraná-Paraguai
e alternativas para a implementação
de atividades econômicas sustentáveis
no Pantanal. Os grupos de trabalho terão
a participação de governos, entidades
empresariais e da sociedade civil dos três
países.
A bacia do Alto Paraguai tem 595 mil km2, dos quais
363 mil km2 (61,1%) estão no Brasil, 121
mil km2 (20,4%) na Bolívia e 110 mil km2
(18,5%) no Paraguai.