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SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE ENCERRA ENCONTRO SOBRE IMPACTOS AMBIENTAIS NA GERAÇÃO DE ENERGIA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2002

As exigências para o licenciamento ambiental de usinas termelétricas estão mais rígidas, obrigando os empreendedores a adotarem tecnologias adequadas para garantir o menor consumo de água e medidas de controle da emissão de poluentes, especialmente os óxidos de nitrogênio e material particulado.

Esta a opinião dos especialistas que participaram hoje (14/6) do segundo e último dia do Workshop Internacional "O Estado da Arte na Avaliação de Impactos Ambientes na Geração Termelétrica", realizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em São Paulo.

A afirmação se baseia em estudos de caso sobre a usina Metcalf, localizada em San José, a 60 quilômetros de San Francisco, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e sobre os processos de aprovação dos licenciamentos de termelétricas que serão implantadas em Santo André, Santa Bárbara, Limeira e Cubatão, entre outras de pequeno e médio portes, no Estado de São Paulo.

Segundo Matt Haber, assessor de Energia da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), o licenciamento de usinas termelétricas nesse país devem atender aos dispositivos que tratam da qualidade do ar, das águas e de animais ameaçados de extinção, além de ouvir os conselhos comunitários municipais. No caso da usina Metcalf, a comunidade de San José teve uma participação ativa na definição dos locais por onde passariam as linhas de transmissão, para que não oferecessem qualquer risco à população de aves.

Em São Paulo, segundo o químico Jesuíno Romano, gerente do Departamento de Qualidade Ambiental da CETESB, o processo de licenciamento leva em conta os padrões de emissão de poluentes estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, com base nos modelos de dispersão utilizados pela EPA.

Para a liberação das licenças prévias, informou o químico, já houve casos em que o empreendedor foi obrigado a aumentar a altura das chaminés da usina, mudar a sua localização para lugar mais favorável à dispersão dos poluentes e implantar estações de monitoramento da qualidade do ar.

Maria Silvia Romitelli, do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental, setor da Secretaria Estadual do Meio Ambiente que avalia os pedidos de licenciamento das termelétricas no Estado de São Paulo, informou que, em média, o processo de análise de um projeto de usina de geração de energia demanda de cinco a 19 meses e, a exemplo dos demais expositores, salientou que, na maioria dos casos, as dificuldades ou demora nas análises ocorrem por causa do próprio empreendedor, que deixa de encaminhar ao DAIA os documentos ou estudos necessários para a concessão do licenciamento.

Recomendações

No encerramento, foi apresentado um documento com as recomendações do encontro, enfatizando a necessidade de revisão da política energética para dar uma utilização mais racional para o gás do que a queima em termelétricas, destinando-o principalmente para uso em indústrias. O secretário do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, lembrou que os órgãos ambientais podem atuar impondo exigências para restringir o uso de combustíveis poluentes, como os derivados de petróleo.

Entre as propostas formuladas durante o encontro, o secretário mencionou a da realização de um macrozoneamento energético no Estado, defendendo a realização de um inventário de fontes poluidoras que estabeleça a capacidade de suporte de cada região administrativa, lembrando que algumas delas já se encontram com esta capacidade de suporte próxima do limite - ou seja, não devem receber mais nenhuma carga adicional de poluentes. Por esse motivo, disse que está estudando a instalação de mais dez estações de monitoramento da qualidade do ar no Estado, privilegiando especialmente as regiões ao longo do Gasoduto Brasil-Bolívia, onde devem se instalar as usinas termelétricas.

O diretor de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia da CETESB, Fernando Cardozo Rei, ressaltou a necessidade de institucionalizar a complementariedade das ações da universidade e da agência ambiental para, entre outras finalidades, promover o uso da modelagem na área de análise do impacto ambiental de termelétricas e outros empreendimentos de grande porte, bem como para otimizar o uso do gás natural na matriz energética brasileira, sem se fixar somente nos padrões de emissões.

Na mesa-redonda, segundo o diretor da CETESB, foi apontada a incongruência que existe entre o processo de autorização dos empreendimentos pela ANEEL e o licenciamento pelos órgãos ambientais, que inibe a formulação de propostas como o estabelecimento de zonas de localização ou de tecnologias alternativas para as novas termelétricas.

 
 
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renato Alonso e Renata Egydio)
 
 
 
 
 
 

 

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