A Reserva Extrativista do Rio
Jutaí, no Amazonas, o Parque Nacional das
Nascentes do Rio Parnaíba, na divisa do Piauí,
Maranhão, Bahia e Tocantins, e a Estação
Ecológica Mico-Leão-Preto, no Pontal
do Paranapanema, em São Paulo, são
as mais novas UCs do país.
O presidente Fernando Henrique
Cardoso assinou na última terça-feira
(16/07) os decretos que criam a Reserva Extrativista
do Rio Jutaí, o Parque Nacional das Nascentes
do Rio Parnaíba e a Estação
Ecológica Mico-Leão-Preto.
Com uma extensão de 275,5 mil hectares, a
Reserva Extrativista (Resex) do Rio Jutaí,
no Oeste do Amazonas, irá beneficiar 809
pessoas distribuídas em 116 famílias.
A pesca, a produção de látex
e a extração de castanha e óleos
vegetais de espécies de uso medicinal, como
a copaíba e a andiroba, estão entre
as atividades desenvolvidas na região. A
Resex foi reivindicada por mais de quatro anos pela
população local, que, com a criação
da UC, espera agregar valor à borracha e
desenvolver atividades ecoturísticas na área
da reserva. Segundo informações de
Alexandre Cordeiro, técnico do Centro Nacional
de Populações Tradicionais e Desenvolvimento
Sustentável (CNPT), trata-se da quarta criada
no Amazonas de um total de 24 Resex existentes do
país.
Já a Estação Ecológica
do Mico-Leão-Preto, situada no Pontal do
Paranapanema, no oeste do Estado de São Paulo,
totaliza 5,5 mil hectares, distribuídos entre
os quatro maiores fragmentos florestais de Mata
Atlântica da região. A criação
desta UC é resultado, entre outros, de uma
articulação com o poder público
e comunidade local do Instituto de Pesquisas Ecológicas
(IPÊ), ONG que há aproximadamente 20
anos trabalha para a conservação de
mico-leão-preto - espécie endêmica
da região que hoje se encontra entre as mais
ameaçadas do mundo.
Para proteger as cabeceiras do Rio Parnaíba,
um dos mais importantes do país, também
foi criado o Parque Nacional das Nascentes do Rio
Parnaíba, com 729,8 mil hectares situados
na divisa do Piauí, Maranhão, Bahia
e Tocantins. A UC ocupa parte da Chapada das Mangabeiras,
uma das maiores e mais conservadas extensões
de Cerrado do país e considerada área
prioritária pelo grupo de Botânica
do trabalho Avaliação de Áreas
e Ações Prioritárias para a
Conservação do Cerrado e Pantanal
- uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente
para subsidiar as ações necessárias
para o cumprimento das obrigações
brasileiras da Convenção da Diversidade
Biológica, firmada durante a Rio-92.