A criação de jabutis em cativeiro tornou-se
a porta de entrada para produtores rurais nordestinos
no cobiçado mercado internacional de animais
de estimação. Bem adaptados à caatinga,
os jabutis despertam a atenção de potenciais
criadores em função das facilidades no
manejo e bons preços no mercado. Desde 1997,
quando o Ibama regulamentou a criação
e o comércio da espécie, dois pequenos
produtores da Bahia já exportaram cerca de cinco
mil desses animais. Estados Unidos e Japão são
os principais compradores. Um jabuti nascido em criadouro
legal e devidamente identificado através de um
chip eletrônico pode chegar a R$ 100, preço
que praticamente dobra no mercado estrangeiro.
"Desde que criados em cativeiros legalizados
pelo Ibama, os quelônios podem ser comercializados
livremente", esclarece José de Anchieta
dos Santos, diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do
Ibama. O instituto estimula a criação
desses animais em cativeiro. Duas portarias editadas
pelo instituto em 1997 (nrs. 118 e 117) regulamentam
a criação e o comércio das espécies
que podem ser criadas com fins comerciais, entre elas
o jabuti. Para os especialistas, à medida que
se estabelece um mercado formal, diminui a pressão
sobre as populações selvagens e isso favorece
a conservação do meio ambiente.
Caatinga é propícia
para a criação de jabutis
O jabuti é
um quelônio terrestre que pode ser encontrado
em todo o Brasil. A espécie se adaptou muito
bem ao clima quente e seco e requer pouca água.
Essas características tornam o animal uma excelente
opção de investimento em regiões
semi-áridas. Os dois criadouros registrados no
Ibama localizam-se na Bahia. Outro produtor da região
entrou com o pedido de um novo criador no Estado.
O jabuti (Geoquelone carbonaria) é um animal
fácil de ser criado em um plantel comercial.
É onívoro, ou seja, come praticamente
de tudo e requer tratos veterinários mínimos,
pois é um animal com baixa incidência de
zoonoses. As instalações do criadouro
requerem baixo investimento e o mercado está
à espera de animais silvestres legalizados.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
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