O Instituto Florestal realiza
no dia 15 de setembro próximo, às
10 horas, no Centro de Visitantes Marco Antonio
dos Santos, em São Miguel Arcanjo, a comemoração
dos vinte anos de criação do Parque
Estadual Carlos Botelho, uma das mais importantes
unidades de conservação do Estado
de São Paulo, onde se abrigam mais da metade
dos 1.200 monos-carvoeiros existentes no Brasil.
O parque, com uma área de 37.644 hectares,
se localiza na região sudoeste do Estado,
estendendo-se pelos municípios de São
Miguel Arcanjo, Capão Bonito, Sete Barras
e Tapiraí.
A sua criação se deu com a unificação,
por meio do Decreto Estadual nº 19.499, de
10 de setembro de 1982, de quatro reservas florestais
denominadas Carlos Botelho, Capão Bonito,
Travessão e Sete Barras, na Serra de Paranapiacaba.
O nome Carlos Botelho é uma homenagem ao
médico urologista que foi secretário
da Agricultura, Viação e Obras Públicas
do Estado em 1904, na gestão de Jorge Tibiriçá.
Nascido em Piracicaba, em 1855, e falecido em 1947,
foi considerado o pioneiro da urologia no Brasil.
Junto com outras unidades de conservação
da região, o parque integra desde 1991 a
Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata
Atlântica e, em 30 de novembro de 1999, foi
reconhecido pela UNESCO como Sítio do Patrimônio
Mundial Natural.
Além do mono-carvoeiro, o maior primata das
América, essa unidade de conservação
abriga outras espécies de animais ameaçadas
de extinção, como a onça pintada,
o que evidencia o grau de conservação
dos ecossistemas existentes nessa reserva. É
também nesse parque que se encontra uma das
mais significativas populações de
jacutinga, ave que vive exclusivamente em matas
de serra alimentando-se, principalmente, de sementes
de palmiteiros.
Um passeio no Parque Estadual Carlos Botelho propicia
o contato direto com a natureza intocada, onde sobrevive
uma fauna, cuja taxa de diversidade é uma
das mais altas no País. Já foram identificadas
mais de 220 espécies de aves, número
que, segundo as estimativas científicas,
pode alcançar os 400. Algumas espécies
como o papagaio, a sabiá-cica, o gavião-pomba
e o gavião-pega-macaco, também são
indicadoras de matas bem conservadas.