A região do Vale do Paranapanema
apresenta inúmeros problemas ambientais como
a própria poluição do rio,
que se alinham com a questão social representada
pelo Pontal do Paranapanema, onde se concentra a
população mais carente do Estado.
Para discutir o papel da sociedade para a melhoria
da qualidade ambiental, a Entidade Ecológica
e Educacional do Vale do Paranapanema - ENVAPA organizou
o 3º Ciclo de Debates sobre Meio Ambiente,
que se iniciou no dia 26 de agosto no anfiteatro
da Universidade Estadual Paulista - UNESP, em Presidente
Prudente.
No evento, foi debatido o tema "Educação
Ambiental e Agenda 21", reunindo ambientalistas,
cientistas, educadores, pesquisadores e técnicos
para debater a relação entre o homem
e o meio ambiente, no Vale do Paranapanema.
Entre os palestrantes estiveram presentes Nélson
Fonseca, do Programa Núcleos Regionais de
Educação Ambiental da Coordenadoria
de Educação Ambiental -CEAM, da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, que falou sobre a evolução
histórica da Educação Ambiental
no Brasil e no Mundo e os programas de educação
ambiental da SMA; e de André Heli Coimbra
Botto e Souza, gerente do Setor de Instrumentos
de Gestão Ambiental da CETESB - Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental, que falou
sobre a "Agenda 21 em São Paulo",
que foi apresentado na Cúpula Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo.
Os outros debatedores foram Arlete Meneghette, da
UNESP de Presidente Prudente, membro do Comitê
de Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema
e coordenadora do Núcleo Regional de Educação
Ambiental do Pontal do Paranapanema, que falou sobre
a experiência de educação ambiental
na região; Patrícia Barbosa Fazano,
diretora-executiva do CIVAP e coordenadora do Núcleo
Regional de Educação Ambiental de
Assis, que falou sobre educação ambiental
no Médio Paranapanema e Christianne Godoy,
engenheira florestal especializada em ecoturismo,
que coordenou a elaboração da Agenda
21 do Município de Ribeirão Pires,
que falou sobre a experiência de trabalho
com a Agenda 21 no Brasil.
Segundo Francisco Guariba, secretário-executivo
da ENVAPA, entusiasmado com a grande afluência
de público, que superlotou o auditório
no primeiro dia, "a consciência ecológica
tem evoluído no Brasil, mas o grau de degradação
ambiental já está comprometendo a
qualidade de vida do homem. Como agravante, notamos
que ações para reverter esse quadro
ainda são extremamente escassas", diz
o ambientalista.