O secretário
estadual do Meio Ambiente, Professor José
Goldemberg, inaugura nesta quinta-feira (12/9),
às 10 horas, o Centro de Estudos e Manejo
de Animais Silvestres - CEMAS, que funcionará
no Parque Estadual Alberto Loefgren, no Horto Florestal,
nesta Capital. Implantado pela Fundação
Florestal, vinculada à Secretaria Estadual
do Meio Ambiente, o centro foi criado para cuidar
de animais silvestres nativos apreendidos e buscar
a sua reabilitação, adaptação
e reintegração à natureza.
No CEMAS, os animais contarão com atendimento
médico-veterinário e acompanhamento
biológico, sendo submetidos a quarentena
para sua plena recuperação. Após
o tratamento, alguns poderão necessitar de
reabilitação e adaptação,
conforme a espécie ou seu estado de saúde,
antes da soltura na localidade de procedência.
Os que não reunirem condições
de sobrevivência na natureza deverão
ser encaminhados a zoológicos, criadouros
ou instituições de pesquisa, com a
devida indicação e autorização
do IBAMA.
Construído com recursos da Petrobras, entre
outros parceiros, o CEMAS tem capacidade para atender
a, aproximadamente, 4.600 espécimes/ano e
conta com infra-estrutura hospitalar, setor de nutrição,
quarentenário e sede para recepção
e vivência ambiental. Promovendo treinamentos
em suas instalações, contribuirá
também para a capacitação de
estudantes e profissionais da área da Veterinária.
A criação do CEMAS é o primeiro
passo do Programa de Proteção à
Fauna Silvestre do Estado de São Paulo, coordenado
pela Fundação Florestal. Este programa
conta com a participação da Coordenadoria
de Informações Técnicas, Documentação
e Pesquisa Ambiental - CINP, do Instituto Florestal,
do Departamento Estadual de Proteção
dos Recursos Naturais - DEPRN, da Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental - CETESB e da Polícia
Militar Ambiental.
São objetivos do programa
desenvolver projetos específicos para animais
silvestres ameaçados de extinção,
viabilizar estratégias para recolocação
da fauna na natureza, promover estudos e o inventário
da fauna do Estado. Também serão propostas
parcerias e convênios com universidades, ONGs
e iniciativa privada, além de elaborar ou
colaborar com planos de manejo de fauna, criar rede
de informações regional e participar
nas redes nacional e mundial de conservação,
colaborar no combate ao tráfico de animais
silvestres e contribuir para o aprimoramento das
disposições legais de proteção
à fauna silvestre.