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SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE VAI DELEGAR LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA OS MUNICÍPIOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2002

O secretário de Estado do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, e o presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental -CETESB, Fernando Rei, anunciaram ontem (26/9), durante a inauguração das novas instalações laboratoriais da CETESB, em Ribeirão Preto, a descentralização do licenciamento ambiental, delegando essa atribuição aos municípios no caso de fontes de poluição de impacto local.

A medida será implementada em caráter experimental no próximo ano e faz parte de um esforço para racionalizar as ações do Estado na área ambiental. Com essa finalidade, o secretário do Meio Ambiente e o presidente da CETESB anunciaram, também, um pacote de decretos a serem assinados pelo governador Geraldo Alckmin instituindo uma sistemática de renovação de licenças e a reativação das Câmaras Técnicas da CETESB, destacando a criação da Câmara Técnica do Setor Sucroalcooleiro, cuja sede será instalada em Ribeirão Preto.

Licenciamento

No Estado de São Paulo, cabe exclusivamente à CETESB a atribuição de conceder licenças ambientais a empreendimentos industriais. Atualmente, são 130 mil fontes industriais cadastradas e licenciadas. Com a descentralização, os municípios passarão a desempenhar essa função no caso de fontes de poluição de impacto local.

Segundo Fernando Rei, a descentralização nada mais é do que o cumprimento de um dispositivo previsto na Constituição brasileira estabelecendo que a atividade de controle ambiental pode ser exercida tanto pelo município quanto pelo Estado ou pela União, observando-se a competência concorrente de cada uma dessas instâncias.
Rei disse que, em 2003, a CETESB iniciará atividades-piloto com 15 ou 20 municípios que reúnam condições técnicas para assumir o processo de licenciamento e atuar, por exemplo, em casos de reclamações de ruídos de feiras-livres, bares e templos religiosos.
"Isso é uma ação de controle que hoje mobiliza e envolve o técnico especializado da CETESB, que poderia estar realizando um trabalho de monitoramento em uma fonte complexa ou efetivamente impactante. É esse monitoramento que será, então, repassado aos municípios, sendo que o Estado poderá sempre atuar supletivamente".

Renovação de licenças

O presidente da CETESB disse, ainda, que no prazo de cinco anos todas as fontes industriais deverão ser chamadas para renovar o licenciamento ambiental. Trata-se, segundo Rei, de uma regulamentação tardia de dispositivos previstos tanto na legislação federal como na estadual com relação aos empreendimentos potencialmente poluidores.
"Acreditamos que, das 130 mil fontes industriais cadastradas e licenciadas no Estado, as que estão em operação devem somar algo entre 90 mil a 100mil. Nós temos um prazo de cinco anos para chamar todas esses fontes para que renovem seu licenciamento", informou.
A renovação do licenciamento será feita de maneira que o empreendedor assuma uma meta de desempenho ambiental e possa contribuir, de alguma forma, para a melhoria do meio em que está inserido. "O espírito da licença renovável é a melhoria contínua da ação industrial, associando a produção com a preservação ambiental", explicou Rei.
Para a renovação da licença, o empresário deverá negociar, com os órgãos ambientais, metas de aperfeiçoamento tecnológico e dos processos de produção. A medida vai permitir também a atualização permanente do inventário de fontes, pois a empresa terá que preencher o memorial descritivo das suas fontes, com os respectivos dados de produção, cada vez que vier renovar a licença.
O aperfeiçoamento dessa sistemática, na opinião do diretor-presidente da CETESB, deverá levar à integração das diversas modalidades e instâncias de licenciamento ambiental no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente, com o objetivo de, futuramente, criar a licença única.

Câmara Técnica

A Câmara Técnica do setor sucroalcooleiro, que está sendo criada, deverá ser uma "super-câmara", segundo palavras do presidente da CETESB, pois envolverá mais de 40 representantes, regionalizando os trabalhos, pois "não há sentido em se deslocar a discussão para São Paulo se a grande maioria dos agentes envolvidos se encontra em Ribeirão Preto".
A CETESB, para descentralizar as atividades, vai instalar a Câmara em Ribeirão Preto, ao contrário das demais, que funcionam na Capital do Estado. Com uma primeira reunião programada para breve, a preocupação imediata é discutir a questão da queima da palha da cana, em função da recente lei estadual estabelecendo prazos para a eliminação dessa prática.
Para isso, os trabalhos da nova instância técnica vão incluir pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, e de outras instituições científico-tecnológicas, pois uma das preocupações do secretário José Goldemberg ("que insistiu em envolver todos esses cientistas"), é a avaliação correta das conseqüências da queima da palha da cana em seus aspectos toxicológicos e ambientais.
As câmaras técnicas, lembra Rei, podem contribuir para formular políticas públicas, propondo alteração de normas que, após a devida avaliação, possam ser melhoradas e implementadas. Hoje, a CETESB possui cinco câmaras técnicas, havendo a possibilidade de chegar a criar outras 15, sempre representativas e transdiciplinares.

Instalações laboratoriais As novas instalações do Setor de Laboratórios da Gerência Regional da Bacia do Rio Mogi-Guaçu e Pardo, inauguradas pelo secretário do Meio Ambiente e pelo diretor-presidente da CETESB, estão localizadas na Avenida Presidente Kennedy, 1.1000, em Ribeirão Preto. Atendendo a 89 municípios da região, procedem à análise de amostras de água de rios e de poços artesianos de abastecimento público da região.
Com uma estrutura mais funcional, com a separação de áreas quentes e áreas climatizadas, propiciando ganhos significativos de produtividade e qualidade, os novos laboratórios contam com 12 funcionários, entre biólogos, químicos e biomédicos.
Os serviços laboratoriais desse setor foram credenciados, em 1999, pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, segundo o sistema de qualidade ISO Guia 17025, atendendo os objetivos do Programa de Qualidade e Produtividade implantado na CETESB desde 1996.

 
 
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mario Senaga)
 
 
 
 
 
 

 

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